Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO-UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
LIMA, Guilherme Amisterdan Correia Lima; FERREIRA, Maria Milena Mouzinho; REINALDO, Lediam Rodrigues Lopes Ramos. Reflexões
sobre a importância do professor pesquisador e as metodologias ativas no estágio docente em Geografia. Ensaios de Geografia. Niterói, vol.
12, nº 25, e122522, 2025.
Submissão em: 11/05/2025. Aceito em: 10/08/2025.
ISSN: 2316-8544
Este trabalho está licenciado com uma licença Creative Commons
1
SEÇÃO ARTIGOS
Reflexões sobre a importância do professor pesquisador e as metodologias ativas no
estágio docente em Geografia
Reflections on the importance of the research professor and active methodologies in the
teaching internship in Geography
Reflexiones sobre la importancia del profesor investigador y las metodologías activas en
la práctica docente en Geografía
DOI: https://doi.org/10.22409/j0t4bz07
Guilherme Amisterdan Correia Lima
1
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),
Paraíba, Brasil
e-mail: amisterdan87@gmail.com
Maria Milena Mouzinho Ferreira
2
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),
Paraíba, Brasil
e-mail:
maria.milena.mouzinho.ferreira@aluno.ue
pb.edu.br
Lediam Rodrigues Lopes Ramos
Reinaldo
3
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),
Paraíba, Brasil
e-mail:
lediamrodrigues@servidor.uepb.edu.br
Resumo
O presente artigo tem como objetivo enfatizar a relevância da sala de aula como um espaço de pesquisa-ação e de
desenvolvimento do letramento geográfico por meio da utilização de metodologias ativas. Partimos de uma
abordagem qualitativa, baseada em revisões bibliográficas e relato de experiência de ações executadas no Estágio
Docente em Geografia, através do Programa de Formação de Professores da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB). Destacamos a necessidade da pesquisa na prática docente e o desenvolvimento de atividades didático-
pedagógicas que estimulem a ação ativa dos(as) estudantes, refletindo sobre as conceituações, os desafios e a
importância de se construir novas abordagens pedagógicas, que contribuam efetivamente com o processo de
ensino-aprendizagem.
Palavras-chave
Metodologias Ativas; Prática Docente; Letramento Geográfico.
1
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores da Universidade Estadual da Paraíba
(PPGFP-UEPB); Especialista em Análise Regional e Ensino de Geografia pela Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG); Graduado em Geografia pela UEPB; Professor da Rede Estadual de Ensino da Paraíba e Membro
do Grupo de Pesquisa em Educação em Solos da UEPB.
2
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores da Universidade Estadual da Paraíba
(PPGFP-UEPB); Especialista em Ensino de Geografia pela Faculdade Focus (FFOCUS); Graduada em Geografia
pela UEPB; Supervisora Técnica das Escolas SESI-PB e Membro do Grupo de Pesquisa em Educação em Solos
da UEPB.
3
Doutora em Recursos Naturais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestra em Agronomia pela
Universidade Federal de Viçosa (UFV); Graduada em Engenharia Agronômica pela UFPB; Professora da
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Líder do grupo de Pesquisa Educação em Solos da UEPB.
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LIMA, Guilherme Amisterdan Correia Lima; FERREIRA, Maria Milena Mouzinho; REINALDO, Lediam Rodrigues Lopes Ramos. Reflexões
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Abstract
This article aims to emphasize the importance of the classroom as a space for action research and development of
geographic literacy through the use of active methodologies. We start from a qualitative approach, based on
bibliographic reviews and experience reports of actions carried out in the Teaching Internship in Geography,
through the Teacher Training Program of the State University of Paraíba (UEPB). We highlight the need for
research in teaching practice and the development of didactic-pedagogical activities that stimulate the active action
of students, reflecting on the concepts, challenges and the importance of building new pedagogical approaches that
effectively contribute to the teaching-learning process.
Keywords
Active Methodologies; Teaching Practice; Geographical Literacy.
Resumen
Este artículo pretende enfatizar la importancia del aula como espacio de investigación-acción y desarrollo de la
alfabetización geográfica a través del uso de metodologías activas. Partimos de un enfoque cualitativo, basado en
revisiones bibliográficas y relatos de experiencias de acciones realizadas en el Programa de Prácticas Docentes en
Geografía, a través del Programa de Formación de Profesores de la Universidad Estatal de Paraíba (UEPB).
Destacamos la necesidad de la investigación en la práctica docente y el desarrollo de actividades didáctico-
pedagógicas que estimulen la acción activa de los estudiantes, reflexionando sobre conceptos, desafíos y la
importancia de construir nuevos enfoques pedagógicos que contribuyan efectivamente al proceso de enseñanza-
aprendizaje.
Palabras clave
Metodologías Activas; Práctica Docente; Alfabetización geográfica.
