Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO-UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
SILVA, Davi Laurentino da. Educação Geográfica: compreendendo o mundo na Geografia escolar. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 12, nº
25, e122505, 2025.
Submissão em: 08/08/2024. Aceito em: 19/02/2025.
ISSN: 2316-8544
Este trabalho está licenciado com uma licença Creative Commons
1
SEÇÃO ARTIGOS
Educação geográfica:
compreendendo o mundo na Geografia escolar
Geographic education:
understanding the world in school Geography
Educación geográfica:
comprendiendo el mundo en la Geografía escolar
DOI: https://doi.org/10.22409/eg.v12i25.64008
Davi Laurentino da Silva
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro -
Faculdade Formação de Professores (UERJ-FFP)
Rio de Janeiro, Brasil
e-mail: davilaurentinogeo@gmail.com
Resumo
O ensino de Geografia tem como finalidade fazer o aluno aprender para crescer, viver e conviver em sociedade.
No entanto, persistem desafios no processo de ensino, como a desconexão entre os conteúdos e a realidade dos
estudantes e a falta de conhecimento pleno das bases epistemológicas da disciplina por parte de alguns professores.
É necessário pensar em metodologias didáticas para que os conteúdos promovam raciocínio crítico e análise
geográfica eficaz, uma vez que ele deve proporcionar aos alunos uma compreensão reflexiva sobre o espaço em
que vivem e as dinâmicas sociais e ambientais que o moldam. Este estudo discute o papel do professor, as reflexões
sobre o ensino de Geografia e a implementação de propostas complementares, como jogos e maquetes, no contexto
educacional. O embasamento desta pesquisa deu-se a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas
anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas
já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados.
Palavras-chave
Geografia; Professor; Recursos didáticos.
1
Licenciando em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Faculdade de Formação de Professores
(UERJ/FFP).
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SILVA, Davi Laurentino da. Educação Geográfica: compreendendo o mundo na Geografia escolar. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 12, nº
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Abstract
The teaching of Geography aims to help students learn to grow, live, and coexist in society. However, challenges
persist in the teaching process, such as the disconnect between the content and students' realities, and the lack of
full understanding of the epistemological foundations of the discipline by some teachers. It is necessary to think
about didactic methodologies so that the content promotes critical thinking and effective geographical analysis, as
it should provide students with a reflective understanding of the space they live in and the social and environmental
dynamics that shape it. This study discusses the role of the teacher, reflections on the teaching of Geography, and
the implementation of complementary proposals, such as games and models, in the educational context. The basis
for this research is derived from available records, resulting from previous studies, in printed documents such as
books, articles, theses, etc. It uses data or theoretical categories already worked on by other researchers and
properly recorded.
Keywords
Geography; Teacher; Didactic resources.
Resumen
La enseñanza de la Geografía tiene como objetivo ayudar a los estudiantes a aprender para crecer, vivir y convivir
en sociedad. Sin embargo, persisten desafíos en el proceso de enseñanza, como la desconexión entre los contenidos
y la realidad de los estudiantes, así como la falta de conocimiento pleno de las bases epistemológicas de la
disciplina por parte de algunos profesores. Es necesario pensar en metodologías didácticas para que los contenidos
fomenten el pensamiento crítico y el análisis geográfico eficaz, ya que debe proporcionar a los estudiantes una
comprensión reflexiva sobre el espacio en el que viven y las dinámicas sociales y ambientales que lo moldean.
Este estudio discute el papel del profesor, reflexiones sobre la enseñanza de la Geografía y la implementación de
propuestas complementarias, como juegos y maquetas, en el contexto educativo. La base de esta investigación se
deriva de los registros disponibles, provenientes de investigaciones anteriores, en documentos impresos como
libros, artículos, tesis, etc. Utiliza datos o categorías teóricas ya trabajadas por otros investigadores y debidamente
registradas.
Palabras clave
Geografía; Profesor; Recursos didácticos.
Introdução
O Ensino de Geografia exerce um papel fundamental na construção do conhecimento
dos cidadãos, pois “tem como finalidade fazer o aluno aprender para crescer, viver e conviver
em sociedade, isto é, para a vida” (Tomita, 2012, p. 35). Sendo assim, sua mediação encaminha
para a compreensão da realidade, com um olhar crítico para as questões do seu entorno, levando
em consideração múltiplos elementos que interagem de forma contínua na configuração do
espaço, por isso
[o] conteúdo da Geografia, neste contexto, é o material necessário para que o aluno
construa o seu conhecimento, aprenda a pensar. Aprenda a pensar significa elaborar,
a partir do senso comum, do conhecimento produzido pela humanidade e do confronto
com outros saberes (do professor, de outros interlocutores), o seu conhecimento. Este
conhecimento, partindo dos conteúdos da Geografia, significa uma consciência
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espacial das coisas, dos fenômenos, das relações sociais que travam no mundo (Callai,
2000, p. 93).
