expostos pelas construções mal-acabadas e as torres de energia que irrompem solitárias em

meio às árvores.

Só muito depois tomo consciência do rádio ligado. As crianças na rua de trás parecem agitadas

com alguma brincadeira e o ventilador emite um ruído constante que, de tão frequente, já se

mistura ao ambiente.

O mangue — bioma vizinho — só se faz presente através do cheiro inconfundível de ovo podre

e dos mosquitos, fiéis companheiros, já que não o vejo da única janela com vista em meu

apartamento.

Ei, T., também é verdade que já sempre nos interpretamos a partir do que vem ao nosso encontro

no mundo, e o que vem ao meu encontro é precisamente esse cinza que começa a manchar tudo.