Introdução
São muitas as concepções acerca da pesquisa na atualidade, principalmente no meio
acadêmico, onde o termo é frequentemente utilizado em uma perspectiva científica, centrada
no método investigativo e no rigor sistemático, parte essencial de uma produção técnica de
qualidade. Porém, ao analisarmos a prática docente, notamos uma desconexão entre o que é
produzido nas universidades e o que se vivencia nas escolas em relação à pesquisa e as
atividades didático-pedagógicas. Observamos que muitas vezes não se tem uma concepção
firmada sobre o que é pesquisa e também não se utiliza a sala de aula como um espaço de
pesquisa-ação, de modo a contribuir para a melhoria da aprendizagem e os conhecimentos
geográficos.
Nesse sentido, consideramos que a realização de pesquisas acerca da prática docente e
a reflexão sobre como o trabalho do professor pode ser organizado em sala de aula são de grande
interesse na atualidade, pois possibilitam que o ato investigativo se torne presente e contribuam
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para o fortalecimento das práticas exitosas de aprendizagem. Dentre estas, sugerimos o
letramento geográfico, desenvolvido por meio de uma aprendizagem ativa, com o uso de
metodologias que oportunizem a compreensão do cotidiano e a leitura do mundo, a partir dos
contextos em que os estudantes estão inseridos.
Portanto, partimos de uma revisão narrativa por meio de um levantamento bibliográfico
e de um relato de experiência desenvolvida no Estágio de Docência em Geografia, através do
Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB). O presente trabalho tem como objetivos discutir sobre a relevância da pesquisa na
prática docente para fortalecer a ideia da sala de aula como um espaço de pesquisa-ação; refletir
sobre o professor pesquisador e a prática o letramento geográfico, ao dialogar sobre as
conceituações e os desafios inerentes a este processo; e explanar a respeito da aprendizagem
ativa como prática de letramento geográfico, a partir do uso das metodologias ativas no
processo de ensino-aprendizagem.
Assim, no primeiro momento de nossa abordagem, enfatizamos conceituações sobre
pesquisa, ao analisarmos suas principais características e desafios para a prática docente, e ao
destacarmos aspectos que configuram um professor pesquisador. No segundo momento, em
nossos resultados e discussões, apresentamos os relatos de algumas experiências desenvolvidas
em sala de aula, junto aos estudantes do Curso de Graduação em Geografia, de modo que
utilizamos metodologias ativas para fortalecer a ideia do professor pesquisador e da necessidade
da pesquisa-ação em sala de aula.
Fundamentação Teórica
A Pesquisa no Contexto da Formação Docente
O ato de pesquisar e sistematizar saberes na busca por compreender determinados
fenômenos é uma atividade cada vez mais presente no âmbito acadêmico, o que torna as
universidades como campos de conhecimento, de investigação, de extensão e de domínio do
saber, características que singularizam a relevância da academia para a sociedade.
Na formação de professores, seja nos cursos de licenciaturas ou na pós-graduação,
busca-se formar o professor pesquisador, aquele que dará prosseguimento ao saber por meio de
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uma formação continuada e que fa a diferença na prática pedagógica e no cotidiano escolar.
Porém, muitas são as concepções e os equívocos em relação ao entendimento do que de fato
seria a pesquisa em sala de aula, e isto torna necessário refletir sobre este tema no contexto da
educação básica.
Para muitos estudantes e professores, pesquisar é simplesmente transcrever conteúdos e
informações disponíveis na internet, ou buscar respostas fragmentadas em livros didáticos para
contemplar perguntas previamente estabelecidas. Neste sentido, de acordo com Abreu e
Almeida (2008, p. 80):
É necessário, portanto, desmistificar o conceito criado em torno da palavra pesquisa
e (re)significá-lo para reconsiderar esta prática educativa que está muito além do que
vem acontecendo em algumas salas de aula. O trabalho com pesquisa requer um
conjunto de atividades orientadas pelo professor, com o objetivo de buscar, descobrir
e criar um determinado conhecimento acerca de um objeto de estudo.
Tal concepção, apresentada pelos autores, confronta-se com a realidade presente na
educação básica, de maneira que podemos perceber lacunas no que diz respeito à investigação
e à sistematização do trabalho docente em sala de aula. É comum não se ter uma concepção
sólida sobre o que é pesquisar e, ainda, poucas pesquisas dentro desta perspectiva de saber
estruturado, sistematizado e lógico, seja pelos problemas apresentados, ou por questões
recorrentes no cotidiano escolar, como a falta de tempo para o planejamento, a baixa
remuneração dos professores, a falta de estrutura física e apoio por parte da gestão escolar, entre
outros aspectos.
Torna-se necessário avançar para uma concepção de pesquisa crítica e autocrítica, que
parta do uso de métodos apropriados, com vista ao avanço do conhecimento e ao entendimento
do professor pesquisador como aquele que investiga o cotidiano da sala de aula e promove o
sucesso do aluno no ensino-aprendizagem (Rausch, 2012). Para Freire (1996), ensinar exige a
reflexão sobre a prática. Logo, as atividades desenvolvidas em sala de aula podem servir como
um suporte crítico de avaliação e autoavaliação do professor e da sua prática, a fim de encontrar
o melhor caminho para desenvolver suas atividades e para assegurar a aprendizagem
significativa dos seus educandos.