Quando se pensa a respeito da Geografia Escolar e a relevância dessa disciplina no
currículo, é essencial considerar a Educação Geográfica como uma abordagem fundamental
para promover um ensino que estimule a participação ativa dos alunos na construção do
conhecimento (Sacramento e Falconi, 2011). Todavia, ainda hoje, muitas dificuldades são
enfrentadas no processo de ensino dessa ciência, devido às propostas que, muitas vezes, não
correspondem às necessidades dos alunos. Além disso, a falta de articulação da realidade
dos estudantes e os conteúdos abordados nas aulas de Geografia. Muitos professores de
Geografia também não possuem pleno conhecimento das bases epistemológicas dessa
disciplina, entre outros fatores.
Nesse aspecto, aos professores de Geografia, é necessária a preparação de um material
pedagógico elaborado para a mediação do ensino. Por isso, refletir sobre a didática e a prática
desse componente curricular é fundamental para a abordagem do conhecimento aos educandos
e, principalmente, para o aperfeiçoamento da metodologia de seu estudo. Conforme (Rivera,
2007, p. 39) “os pensamentos do professor devem estar atrelados às alternativas pedagógicas a
pôr em prática para transformar a educação geográfica, devem ser também pertinentes com as
transformações e dos protagonistas dos fatos”. Logo, trazer aos alunos diferentes formas de
aprender a geografia possibilita um processo de ensino-aprendizagem mais efetivo.
Em virtude disso, ressalta-se a necessidade de trabalhar a didática e a prática, já que as
mesmas possuem um caráter considerável na formação dos estudos sobre o ensino da Geografia.
Logo, “o conhecimento do conteúdo geográfico precisa ser repassado de forma apropriada, de
maneira que reproduza os conhecimentos construídos culturalmente pela humanidade,
redefinindo possibilidades de reconstrução contínua pelo aluno e pelo professor, no cotidiano
da sala de aula” (Vlach, 2002, p. 45). Entretanto, para essa troca o educador precisa “não
dominar conteúdos, mas ter, ao mesmo tempo, um discurso conceitual organizado com uma
proposta adequada de atividade, buscando superar os obstáculos da aprendizagem (Castellar,
2010, p. 56). A partir dessa abordagem, o professor de Geografia domina tanto o conhecimento
de sua área de estudo quanto o saber pedagógico, atuando diretamente com meios de
transformação que estimulam os discentes.
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Nesse viés, uma vez que a Geografia direciona os educandos à compreensão do todo, as
metodologias utilizadas para essa aplicação partem de suas realidades. Ressalva que “a
metodologia não deve ser vista como instrumento que leva ao conhecimento, mas como
conhecimento que instrumenta o professor no seu fazer cotidiano” (Campos, 2010, p. 10). O
conhecimento dos estudos de Geografia deve evoluir constantemente para possibilitar a criação
de novos saberes, e com isso a utilização de recursos didáticos no ambiente escolar, a fim de
transformar a abordagem dos ensinos geográficos, os quais poderão ser mais aprofundados ao
incluirmos elementos lúdicos em sua exposição.
Neste artigo, a busca por um ensino geográfico metodológico adequado tem sua razão
de ser: a didática e a prática geográfica com o papel de preparar os professores na organização
do conteúdo e no planejamento de sua abordagem em sala de aula junto aos alunos. O
embasamento desta pesquisa deu “a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas
anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de
categorias teóricas trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados”
(Severino, 2007, p. 122). Defende-se a ideia de que o professor de Geografia deve incentivar
questionamentos constantes, com o objetivo de promover uma aprendizagem significativa e
eficaz, como
O que é a Geografia escolar na atualidade? Como ela se realiza? Como o professor a
constrói? Quais os desafios da prática do ensino da Geografia? Quem são os alunos
da Geografia? Como são esses alunos? Como praticam a Geografia do dia-a-dia [sic]?
Como aprendem Geografia na escola? Que significados têm para os alunos aprender
Geografia? Que dificuldades eles têm para aprender os conteúdos trabalhados nessa
disciplina? (Cavalcanti, 2006, p. 66).
Este artigo tem como objetivo analisar a importância do ensino de Geografia nas
escolas, destacando sua relevância na formação crítica e reflexiva dos alunos. A defesa central
do texto é a necessidade de um ensino geográfico que além da simples transmissão de
conteúdos, sendo capaz de integrar a realidade dos educandos com os conceitos e teorias da
Geografia. Para isso, é essencial que os professores possuam não apenas conhecimento
profundo da disciplina, mas também uma sólida formação pedagógica, capaz de articular
métodos de ensino que despertem nos alunos o interesse e a capacidade de compreender o
espaço em que vivem.
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O motivo que impulsionou a elaboração deste texto é a constatação de que, apesar da
relevância do ensino de Geografia, muitos desafios ainda persistem na sua prática pedagógica.
Essas dificuldades estão relacionadas à falta de articulação entre os conteúdos programáticos e
as realidades vividas pelos alunos, bem como ao conhecimento insuficiente por parte de muitos
docentes sobre as bases epistemológicas da disciplina. A proposta deste estudo é, portanto,
contribuir para o debate sobre como melhorar o ensino de Geografia, promovendo uma reflexão
sobre a didática e a prática dessa disciplina nas escolas. A inclusão de recursos lúdicos, como
músicas, poesias, maquetes e jogos, é sugerida como uma forma de tornar o aprendizado mais
dinâmico e acessível.
