
Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO-UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
TORRES, Eloiza Cristina; SANTOS, Vitor Colleto dos. O mapa do tesouro: um conto para cartografar a literatura. Ensaios de Geografia.
Niterói, vol. 12, nº 25, e122523, 2025.
Submissão em: 13/06/2025. Aceito em: 02/09/2025.
ISSN: 2316-8544
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Segundo a BNCC, desde a etapa do ensino fundamental, é preciso “Desenvolver o
pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes
gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações
geográficas” (Brasil, 2018, p. 366). Daí é que, formalmente, se justifica o trabalho com as
linguagens da Cartografia e literatura em disciplinas que são ministradas para a licenciatura.
Isso porque o conhecimento de metodologias e recursos que propiciem o ensino de Cartografia
escolar de maneira lúdica possui bastante relevância para a formação de professores de
Geografia.
Consideradas enquanto metodologias didáticas, Cartografia e Literatura são entendidas
como linguagens capazes de atrair a atenção dos estudantes para os conhecimentos de uma
disciplina escolar, estimulando a aprendizagem significativa. Para tanto, a disciplina de
Cartografia Escolar em questão apresentou como diferentes histórias de literatura podem ser
utilizadas para tratar de Cartografia e Geografia nas escolas, especialmente no ensino
fundamental. Durante o mês de agosto de 2024, em uma das aulas da disciplina, buscou-se
demonstrar como seria possível a aproximação entre a Literatura e a Cartografia, revelando
assim desde a Cartografia existente em obras clássicas e o desafio de “mapear” uma história, o
conto.
Na edição de 2024, uma das histórias responsáveis por atrelar os conhecimentos
cartográficos e geográficos à literatura foi o conto “O mapa do tesouro” (de autoria da própria
docente da disciplina). O conto orientou a prática “Cartografando a literatura”, na qual os
estudantes deveriam ler, prestar atenção no máximo de elementos geográficos presentes na
história e “cartografar” o trajeto contado na trama, este vivenciado pelo personagem Huguinho.
Como a ideia era fazer uma história única que servisse de base para todos os discentes,
o conto em questão foi lido de maneira pausada e em voz alta na aula; com isso, o “mapa” da
história surgiu primeiro na cabeça de quem ouvia. Em um segundo momento, o texto foi
disponibilizado para cada um dos discentes, que puderam observar com detalhes e fazer a sua
representação cartográfica do conto, “à mão livre”.
Ao seu modo, cada discente fez uma representação, houveram alguns que fizeram como
um desenho, outros elaboraram croquis com traços simples, mas todos cumpriram o objetivo