Nesse sentido, a Geografia, enquanto ciência responsável por estudar o espaço
geográfico, tem muito a contribuir com o processo de elaboração e desenvolvimento da
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pesquisa em sala de aula. Isto porque a ciência geográfica apresenta-se como um relevante
objeto de estudo para os professores, futuros professores e demais estudantes, ao proporcionar
a articulação entre teoria e prática por meio da leitura dos fenômenos sociais e dos espaços de
vivências.
Podemos compreender, portanto, que o professor se torna um professor pesquisador
quando adota em sua prática pedagógica uma postura investigativa, ao refletir sobre as suas
ações e ao buscar um sentido para este fazer docente. Deste modo, o conhecimento se estrutura
não no campo da lógica e da razão, mas também se consolida no campo das experiências e
das visões de mundo dos sujeitos, ao aproximar a teoria da realidade e promover a leitura do
espaço por meio do letramento geográfico.
Torna-se necessário repensar o papel do professor no contexto escolar, de forma que
sejam vistos como autores da sua própria prática e profissionais capazes de realizar pesquisa e
de intervir na realidade. Assim, é possível contribuir para a melhoria da aprendizagem e da
qualidade de vida dos que estão inseridos nesse processo, a partir dos ideais de ética, justiça e
comprometimento social.
A educação enquanto direito de abrangência universal, que segundo a Lei das Diretrizes
e Bases LDB (Lei 9.394, 1996), é obrigação da família e do Estado, e deve voltar-se ao
desenvolvimento dos educandos por meio de uma prática pedagógica diferenciada, autônoma,
integradora, com ênfase na formação acadêmica de excelência e na aprendizagem das
competências e habilidades propostas em cada etapa de ensino. Além disso, a educação
necessita estar presente, principalmente, na formação para a vida, fundamentada no humanismo
e nos princípios éticos, de modo que a pesquisa, torna-se um caminho para a evolução científica
e cidadã.
O Professor Pesquisador e a Prática do Letramento Geográfico
A ideia do professor como pesquisador não é recente. Suas raízes emergem na
Inglaterra, mais precisamente na década de 1960, a partir de um movimento de professores com
vista à reforma curricular das denominadas secondary modern schools. Este movimento tinha
como foco a produção do conhecimento, de modo que os conteúdos fossem de fato
significativos para os estudantes, dentro de um conjunto de procedimentos a serem
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experimentados a partir da reflexão de ideias e colocados em ações pelos professores
(Fagundes, 2016).
Assim, falar do professor pesquisador na atualidade é falar também de um docente
reflexivo, que realiza pesquisa-ação em sala de aula. Para Nóvoa (2001), estas denominações
de professor pesquisador e professor reflexivo servem para caracterizar o professor que pensa,
que toma a sua prática como reflexão e elabora estratégias em cima da realidade escolar na qual
encontra-se inserido.
Em consonância, Rausch (2012, p. 703) afirma que “o professor, a partir da reflexão
sobre sua própria prática, estabelece novas possibilidades de ação sobre a docência, surgindo a
partir de tal premissa, a epistemologia da prática, que subjazem as teorias do professor-
reflexivo-pesquisador”. Ou seja, de acordo com a autora, o trabalho docente deve partir da
análise e da reflexão sobre a ação, para produzir saberes sistematizados que passam por uma
postura investigativa com vista à obtenção do conhecimento, o que torna necessário que o
professor seja, antes de tudo, um educador-reflexivo e professor-pesquisador.
Nesse contexto, o professor de Geografia, perante a realidade da sala de aula, precisa
estabelecer uma ponte entre a teoria e a prática, no intuito de promover o denominado
letramento geográfico, e isto é de grande valia para que os estudantes adquiram a compreensão
do mundo físico e humano no ambiente da sala de aula. Desta forma, é possível compreender
que o conhecimento adquirido ali não pode ser estático, não pode ser apenas praticado na escola,
ou seja, tem que ocupar os mais diversos espaços da sociedade:
[...] o conhecimento comporta construções e elaborações contínuas e, nesse processo
de construções, o sujeito interage com o meio em que vive. Ou seja, não é um processo
estático ou linear que visa acumular novas informações e conhecimentos, mas a
integração, a modificação, a coordenação entre esquemas de conhecimentos que
possuímos e os que estão em construção de acordo com cada aprendizagem que
realizamos. (Benevides, 2013, p. 6)
Portanto, o conhecimento, seja ele geográfico ou de qualquer outra natureza, necessita
ser praticado e repassado para a sociedade. Vale salientar que o grande responsável por essa
propagação do conhecimento é o professor, enquanto indivíduo pesquisador e reflexivo. No
caso do professor de Geografia, cabe a este desenvolver em seus alunos uma alfabetização
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geográfica dinâmica e conceituada, para que estes estudantes obtenham o domínio dos
conceitos e as habilidades que auxiliem na leitura e na compreensão do mundo.