Com isso, o trabalho foi dividido em três subitens: no primeiro, será discutido a respeito
do ensino de Geografia nas escolas, sua importância e finalidade enquanto ciência, as razões da
educação geográfica e seus impactos positivos na formação dos educandos; no segundo,
discute-se sobre a formação dos docentes de geografia e sua atuação nas salas de aula,
considerando sua prática enquanto professor, a fim de levar aos alunos uma aula
metodologicamente ativa e que os permitam a uma compreensão de suas realidades; no último
momento, será apresentado possíveis práticas educacionais que podem ser abordados nas aulas
de geografia, com objetivo de aprofundar o conteúdo com a utilização de recursos didáticos,
como: a música, poesia, literatura, maquetes e jogos lúdicos no ensino da geografia.
Reflexões sobre o ensino de Geografia
Ao longo do tempo muitos autores se dedicaram a estudar a importância da Educação
Geográfica, exemplos como: Straforini (2004), Castellar (2010), Sacramento (2010), Cacete
(2015), Passini (2007), Pontuschka (2004), Castrogiovanni (2000; 2009), Azambuja (2019),
Callai (2000; 2009), Tomita (2012), Cavalcanti (2006; 2008) entre outros teóricos. A partir da
análise desses teóricos, o ensino de Geografia deve capacitar os alunos a analisarem
criticamente a realidade e a agir proativamente diante dos desafios em suas vidas familiares,
comunitárias, profissionais, escolares e institucionais.
Segundo Castrogiovanni (2000), a partir do conceito de leitura espacial, os professores
de Geografia podem analisar diferentes contextos da realidade possibilitando a seus alunos o
domínio de exercerem a leitura individual do espaço geográfico. Desse modo, cada indivíduo
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irá analisar e compreender o espaço de acordo com seus interesses, ou seja, o modo como cada
um interpreta o espaço em que está inserido, através do olhar geográfico.
Para tanto, no processo formativo dos educandos ao longo do tempo, houve o
enfrentamento de críticas a respeito da dicotomia no ensino dos conteúdos de Geografia Física
e Geografia Humana, onde persistiu críticas a respeito do ensino descritivo e fragmentado
focado na memorização de nomes e lugares (Bueno, 2009). Porém, hoje em dia, nas aulas de
Geografia busca-se direcionar a abordagem do conteúdo às questões naturais juntamente com
as condições humanas. Assim, a partir dos conceitos geográficos e das relações empíricas do
discente com o espaço, haverá a facilitação da concepção do meio de forma didática, isto é
oferecer uma educação racional, alicerçada em observações práticas, discussões e no cultivo do
pensamento crítico sobre o ambiente ao redor, ou seja, o contexto social da comunidade à qual
os alunos pertencem sendo fundamental saber conectar os conteúdos com os movimentos
sociais presentes em seu entorno (Pontuschka, 2004).
Conforme Zabala (1999), além de abordar conhecimentos conceituais e procedimentais
nas diversas modalidades de ensino, especialmente na educação básica, é essencial focar na
formação de atitudes. A formação de uma atitude crítica, que capacita os alunos a mudarem a
realidade ao seu redor, é algo cada vez mais urgente. Ao enfrentar os desafios do mundo, não
apenas é moldado o espaço em que eles vivem, mas também se escreve a sua própria história
através das ações e escolhas, isto é,
aumentar o conhecimento e a compreensão dos espaços nos contextos locais,
regionais, nacionais, internacionais e mundiais e, em particular: conhecimento do
espaço territorial; compreensão dos traços característicos que dão a um lugar a sua
identidade; compreensão das semelhanças e diferenças entre os lugares; compreensão
das relações entre diferentes temas e problemas de localizações particulares;
compreensão dos domínios que caracterizam o meio físico e a maneira como os
lugares foram sendo organizados socialmente; compreensão da utilização e do mau
uso dos recursos naturais (Castellar, 2005, p. 211).
Ensinar Geografia envolve entender seus objetivos dentro do currículo da educação
básica e focar no desenvolvimento do pensamento autônomo dos alunos. A importância de
estudar Geografia reside na capacidade de compreender o espaço em que vivemos, as interações
sociais e ambientais, e os fenômenos que moldam nosso mundo, ainda mais no mundo
contemporâneo, onde as práticas cotidianas das pessoas são complexas, fragmentadas e
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multiculturais, com dimensões espaciais relevantes para a Geografia (CAVALCANTI, 2008).
Elas refletem desigualdades e estão organizadas em fluxos e redes, sendo influenciadas pelas
mídias e pela informatização. Isso se concretiza ao estudar conteúdos que promovem o
raciocínio e a análise geográfica. Apenas apresentar esses conteúdos não é suficiente; o
tratamento didático é essencial para transformá-los em ferramentas simbólicas do pensamento,
permitindo que os alunos conectem teoria e prática em suas vidas cotidianas, em concordância
que
o papel da Educação e, dentro dessa, o do ensino de Geografia é trazer à tona as
condições necessárias para a evidenciação das contradições da sociedade a partir do
espaço, para que no seu entendimento e esclarecimento possa surgir um
inconformismo com o presente e, a partir daí, uma outra possibilidade para a condição
da existência humana (Straforini, 2004, p. 56).