A Geografia possui grande contribuição para a sociedade, pois oferta a compreensão
crítica das interações entre o meio físico e as atividades humanas, permitindo uma abordagem
informada e sustentável na resolução de problemas como urbanização, mudanças climáticas e
gestão dos recursos naturais (Santos, 2019). Deste modo, o letramento geográfico para o ensino
básico é indispensável, visto que a sociedade anseia por cidadãos que compreendam suas
necessidades e saibam interagir sobre o meio físico e social. Diante disto:
O letramento geográfico envolve a capacidade de entender e utilizar informações
geográficas de maneira eficaz, o que inclui ler e interpretar mapas, compreender
escalas espaciais e reconhecer a relevância da localização e da distribuição espacial
dos fenômenos (Silva, 2020, p. 45).
Assim, o letramento geográfico é essencial para a aprendizagem teórico-prática dos
conceitos e temas presentes na Geografia, configurando-se como uma prática que está para além
da leitura e escrita, ao ser compreendida como o entendimento daquilo que se lê e escreve, e ao
valorizar as possibilidades de aprendizagem, a partir dos espaços de vivências. Deste modo, a
Geografia torna-se, então, uma ciência que busca incentivar no indivíduo o desenvolvimento
de habilidades e de pensamentos críticos e analíticos, levando-o a pensar e a estabelecer análises
sobre os diferentes espaços e as suas especificidades.
A Aprendizagem Ativa como Prática de Letramento Geográfico
Quando analisamos a educação brasileira atualmente, nos deparamos com uma árdua
realidade em relação à desvalorização da figura do professor. Ser educador atualmente no Brasil
é um ato de bravura, mediante as dificuldades que perpassam o exercício do professorado,
dentro de um sistema neoliberal que, por vezes, oprime aqueles que são grandes responsáveis
pela propagação do conhecimento para as diversas camadas sociais.
Sabemos que o papel do professor é crucial para o progresso do conhecimento na
atualidade, incentivando o pensamento crítico, a curiosidade e a autonomia dos estudantes, e
contribuindo para a formação de indivíduos capacitados para enfrentar os desafios
contemporâneos (Dewey, 2011). Neste sentido, os educadores possuem um papel histórico no
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avanço da humanidade por levarem, através das suas atuações, o conhecimento científico com
uma linguagem acessível para a sala de aula.
Desse modo, sem a figura do professor, seria inviável o desenvolvimento da capacidade
de aprendizagem e a evolução do ser educando, porque o conhecimento seria restrito e
centralizado nas mãos de uma pequena parcela da população, como ocorreu por muitos séculos.
A atuação do professor na sala de aula é essencial para a construção do conhecimento,
pois o docente desempenha um papel central na mediação da aprendizagem, promovendo um
ambiente de ensino que estimula o pensamento crítico e a participação ativa dos estudantes
(Freire, 1996). Neste contexto, o professor de Geografia, precisa buscar a propagação do
conhecimento crítico, através de sua atuação diante dos conteúdos ministrados em sala de aula,
estabelecendo uma conexão que coloque em evidência os diversos saberes existentes. Esta
dinâmica, dentro da sala de aula, é sempre desafiadora. Por isto a importância da formação
continuada e o uso dos diferentes recursos como elementos estratégicos para a aprendizagem.
As metodologias ativas funcionam como uma possibilidade em meio ao universo de
recursos a serem utilizados pelo professor em sala de aula, à medida que aproxima os discentes
de maneira interativa por meio da junção teórico-prática. Assim, quando levamos em
consideração este ponto, ao propor práticas a partir da utilização das metodologias ativas, o
professor despertará em seus alunos o interesse pela aprendizagem, pela superação dos desafios
e pela construção do conhecimento geográfico a partir de suas experiências prévias de vida
(Santos; Morais, 2021).
Diante disso, vale salientar o quanto as metodologias ativas entendidas, segundo
Valente, Almeida e Geraldini (2017), como estratégias pedagógicas capazes de criar
oportunidades de ensino nas quais os estudantes passam a ter uma postura ativa, engajando-se
na construção do conhecimento, podem proporcionar uma imensa troca de aprendizados e a
propagação de diferentes saberes entre discente e docente.
A ideia principal de um ensino voltado para a aprendizagem ativa é de que o professor
promova atividades que façam os alunos pensarem, questionarem e debaterem a respeito do que
está sendo trabalhado, formando suas próprias discussões e opiniões em sala de aula,
estimulando sua autonomia intelectual, possibilitando uma ponte centrada na interação entre o
professor-aluno-conhecimento (Santos; Morais, 2021).
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Logo, a autonomia do professor ao planejar as atividades deve estar em exercer o papel
de mediador e facilitador do conhecimento, em oportunizar a aprendizagem de forma reflexiva
e em estimular a cooperação e participação dos alunos (Veiga et al. 1998). Deste modo,
podemos estabelecer conexões entre teoria e prática perante o contexto da sala de aula, assim
como pontua Moran (2018, p. 45): “Metodologias ativas promovem a integração entre teoria e
prática, ao envolver os estudantes em atividades que exigem a aplicação de conceitos teóricos
em contextos práticos, facilitando a aprendizagem significativa”.
Ou seja, através dessas metodologias, o conhecimento é propagado, discutido, analisado
e ainda abre margem para a construção de novas produções, favorecendo de maneira interativa
o processo de ensino-aprendizagem. Posto isto, as metodologias ativas desempenham um papel
crucial no desenvolvimento de práticas pedagógicas concretas e dinâmicas que ofereçam aos
professores e alunos novas formas de aprender (Bacich; Moran, 2018).
Metodologia
Para a realização e concretização deste trabalho, utilizou-se de uma abordagem
qualitativa, baseada em pesquisas bibliográficas e intervenções executadas por meio do Estágio
Docência, no Programa de Pós-graduação em Formação de Professores da Universidade
Estadual da Paraíba (PPFP-UEPB).
As ações de intervenções ocorreram através do componente curricular de Pedologia,
junto à turma do semestre do Curso de Licenciatura em Geografia, no período compreendido
entre os meses de agosto a dezembro de 2024, como uma das exigências do Programa de
Mestrado Profissional em Formação de Professores. As ações realizadas contribuíram para o
aprofundamento das práticas pedagógicas em consonância com um melhor aproveitamento dos
conteúdos da disciplina, tornando possível a prática da pesquisa em sala de aula e o
desenvolvimento de atividades voltadas às metologias ativas de ensino-aprendizagem.
As atividades consistiram na leitura do ementário e da proposta curricular presentes no
plano de ensino da disciplina, junto à professora do componente e à turma. A partir desses
instrumentos, foram elaborados planos de aula com o desenvolvimento de atividades práticas
baseadas nos conteúdos propostos. Entre as atividades práticas desenvolvidas com a turma,
destacam-se a realização de experimentos voltados ao ensino e à educação em solos, a
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confecção de telas com o uso de tintas à base de solos e a produção de jogos didático-
pedagógicos, que serviram como possibilidades para o trabalho com as temáticas pedológicas
em sala de aula.
Semanalmente, eram realizados dois encontros em dias alternados. O primeiro encontro
era voltado à aprendizagem dos conteúdos de forma teórica, seguindo os materiais didáticos
estabelecidos no plano de ensino. O segundo destinava-se ao trabalho de fixação da
aprendizagem por meio de ações didático-pedagógicas e metodologias ativas.
Ludke e André (1996) ressaltam que, em estudos qualitativos, é fundamental que o
pesquisador direcione seus esforços na intenção de capturar as concepções dos participantes,
de modo que compreenda a forma como esses sujeitos encaram as questões do estudo. Neste
sentido, o pesquisador em Educação desenvolve uma interação permanente e constante para
com o seu objeto de estudo, tendo por objetivo a obtenção de resposta, compreendendo a
realidade educacional em evidência (Silva et al. 2022).
Assim, por meio de observações diretas e registros, podemos analisar a evolução da
turma ao longo do semestre e ressaltar as experiências vivenciadas, bem como os resultados
alcançados, fortalecendo a participação dos(as) alunos(as) e futuros professores da educação
básica como agentes ativos na pesquisa e na construção de novas possibilidades metodológicas.
Resultados e Discussões
O estágio docente, no âmbito da pós-graduação, configura-se como uma atividade de
grande relevância na formação do(da) professor(a) e futuro(a) mestre, por colaborar com o
aprofundamento dos conhecimentos e a ampliação das perspectivas de ensino, pesquisa e
prática docente. Em conformidade, a sala de aula no espaço acadêmico, da mesma forma que
na educação básica, apresenta-se como um organismo vivo, um ambiente de múltiplas trocas e
experiências que é fundamental para o desempenho docente e o processo de ensino-
aprendizagem.
Observa-se, porém, uma considerável distância entre a universidade e a escola
distância essa que, segundo Theves e Kaercher (2022), não se resume apenas a um aspecto
físico, mas, sobretudo, a uma questão de natureza epistemológica. Para os autores:
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Parece que a universidade e as escolas de Educação Básica ainda estão distanciadas.
Isso mais do que um problema de distância (quilométrica), é um problema
epistemológico. Deixamos de aprender uns com os outros. Equivocadamente,
pensamos que numa instituição se faz ‘teoria’, vista com desdém por muitos
educadores, e na outra se faz um trabalho ‘meramente’ prático, como se nossas
atividades não fossem também alicerçadas em visões teóricas. Com esse
distanciamento, interrompe-se a necessária oxigenação em que ambas instituições
[sic] poderiam se retroalimentar (Theves; Kaercher, 2022, p. 9).
O estágio de docência, então, encontra-se com a perspectiva defendida pelos autores,
tendo em vista que, por meio da regência, o(a) estudante de mestrado que atua no contexto
da educação básica assume o papel de formador(a) e facilitador(a) da aprendizagem dos
estudantes da licenciatura, favorecendo a troca de experiências e o trabalho com metodologias
que produzem efeitos no contexto da educação básica.