Para que os objetivos do ensino de Geografia sejam efetivamente implementados na
educação básica, é fundamental avançar na criação de uma didática específica. Isso inclui a
compreensão dos fundamentos científicos e pedagógicos, bem como a elaboração de recursos
didáticos, estratégias de planejamento e materiais instrucionais. Esse é o objetivo central do
projeto dedicado à Geografia Escolar (Azambuja, 2019).
Para fomentar essa discussão, existe uma escolha do conteúdo que há de ser ensinado e
o que será mais relevante ao aluno aprender na escola. Essa decisão será amparada pela Base
Nacional Curricular Comum (BNCC) e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
algumas de suas propostas para o ensino de Geografia nas salas de aula são,
Conhecer o espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas
reações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na
produção do território, da paisagem e do lugar; Identificar e avaliar as ações dos
homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo
a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas
questões sócio-ambientais locais; Compreender a espacialidade e temporalidade dos
fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações; Compreender que
as melhorias nas condições de vida, os direitos, os avanços técnicos e tecnológicos e
as transformações sócio-culturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos,
que ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas
possibilidades, empenhar-se em democratizá-las; Conhecer e saber utilizar
procedimentos de pesquisa da Geografia para empreender o espaço, a paisagem, o
território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações,
problemas e contradições; Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de
diferentes fontes de informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar
informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens; Valorizar o
patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio diversidade, reconhecendo-a como um
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direito dos povos e indivíduos é um elemento de fortalecimento da democracia [sic]
(Brasil, 1997, p. 121-122).
Na concepção de Guimarães (2018), apesar de a BNCC anunciar que seu intuito mais
significativo é garantir os direitos dos alunos à aprendizagem, ela enfrenta críticas da
comunidade docente sobre a eficácia das políticas públicas centralizadoras e seu impacto real
na melhoria da qualidade da Educação Básica no Brasil. Deve haver propostas de pesquisa que
abordem as necessidades didáticas para possibilitar a assimilação das habilidades e o
aprimoramento das competências formativas dos estudantes. E assim ressaltar a importância de
investigar e desenvolver a estrutura do planejamento do ensino-aprendizagem, incluindo a
seleção e organização dos conteúdos escolares, dos recursos e as atividades didáticas, desse
modo,
[o] ensino de Geografia, de forma geral, é realizado por meio de aulas expositivas ou
da leitura dos textos do livro didático. Entretanto, é possível trabalhar com esse campo
do conhecimento de forma mais dinâmica e instigante para os alunos, mediante
situações que problematizam os diferentes espaços geográficos materializados em
paisagens, lugares e territórios; que disparem relações entre o presente e o passado, o
específico e o geral, as ações individuais e as coletivas; e promovam o domínio de
procedimentos que permitam aos alunos “ler” a paisagem local e outras paisagens
presentes em outros tempos e espaços (Brasil, 2001, p. 153).
Couto (2016) em uma de suas obras sobre essa temática, sugere repensar a seleção e
organização dos conteúdos de Geografia como uma ciência espacial no currículo escolar,
enfatizando a necessidade de contextualizar os temas em relação ao espaço vivido pelos alunos.
Essa abordagem visa promover uma aprendizagem mais significativa e relevante, permitindo
que os estudantes desenvolvam uma compreensão mais ampla.
Em síntese, o ensino de Geografia na educação básica vai além da simples transmissão
de conteúdos; de fato, ele deve proporcionar aos alunos uma compreensão crítica e reflexiva
sobre o espaço em que vivem e as dinâmicas sociais e ambientais que o moldam. Nesse sentido,
os teóricos citados apontam que, para que esse ensino seja efetivo, é essencial que os alunos
sejam capacitados a analisar e compreender a realidade por meio de uma leitura espacial,
integrando teoria e prática de forma contextualizada e dinâmica. O ensino de Geografia deve
englobar não só os conceitos técnicos da disciplina, mas também promover o desenvolvimento
de atitudes críticas e a capacidade de os alunos agirem de forma propositiva e reflexiva diante
dos desafios sociais, culturais e ambientais.
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Além disso, a seleção e organização dos conteúdos devem ser pensadas de forma a
integrar as experiências vividas pelos alunos com o aprendizado teórico, respeitando a
diversidade e promovendo um olhar mais amplo sobre os fenômenos geográficos. Por
conseguinte, isso implica em fugir da abordagem fragmentada e descritiva, favorecendo uma
pedagogia mais dinâmica, que valorize a investigação, a análise crítica e a compreensão da
espacialidade. A BNCC e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) fornecem diretrizes que
orientam esse processo, mas a eficácia da implementação depende, em grande parte, da
adaptação da didática ao contexto real dos alunos, tornando o aprendizado significativo e
relevante.
Portanto, neste contexto, o papel do professor de Geografia se torna ainda mais crucial.
Ele deve ser um facilitador desse processo de construção de conhecimento, guiando os alunos
na análise crítica do espaço e auxiliando-os a conectar teoria e prática. Com isso, o educador é
responsável por criar estratégias pedagógicas que despertem a curiosidade dos estudantes,
incentivando-os a se engajar ativamente na compreensão e transformação do mundo ao seu
redor. No próximo tópico, será aprofundada a análise do papel do professor de Geografia,
destacando suas competências e práticas pedagógicas essenciais para promover uma educação
geográfica que, de fato, desperte o pensamento autônomo e crítico dos alunos.