É nesse cenário que o estágio contribui para a superação de determinados desafios
enfrentados pelos(as) estudantes, como a adaptação à realidade escolar, a gestão da sala de aula
e a construção de um perfil profissional, além da apreensão de novas habilidades necessárias
ao exercício da docência.
Charlot (2013, p. 61) compreende que “o conhecimento é resultante de uma experiência
pessoal ligada à atividade de um sujeito provido de qualidades afetivo-cognitivas; como tal, é
intransmissível, está sob a primazia da subjetividade”. Neste sentido, o autor nos convida a
compreender o papel das singularidades dos sujeitos no processo educativo, ao considerarmos
as suas subjetividades a partir da reflexão de que o(a) aluno (estudante) é um ser humano aberto
ao mundo, um ser social que nasce e convive em sociedade, mas que também é portador de uma
individualidade, algo que lhe é próprio e deve ser considerado no processo de construção da
aprendizagem.
Torna-se fundamental que o estágio, assim como a docência, estabeleça articulações
entre o currículo, as vivências dos estudantes e as suas singularidades em prol de uma prática
pedagógica diferenciada, autônoma e integradora. Por conseguinte, é preciso dar ênfase à
formação acadêmica de excelência, à formação para a vida, e também à construção de valores,
sob a primazia da liberdade e da valorização do estudante como um ser autônomo e capaz de
construir novas práticas e possibilidades de aprender.
Nessa perspectiva, a regência, a qual nos referimos neste trabalho, oportunizou um
contato direto e a criação de um vínculo pedagógico com a turma do período diurno,
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LIMA, Guilherme Amisterdan Correia Lima; FERREIRA, Maria Milena Mouzinho; REINALDO, Lediam Rodrigues Lopes Ramos. Reflexões
sobre a importância do professor pesquisador e as metodologias ativas no estágio docente em Geografia. Ensaios de Geografia. Niterói, vol.
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principalmente pelo fato dos estudantes estagiários, serem alunos egressos do Curso de
Geografia da UEPB, tendo uma vivência com o curso e a disciplina de Pedologia. Este
componente, que tem como objetivo estudar a origem dos solos e sua importância, seus distintos
tipos e funções, além das formas de manejo sustentáveis para os solos do Brasil, nos rendeu
várias experiências. Sob esse viés, enfatizamos a relevância do estágio docente para o(a)
estudante mestrando(a) que, ao desenvolver as suas primeiras ações na condição de docente
universitário, refletiu sobre a relevância da formação continuada e construiu novas
possibilidades e estratégias de ensino.
Para Cavalcanti (1999), o ensino de Geografia tem um papel fundamental para a
formação da cidadania, pois através da prática de construção e reconstrução de conhecimentos,
habilidades, valores, podemos ampliar a capacidade de crianças e jovens de compreenderem o
mundo em que vivem. Neste sentido, os recursos didático-metodológicos utilizados em sala de
aula são decisivos para construção de uma educação geográfica de qualidade.
Moraes e Castellar (2018), ao discorrerem sobre os pressupostos teóricos das
metodologias ativas de ensino, enfatizam que a reflexão é a chave para a aprendizagem ativa.
De acordo com as autoras, o ato de refletir pode ser alcançado quando se coloca o pensamento
do aluno em mobilização por meio das atividades que os levem a analisar, compreender e
comparar os diversos fenômenos existentes no espaço geográfico.
Assim, as atividades desenvolvidas em sala de aula devem possibilitar que os(as)
estudantes reflitam, construam suas ideias, analisem os fatos e sejam livres para criar suas
impressões, argumentações e opiniões. Deste modo, a aprendizagem pode resultar destas
interações, tendo como elemento central a pesquisa, a curiosidade e a investigação.
Então, dentro das nossas ações do estágio docente junto com os(as) estudantes da
graduação, buscamos priorizar a utilização de materiais didáticos que poderiam ser adotados
por eles(elas) no contexto da educação básica, trabalhando os conteúdos de solos e da Geografia
de forma criativa, com ênfase nos conceitos de professor pesquisador e de práticas de
letramento geográfico.
Nesse sentido, em nosso primeiro momento com os estudantes, demos destaque à
importância da aprendizagem ativa, trabalhando a leitura do texto Os solos são... do professor
e geógrafo Manoel Fernandes, disponível na obra Aula de Geografia e algumas crônicas
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(Sousa Neto, 2007). Inicialmente, foram distribuídas cópias do material e solicitado que os(as)
estudantes realizassem a leitura e em seguida socializassem as suas impressões. Solicitamos
também que eles(elas) relacionassem os elementos descritivos do texto com as primeiras
informações obtidas nas aulas do componente de Pedologia.
Como sugestão de atividade didático-prático, trabalhamos a construção de perfis do solo
(Figura 1), a partir da proposta desenvolvida por Santos (2023a), em que os(as) estudantes
usaram criatividade, ação e capacidade de construção, criando seus próprios perfis de solos com
destaque para as camadas, os processos e fatores de formação desses solos.
Figura 1 Perfis de Solos produzidos pelos estudantes
Fonte: Composição dos autores (2025).
A partir das atividades desenvolvidas nessa experiência, ficou evidente que tais
estudantes foram capazes de enfatizar o processo de formação do solo a partir dos seus fatores
de formação. Desta forma, os alunos foram capazes de citar a importância do clima, do relevo,
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do material de origem, do tempo e dos organismos na formação dos solos, bem como, as
interações entre estes fatores, associando o conteúdo teórico com a prática, e construindo uma
possibilidade metodológica para ser desenvolvida também na educação básica com o alunado
do ensino fundamental e/ou do Ensino Médio.
Posteriormente, desenvolvemos outras ações centradas na questão da pesquisa para a
formação do professor. Organizamos os estudantes em equipes, sorteamos temas relacionados
aos atributos diagnósticos dos solos e orientamos para que eles apresentassem, nas aulas
seguintes, conhecimentos teóricos e uma abordagem prática sobre os conteúdos. Assim, à
medida em que tais assuntos eram ministrados teoricamente pela professora de Pedologia, mais
adiante, eram desenvolvidas atividades práticas com o uso de metodologias ativas pelos
estudantes da graduação, com a mediação dos estagiários.
Essa medida resultou na apresentação de alguns experimentos práticos (Figura 2)
desenvolvidos pelos graduandos, agregando informações sobre diferentes atributos do solo, a
exemplo de estrutura, capacidade de retenção, porosidade, cores e texturas. Por meio destes
experimentos, os estudantes também foram capazes de construir conhecimentos pertinentes
sobre a da pesquisa-ação, dotando a prática pedagógica de sentido e significados.
Figura 2 Experimentos Práticos realizados pelos estudantes da graduação
Fonte: Composição dos autores (2025).
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De acordo com Campos, Marinho e Reinaldo (2019), a realização de atividades práticas
em sala de aula constitui um importante elemento de aprendizagem na Geografia, pois permite
uma maior aproximação entre a teoria e a prática, além de tornar as aulas mais dinâmicas e de
conferir maior significado ao processo de construção dos conhecimentos geográficos.
Olímpio (2022) argumenta que é comum nas escolas a utilização de práticas
pedagógicas convencionais, baseadas em memorizações ou que trabalhe os solos como um
elemento estático, sem reconhecê-lo como um corpo em evolução e dotado de interação com
outros elementos da paisagem. Neste sentido, cabe a nós professores(as) atribuirmos uma
perspectiva contextualizada, dinâmica, significativa, por meio de atividades que estimulem a
prática da pesquisa e coloquem os estudantes como protagonistas das ações a serem executadas,
sensibilizando-os sobre a necessidade do letramento geográfico e a aprendizagem prática dos
conteúdos.
Em sequência com os relatos das experiências desenvolvidas, o encontro seguinte foi
destinado à apresentação da infografia no ambiente educacional, ao passo em que realizamos
um estudo sobre a relevância dos textos multimodais e o uso das diferentes linguagens no
processo de letramento geográfico.
Nesse momento, junto aos(às) estudantes, apreciamos os elementos composicionais do
gênero infográfico, enfatizando a capacidade desse produto em transpor ideias e informações
sobre diferentes temas. Esta vivência se deu por meio da linguagem baseada em elementos
visuais, conexão direta e criativa, constituindo um recurso didático promissor a ser utilizado em
sala de aula.
Em consonância, proporcionamos um momento lúdico de produção de infográficos
voltados à educação de solos (Figura 3). Como estratégia, exploramos as habilidades de
desenho, recortes e capacidade de colorir do alunado, sempre fazendo a conexão com a
realidade vivenciada na educação básica. Vale destacar que, muitas vezes, os recursos
tecnológicos para a criação de atividades dessa natureza não estão disponíveis, mas é possível
adaptar as estratégias ao contexto da sala de aula e priorizar recursos mais básicos e acessíveis,
como lápis de pintura, papel e recortes.
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Figura 3 Produção de infográficos como recurso didático para as aulas de Geografia
Fonte: Composição dos Autores (2025).
A partir dessa ação desenvolvida, podemos ressaltar, segundo Júnior, Mendes e Silva
(2017), que a metodologia didática é capaz de estimular e desenvolver habilidades que podem
transformar o ambiente educacional. Isto implica na participação, na curiosidade, na exposição
a novas situações e na contribuição para uma aprendizagem significativa que fortaleça o desejo
e a atitude diante do conhecimento.
Destarte, o trabalho com infográficos colocou em ação a capacidade criativa dos(as)
estudantes, desenvolvendo com clareza os conceitos e as informações pertinentes ao conteúdo,
de modo que o professor atuou como um mediador e os educandos como protagonistas das
ões, construindo novas possibilidades de aprendizagem.