O papel do professor no ensino da Geografia
O professor, nesse contexto, deixa de ser apenas o transmissor ou reprodutor do
conhecimento e assume o papel de mediador e facilitador do aprendizado. Ele se torna completo
quando vai além de dominar o conteúdo, também se destaca como educador, dedicando-se a
inspirar e estimular o prazer pela aprendizagem em seus alunos (Teixeira, 1983). Essa
abordagem transforma a sala de aula em um espaço dinâmico e motivador, onde os estudantes
se sentem encorajados a explorar e descobrir novos conhecimentos. Logo, ele é responsável por
transformar a vasta quantidade de informações disponíveis em conhecimento concreto e
significativo, orientando os alunos na construção de sua própria compreensão. Essa mudança
de função é fundamental para promover um aprendizado mais ativo e engajado, onde os
estudantes se tornam protagonistas na busca pelo saber. Em afirmativa disso,
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[...] a ação do professor deve se direcionar para além da seleção de metodologias que
o orientem, de forma a tornar-se um gerenciador do conhecimento, autônomo,
criativo, pluralista e propositivo na/da sua realidade, pois entendemos que educar é
não se limitar a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele que o
professor considera mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si
mesma, dos outros e da sociedade (Oliveira, 2006, p. 14).
Por isso, os alunos do curso de licenciatura em Geografia, interessados na docência,
desempenham um papel fundamental na formação social e econômica do país (Cacete, 2015).
Ser professor de Geografia é especialmente importante, pois a disciplina contribui para que os
alunos compreendam o mundo ao seu redor, desenvolvam uma consciência crítica sobre
questões ambientais, sociais e culturais, e se tornem cidadãos engajados.
Indubitavelmente, toda abordagem didático-pedagógica de um conteúdo está
intrinsecamente ligada à sua fundamentação epistemológica, a eficácia das estratégias de ensino
demanda que o professor de Geografia (Libâneo, 2008), considerando os diversos contextos em
que atuam e as particularidades de seus alunos, capazes de mobilizar de forma habilidosa tanto
seus conhecimentos geográficos quanto pedagógicos. Deste modo, cabe a esses educadores
buscarem um aperfeiçoamento pedagógico e práticas educacionais ligadas à Geografia a fim de
propostas para construção do conhecimento, desenvolvendo competências em sala de aula de
modo mais prático e metodológico.
Outro adendo a respeito da Geografia Escolar, é que ainda hoje são enfrentados diversos
desafios em salas de aula. Nessa perspectiva, Snyders (1993, p. 15) afirma que “professores e
alunos vivem em condições realmente lastimáveis, com classes geralmente superlotadas, locais
inadequados, cansaço, angústias...”. Com base nisso, melhorias na educação são fundamentais
para o aperfeiçoamento nos métodos de ensino, possibilitando ambientes acolhedores nas salas
de aula e principalmente incentivando os professores para a proposição de práticas no ensino e
dinâmicas para favorecer o aprendizado do aluno. Os professores ao prepararem suas aulas
Devem entender a aula como o conjunto dos meios e condições pelas quais o professor
dirige e estimula o processo de ensino em função da atividade própria do aluno no
processo da aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e ativa dos
conteúdos. Em outras palavras, o processo de ensino, através das aulas, possibilita o
encontro entre os alunos e a matéria de ensino, preparada didaticamente no plano de
ensino e nos planos de aula (Libâneo, 1994, p. 195).
Deste modo, existe todo um preparo para a abordagem dos conteúdos na sala de aula.
Os debates sobre Didática e Prática desempenham um papel importante na formação dos
Ensaios de Geografia
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estudos sobre o ensino de Geografia. Sobretudo, discutir a importância da educação geográfica
e a forma como seus componentes curriculares são mediados em sala de aula tem um valor
expressivo no processo de ensino-aprendizagem na vida dos alunos. Dessa maneira,
[o] conhecimento do conteúdo geográfico precisa ser repassado de forma apropriada,
de maneira que reproduza os conhecimentos construídos culturalmente pela
humanidade, redefinindo possibilidades de reconstrução contínua pelo aluno e pelo
professor, no cotidiano da sala de aula (Vlach, 2002, p. 45).
De acordo com Sacramento (2010), ao trabalhar a respeito da didática na construção do
ensino de Geografia e ao mesmo tempo correlacionando no papel da integração do professor,
diz que analisar a Didática da Geografia é essencial para compreender a trajetória do ensino e
as práticas dos educadores, buscando maneiras de aprimorar a metodologia e a aprendizagem.
O professor deve considerar sua interação com o processo de aprendizagem e garantir que os
alunos absorvam conteúdos e conceitos fundamentais.
Nesse sentido, um dos pioneiros que exerceu importante papel na prática de ensino da
geografia foi Delgado de Carvalho (1884-1980). Com isso, o conhecido geógrafo francês que
contribuiu para as propostas de ensino no Brasil dedicou-se a inovações que pudessem ampliar
a metodologia do ensino da Geografia, exercendo críticas ao currículo da época. Nesse
contexto, ao fazer menção a este geógrafo, Albuquerque (2011, p. 19) afirma que ele
“proporcionou outro olhar para a Geografia no país, ao escrever livros na área de ensino, bem
como a importância de uma metodologia, que pudesse aplicar conteúdos e materiais que
mobilizassem o conhecimento do aluno”.
Além disso, outro nome importante para esta finalidade, foi Lima (2001) que anos à
frente também se dedicou aos assuntos em respeito a Didática da Geografia e fundamentações
teóricas das leis educacionais para a cidade de São Paulo a fim de mudanças no ensino
(Sacramento, 2010). Assim, a busca por um ensino geográfico adequado tem sua razão de ser:
a didática e a prática geográfica têm o papel de preparar os professores na organização do
conteúdo e no planejamento de sua abordagem em sala de aula junto aos alunos. Ademais, o
docente deve constantemente refletir sobre o significado de sua profissão, pois é a partir dessa
compreensão que poderá adotar uma postura crítica e comprometida com a significação e a
transformação do mundo, tendo plena consciência de seu papel. De fato, essa é uma das raras
profissões que possibilitam uma verdadeira mudança na realidade.
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AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
SILVA, Davi Laurentino da. Educação Geográfica: compreendendo o mundo na Geografia escolar. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 12, nº
25, e122505, 2025.
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De fato, ao longo do desenvolvimento do artigo, foi possível identificar que a formação
do professor de Geografia exige não apenas o domínio dos conteúdos específicos da disciplina,
mas também uma compreensão crítica sobre sua prática pedagógica. Dessa maneira, fica claro
que a didática e a prática no ensino de Geografia não são apenas ferramentas, mas aspectos
essenciais para que o professor consiga efetivamente transformar a sala de aula em um espaço
dinâmico, motivador e relevante para seus alunos.
Portanto, ao refletir sobre as várias propostas de aprimoramento do ensino da Geografia,
como as discutidas pelos autores mencionados, percebemos que o papel do professor deve se
expandir, passando de mero transmissor do conteúdo para mediador ativo do conhecimento. A
mobilização de conhecimentos geográficos e pedagógicos é fundamental, mas é necessário
também que o educador se engaje em um processo contínuo de reflexão e aperfeiçoamento de
suas práticas.
Dessa forma, a ação do docente vai além de simplesmente aplicar metodologias e
técnicas de ensino. Ela implica em uma postura proativa que deve fomentar uma verdadeira
mudança na realidade do aluno, guiando-o para uma compreensão crítica do mundo em que
vive e, sobretudo, para a sua participação transformadora na sociedade. Isso se traduz em um
ensino mais contextualizado, onde a Geografia não é apenas uma disciplina a ser estudada, mas
um instrumento para análise e intervenção no cotidiano dos estudantes.
Além disso, é possível concluir que a discussão sobre a didática e a prática no ensino de
Geografia deve estar sempre conectada a propostas complementares que contribuam para o
desenvolvimento de competências e habilidades nos alunos. Nesse ponto, as abordagens
dinâmicas, como o trabalho com a leitura crítica da paisagem, a análise das questões
socioambientais e a compreensão dos fenômenos geográficos a partir das vivências locais,
tornam-se essenciais. Por conseguinte, ao integrar essas propostas com o trabalho pedagógico
do professor, conseguimos ampliar as possibilidades de um ensino mais eficaz e engajador,
tornando a Geografia uma disciplina não apenas de conhecimento, mas de ação e
transformação.
Com isso, é possível integrar as propostas complementares nas aulas de Geografia,
como o trabalho com a leitura crítica da paisagem, o estudo das dinâmicas territoriais locais e
a investigação das relações entre sociedade e meio ambiente, oferecendo aos alunos não
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conhecimento, mas também ferramentas para agir e intervir no mundo ao seu redor. Essas
práticas inovadoras, ligadas ao contexto social e às experiências de vida dos estudantes, tornam
o ensino de Geografia mais dinâmico e relevante, propiciando um aprendizado ativo e engajado.
Propostas Complementares nas aulas de Geografia
1. A utilização de jogos para o ensino
A utilização de jogos pode ser um método positivo na integração nas aulas de Geografia.
Portanto, deve-se ter atenção na forma que for aplicada, que seu principal objetivo é
contribuir na aprendizagem do aluno. Segundo Piaget (1978) os jogos contribuem para o
desenvolvimento físico, intelectual, afetivo e moral na vida da criança. Desse modo, para o
enriquecimento do conhecimento, jogos do nosso cotidiano para a aplicação no ensino, entre
eles estão: batalha naval, jogo de botão, dama, palavra cruzada e jogos de mapas.
A aplicação dessas atividades estabelece uma base metodológica ligada ao ambiente
escolar com o intuito de formar educandos críticos por meio de conteúdos específicos e relações
bem definidas. Essa ideia visa aprimorar a compreensão e o aprendizado dos alunos, indo além
do simples acúmulo de conhecimento. Nesse contexto, surge o interesse em investigar o uso de
jogos como uma inovação pedagógica.