Desse modo, além das atividades apresentadas, realizamos também uma oficina de
geotintas, tomando como referência a ação desenvolvida por Santos (2023b), que utilizou tintas
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à base de solos na Geografia Escolar, como forma de fomentar a relevância da abordagem
pedológica e promover a popularização da Educação em Solos na Escola.
Nossa perspectiva caminha ao encontro desse objetivo, de promover e popularizar a
importância os solos, no contexto da educação básica, ao construirmos metodologias que
promovam a interação entre os estudantes e os coloquem como desenvolvedores das ações.
Assim, a oficina de geotintas (Figura 4), realizada com estudantes da graduação, se constituiu
como um momento lúdico e de grande relevância para a condução do estágio e também do
componente curricular, despertando o entusiasmo dos licenciandos e futuros professores de
Geografia.
Figura 4 Oficinas de geotintas com os estudantes da graduação
Fonte: Composição dos autores (2025).
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Durante essa atividade, os(as) estudantes foram orientados a produzirem telas que
representassem os 50 anos do Curso de Licenciatura em Geografia da UEPB. Na ocasião das
comemorações, foi desenvolvida a Semana Ouro da Geografia, com um conjunto de atividades
que estimularam a reflexão e a necessidade de novas práticas e abordagens dos conteúdos em
sala de aula. A oficina de geotintas se configurou como uma ação de destaque, constituindo
uma novidade entre os(as) discentes, e promovendo conexões e valorização do solo, enquanto
elemento natural indispensável ao equilíbrio do Planeta Terra.
Cavalcanti (2008) argumenta que a Geografia Escolar não se ensina, ela se constrói e se
realiza, tendo um movimento independente que é realizado pelos professores e os demais
sujeitos envolvidos na prática escolar. Neste sentido, a sala de aula, a escola e o ambiente
educacional como um todo deve funcionar como um espaço de pesquisa-ação, de modo que
agentes educacionais reflitam sobre a natureza das suas práticas, delimitem objetivos precisos
e construam novas possibilidades de aprender. Isto fortalece a prática pedagógica e o letramento
geográfico, elemento fundamental para a compreensão do mundo e suas vivências.
Por fim, ao fazermos uma correlação entre as práticas desenvolvidas no estágio docente
e a apreciações dos(as) estudantes, solicitamos que a turma realizasse uma avaliação sobre as
estratégias construídas ao longo do período de estágio, em que coletamos, por meio de um
questionário aplicado no último encontro com a turma, as seguintes afirmações:
Aluna A “A condução das aulas foi muito boa, trazendo leveza e surtindo efeito para
a turma, que obteve uma média satisfatória na disciplina de Pedologia.
Aluno B A experiência foi de suma importância para o nosso desenvolvimento como
futuros professores. Além disso, as conversas que abordaram a realidade do ensino foram
essenciais para nos prepararmos para a atuação em sala de aula.
Aluna C “O desempenho dos professores do estágio foi fundamental para melhorar o
processo de ensino-aprendizagem dos alunos da graduação, contribuindo além do esperado. Os
estagiários demonstraram dedicação, compromisso e trouxeram atividades práticas, lúdicas e
interativas para complementar e auxiliar no ensino e no estudo dos solos. Além disso,
mostraram a realidade vivida em sala de aula no cotidiano dos professores. Dessa forma,
agradeço pela participação e contribuição que tiveram na minha formação profissional.
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Aluno D “As aulas desenvolvidas pelos estagiários foram de extrema importância
para nós, enquanto formandos, pois trouxeram atividades, experimentos e práticas que podem
nos ajudar futuramente, quando estivermos ministrando aulas.
Fica evidente, assim, que o estágio docente se configurou como uma atividade de grande
contribuição, surtindo um efeito positivo no que diz respeito a formação docente do professor
de Geografia, possível através da conexão criada entre os conteúdos e a construção das
atividades em sala de aula, ao mobilizar a sala de aula como um espaço de pesquisa-ação e
letramento geográfico.
Considerações Finais
Mediante as leituras, reflexões e ações realizadas, concluímos que a pesquisa na esfera
educacional possui dimensões amplas e está associada às diversas concepções de ensinar e
aprender, podendo assumir variadas funções no campo educacional e ser utilizada como um
instrumento que possibilita a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
A sala de aula configura-se como um importante campo de conhecimento e
desenvolvimento de novas habilidades, por isto, deve ser explorada a partir de metodologias
que estimulem a criatividade, a construção e coloquem os estudantes como protagonistas das
ações. A Geografia escolar tem, neste processo, uma grande relevância, uma vez que possibilita
aos estudantes aprenderem os conteúdos associados aos seus espaços de vivências e ampliarem
suas visões de mundo.
Torna-se, assim, essencial repensar o papel do professor no contexto da sala de aula, ao
partir de uma concepção de pesquisa crítica e autocrítica, de modo que os docentes sejam vistos
como autores da sua própria prática, e como profissionais capazes de realizar pesquisa e de
refletir sobre as suas ações no cotidiano escolar com vista à transformação da realidade.
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