Este estudo visa avaliar concretamente uma experiência voltada para o ensino de
Geografia, promovendo habilidades e atitudes que contribuam para a formação integral dos
estudantes. Visto que
Por meio dos jogos pode ser feita uma investigação do modo de pensar dos alunos,
para ajudá-los a compreender os conteúdos escolares, superando suas dificuldades,
construindo seus conhecimentos. Através das atividades lúdicas (confecção de mapas
para o quebra-cabeça) é possível o aluno expressar, assimilar, construir a realidade,
relacionando com situações do seu dia a dia, podendo ser local ou global (Sawczuk;
Moura, 2012, p. 4).
Portanto, levar em conta essa abordagem no ensino da Geografia, pode resultar em
potencializar os processos de ensino e aprendizagem no aprendizado dos discentes. Salienta-se
que o jogo não substitui o professor na transmissão do conteúdo, mas serve como um recurso
de apoio para ajudar na compreensão e fixação do que foi ensinado, tornando a presença e a
orientação do professor essenciais. Em afirmativa
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Não é o jogo em si mesmo que contribui para a educação, é o uso do jogo como meio
em um conjunto controlado que lhe permite trazer sua contribuição indireta à
educação. O educador deve saber tirar proveito desta força bruta da natureza, e
somente esse controle garante o resultado. Deve-se saber limitar o papel do jogo, e
não formar jogadores (Brougère, 1998, p. 201).
2. O uso de maquetes no ensino-aprendizagem
Na sociedade contemporânea, em que os alunos estão imersos em um ambiente repleto
de tecnologias, algumas práticas pedagógicas tradicionais têm sido progressivamente deixadas
de lado. Contudo, o uso de recursos didáticos adequados, como as maquetes, continua a
desempenhar um papel crucial no desenvolvimento cognitivo dos alunos. Elas não ajudam a
concretizar conceitos abstratos, como também aproximam os estudantes da realidade, tornando
o processo de aprendizagem mais dinâmico e interativo, pois
[a]o passar a mão, o dedo em uma maquete o aluno percebe algo diferente e que lhe
desperta certa curiosidade em aprender, além do conteúdo a ser explicado e até mesmo
qual a metodologia usada para se confeccionar uma maquete. Com isso a partir do
momento em que as aulas expositivas ficam somente em explicações abstratas,
mediante a falta de inovação e aplicação, de outras metodologias, percebe-se a
necessidade, de aplicarem-se vários recursos didáticos diferenciados, na tentativa de
sanar algumas deficiências observadas no ensino da Geografia (Gallo et al., 2002
apud Andujar, Fonseca, 2009, p. 393).
A construção de maquetes geográficas na sala de aula, por exemplo, proporciona uma
forma eficaz de representar o espaço em que o aluno está inserido, permitindo uma integração
entre teoria e prática, professor e aluno. Além disso, exige um entendimento profundo tanto do
conteúdo a ser ensinado quanto da maneira adequada de representá-lo, o que favorece a
construção de hipóteses e a correlação de fatos, elementos fundamentais no processo
pedagógico (Nacke; Martins, 2010).
Ao trabalhar com maquetes, o professor de Geografia possibilita aos alunos a
exploração de conceitos espaciais como lateralidade, referência e orientação, fundamentais para
o entendimento das relações geográficas. Para Almeida (2001), a utilização de maquetes no
ensino pode ajudar os alunos a desenvolverem uma percepção espacial mais apurada, tornando-
os capazes de reconhecer relações projetivas e euclidianas em seu ambiente. Por exemplo, ao
criar uma maquete representando o samba, o docente pode trabalhar com os alunos o conceito
de espaço urbano, destacando como a cultura se organiza e se manifesta geograficamente em
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diferentes regiões, integrando história, geografia e cultura de maneira prática e visual, como
também
[a] maquete enquanto metodologia de ensino, forma, uma interação dos alunos com a
espacialidade (simulada), mas, isso permite fazer análises que antes eram abstratas, e
que na maquete se tornam visíveis, e aproximam os saberes dos alunos com os
conteúdos geográficos. E, o aluno no papel de construtor da maquete, se como o
real agente manipulador do espaço que está estudando (Urbanck, 2015, p. 5).
A prática docente, ao adotar o uso de maquetes, ganha uma ferramenta poderosa para
tornar o ensino de Geografia mais significativo. Na perspectiva de Vieira e (2007), um
professor que domina o conteúdo e conhece os alunos é capaz de integrar sua prática pedagógica
ao cotidiano dos estudantes, evitando distanciamentos entre as linguagens e representações.
Dessa forma, as maquetes não são apenas objetos estáticos, mas meios dinâmicos de interação
entre o conteúdo geográfico e a realidade vivida pelos alunos, tornando a aprendizagem mais
próxima e acessível.
3. Música, poesia e literatura no ensino da geografia
Por último, de acordo com Alencar e Silva (2018), a utilização da música, poesia e
literatura pode ser uma ferramenta eficaz para promover atitudes e valores no ensino da
Geografia nas escolas. Logo, ao adotar propostas que utilizem música, poesias e literatura em
suas aulas, o professor estará possibilitando ao seu aluno acessar novas culturas e novos ritmos
ligados a essas ferramentas de ensino.
Com isso, em determinados espaços sociais, a música é utilizada como uma liberdade
de expressão. Dessa maneira, certas músicas são elaboradas de uma forma crítica aos atos de
repreensão brutais do Estado, também, como a exaltação da identidade pessoal e sua relação
com sua comunidade. Dessa forma, o professor trabalha com o conceito de lugar partindo de
experiências singulares vividas pelo aluno através da música (Oliveira, 2013). Portanto, é
fundamental o educador conhecer a realidade de seu aluno para que possa trabalhar através das
variedades musicais e facilitar seu ensino com a música, desse modo,
[u]ma das vantagens de se utilizar a música na Geografia se afirma na pluralidade de
assuntos abordados por esta ciência. Violência, guerras, conflitos raciais, fome, falta
de infraestrutura nas cidades, belezas naturais, como também degradação ao meio
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ambiente, fazem parte dos temas abordados por muitos compositores (Pinheiro, 2004,
p. 104).
Ainda nesse contexto, Alencar e Silva (2018) sustentam que o emprego de poesias ou
de textos literários na sala de aula de Geografia pode despertar no aluno uma estética da
sensibilidade e servir como fio condutor para o desenvolvimento de atitudes de denúncias frente
a problemas sociais vividos. Por conseguinte, isso pode contribuir para o desenvolvimento do
senso crítico dos alunos, tornando-os mais conscientes e proporcionando-lhes um contato
enriquecedor com a arte, a educação e a cultura. Essa abordagem permite não apenas um melhor
desempenho no aprendizado, mas também uma visão mais abrangente do espaço em que vivem.
Uma vez que
[...] a proposta da poesia no ensino de geografia, superando seu uso como mera
ilustração é uma alternativa metodológica que possibilita ir além de termos e fazeres
geográficos rotineiros, levando o aluno a inserir-se dentro da geografia do cotidiano,
isto é a geografia real e impregnada de sentidos e que os auxilia na compreensão de
mundo, permitindo uma mudança de valores e hábitos em relação à disciplina (Oliveira,
2013, p. 157).
Através dessa prática, o professor de Geografia pode proporcionar aos seus alunos a
oportunidade de criar composições, poesias, prosas e poemas que refletem a sua realidade e que
tenham uma relação direta com o conteúdo trabalhado por este profissional em sala de aula.
Considerações Finais
A conclusão deste estudo sobre o ensino de Geografia destaca a importância de uma
abordagem crítica e reflexiva, fundamental para a formação integral dos alunos. A Geografia,
enquanto disciplina escolar, deve ir além da simples transmissão de conteúdos, funcionando
como uma ferramenta que possibilite aos estudantes o desenvolvimento de uma consciência
espacial capaz de compreender as complexas relações sociais, ambientais e culturais que
moldam o espaço em que vivem.
Nesse contexto, o papel do professor como mediador ativo no processo de construção
do conhecimento é essencial. A formação sólida dos docentes, tanto em conteúdo geográfico
quanto em prática pedagógica, é imprescindível para que possam articular métodos de ensino
que conectem teoria e realidade vivida pelos alunos. A utilização de recursos lúdicos, como
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jogos, poesias e maquetes, pode tornar o ensino mais dinâmico e acessível, estimulando o
interesse e a participação ativa dos estudantes.
Com isso, um dos principais objetivos alcançados foi o desenvolvimento de
metodologias inovadoras que conectam a teoria à prática, aproximando o conteúdo geográfico
da realidade dos alunos e promovendo uma aprendizagem mais concreta e interativa. As
propostas complementares, como os jogos, as maquetes, a música, a poesia e a literatura, têm
se mostrado eficazes ao incentivar o pensamento crítico, a reflexão sobre as dinâmicas do
espaço vivido e o engajamento ativo dos estudantes no processo de aprendizagem. Além disso,
essas metodologias contribuíram para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas e
sociais, que são fundamentais para a formação integral dos alunos.
Entretanto, embora tenha havido avanços significativos, ainda persistem desafios que
precisam ser enfrentados. A implementação dessas práticas pedagógicas inovadoras exige que
os professores estejam adequadamente preparados, não apenas em relação ao conteúdo, mas
também em termos de formação pedagógica e criatividade para integrar tais recursos de forma
eficaz. Além disso, as dificuldades em torno da infraestrutura escolar, a resistência a mudanças
metodológicas e a falta de tempo para planejar e executar atividades mais dinâmicas são
obstáculos que podem dificultar a adoção ampla dessas práticas no cotidiano das escolas.
Este estudo abre questões sobre a necessidade de uma transformação no ensino de
Geografia, mas também destaca a importância de um olhar atento para os desafios que ainda
existem. Como tornar essas metodologias acessíveis e eficazes em diferentes contextos? Como
superar as dificuldades estruturais e pedagógicas que ainda limitam a inovação? São
questionamentos que devem ser continuados em futuras pesquisas e práticas educacionais, pois
o ensino de Geografia precisa constantemente se renovar para se tornar cada vez mais relevante
e significativo na formação de cidadãos críticos e conscientes.
Portanto, as práticas pedagógicas adotadas não apenas potencializam a aprendizagem,
mas também contribuem para a formação de cidadãos conscientes, críticos e ativos na
sociedade. O ensino de Geografia, enriquecido por essas metodologias inovadoras, se torna
mais relevante, promovendo um aprendizado ativo, reflexivo e transformador, mas é essencial
que continue a ser repensado, ajustado e aprofundado conforme as necessidades e os desafios
do contexto educacional e social.
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