Ensaios de Geografia https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo <p>A <strong><em>Ensaios de Geografia</em></strong> é um periódico científico de publicação contínua, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense. Buscamos divulgar pesquisas de temáticas relacionadas à geografia e áreas afins, além de oferecer um espaço propício à formação acadêmica e profissional.<br /><strong>ISSN:</strong> 2316-8544<br /><strong>QUALIS:</strong> B1</p> Niterói RJ: Universidade Federal Fluminense Programa de Pós-Graduação em Geografia pt-BR Ensaios de Geografia 2316-8544 <p>Atribuição <strong>CC BY</strong>. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.</p> EDITORIAL https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/61143 Ensaios de Geografia Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 1 13 ESPAÇOS DE VIVÊNCIAS DE UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA PARAENSE https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/57737 <p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho é o resultado de uma pesquisa mais ampla de mestrado que tem como foco apresentar as diferentes dinâmicas vivenciadas por moradores de uma comunidade ribeirinha da Amazônia Paraense, chamada de Carapanatuba, no interior do município de Santarém. </span><span style="font-weight: 400;">O modo de vida e a dinâmica territorial das populações ribeirinhas são objetos de estudo em várias ciências, e aqui somos pautados na ciência geográfica, com auxílio de autores como Santos (2002), Souza, (2018) e Tuan (2012) nas abordagens de categorias de espaço e lugar, que amparam para a compreensão dos espaços de vivência dos moradores de Carapanatuba. Para a aquisição das informações foram realizados trabalhos de campo, com o uso de entrevistas e de outros instrumentos como celular, caderno de campo, entre outros. A Fenomenologia também foi utilizada como método de análise, pois cria pontes para que tenhamos acesso às informações e às </span><span style="font-weight: 400;">percepções mais apuradas para ouvir, olhar, sentir, perceber e avaliar todos os fenômenos que transpassam a pesquisa. Mediante as observações e dos diálogos realizados durante o trabalho sobre as vivências dos pescadores com seus espaços/lugares de vida</span><span style="font-weight: 400;">, é</span><span style="font-weight: 400;"> perceptível a relação afetivas dos pescadores para com a sua casa, que para eles é vista como um “porto seguro”, com as suas embarcações, com a comunidade, com o rio. E que nas pequenas práticas cotidianas em que são socializados os saberes sobre a dinâmica da natureza, é onde se constroem relações simbólicas e afetivas para com seus lugares de vida e trabalho.</span><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;"> </span></p> Agriane Caldeira Souza Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 13 39 10.22409/eg.v10i22.57737 MOVIMENTOS SOCIAIS E GEOGRAFIA https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/59357 <p>As diversas transformações sociais criam constantes mudanças nas dinâmicas urbanas e geográficas, despontando em novas formações e conexões humanas no que tange a discutir a cidade, seu território e pertencimento. Aos agentes sociais, denominados por Corrêa (1995) como grupos sociais excluídos, ou seja, vivendo em situação de vulnerabilidade social e de constante luta pelo direito à cidade e à moradia, o amparo surge, muitas vezes, por meio de redes de apoio, constituídas nas ações dos movimentos sociais. A formação de movimentos sociais e de intensificação dos estudos sobre sua forma de atuação e seu papel político e social, ao final do século XX, possibilitou que a geografia, enquanto ciência, tivesse uma visão mais crítica e cada vez mais próxima ao homem e de suas intervenções no espaço. Tal interface vem permitindo transformações por meio das ações sociais, tanto na geograficidade do espaço quanto na construção do pensamento geográfico.</p> Anderson Kech Juçara Spinelli Marlon Brandt Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 40 59 10.22409/eg.v10i22.59357 A TRIBUTAÇÃO IMOBILIÁRIA E SUAS OMISSÕES NA POLÍTICA URBANA https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/58947 <p>Este trabalho faz uma análise da tributação imobiliária sob a perspectiva da recaptura de mais-valias urbanas e a falta de efetividade dos instrumentos previstos na legislação urbanística. Além disso, propõe-se a investigar a relação entre a arrecadação de tributos imobiliários (IPTU e ITBI) e o investimento em infraestrutura urbana, que tem o potencial de valorizar o solo urbano. O recorte espacial adotado foi a Região Metropolitana de Natal funcional, composta pelos municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Extremoz. Esses municípios possuem uma dinâmica imobiliária acentuada e estão em processo de expansão urbana, mas carecem de um planejamento urbano que se conecte com a gestão tributária municipal e possibilite a distribuição mais igualitária dos benefícios dessa arrecadação. Nesse sentido, reflete-se sobre a capacidade de enfrentar os desafios históricos que as cidades possuem para captar recursos voltados aos investimentos públicos em infraestrutura urbana. Por fim, buscou-se compreender como a tributação imobiliária pode ser utilizada em prol do financiamento urbano, de modo a contribuir com a perspectiva do Direito à Cidade pelo viés da justiça urbana articulada com a capacidade de investimento e financiamento das cidades por meio de impostos incidentes sobre a propriedade privada já consolidados, que possuem também funções extrafiscais.</p> Érica Milena Carvalho Guimarães Leôncio Gabriel Rodrigues da Silva Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 60 78 10.22409/eg.v10i22.58947 UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PARA PENSAR O DESENVOLVIMENTO REGIONAL A PARTIR DO SETOR PRODUTIVO DE ROSAS https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/59244 <p><span class="TextRun SCXW101750961 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="none"><span class="NormalTextRun SCXW101750961 BCX0">Através do acompanhamento cotidiano de uma loja de floricultura como atividade de estágio obrigatório, diversas foram as movimentações acerca, principalmente, das principais datas de pico que intensificam a dinâmica do mercado global de flores anualmente. Ao longo desse processo, a rosa aparece como a flor mais consumida nesse ramo. Esta observação levou a uma investigação a fim de desvendar e compreender as relações do setor produtivo de rosas nas esferas de produção, distribuição, comercialização e consumo, revelando os atores envolvidos, suas intencionalidades e os principais locais que contribuem para a inserção da rosa em uma Rede Global de Produção (RGP). Para isso, o conceito de RGP orientou a investigação realizada e a utilização de sua base teórica serviu para mediar uma busca empírica por informações a partir de entrevistas com dois indivíduos integrantes do setor de produção de rosas de Barbacena, Minas Gerais. Nesse sentido, esse relato de experiência busca colaborar com reflexões acerca do desenvolvimento regional através de abordagens da geografia econômica.</span></span><span class="EOP SCXW101750961 BCX0" data-ccp-props="{&quot;134233117&quot;:false,&quot;134233118&quot;:false,&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559738&quot;:0,&quot;335559739&quot;:200,&quot;335559740&quot;:276}"> </span></p> Jayne Mayrink Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 79 104 10.22409/eg.v10i22.59244 ESTADO E AGRICULTURA FAMILIAR https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/57817 <p>O presente artigo tem como proposta analisar a relação entre Estado e a agricultura familiar a partir dos avanços e retrocessos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no município de São Luís, no estado do Maranhão. Assim, metodologicamente, estabeleceu-se para as análises pesquisa bibliográfica a partir de compreensões teóricas acerca da agricultura familiar e das concepções governamentais do PRONAF e do PAA, além da coleta de dados no IBGE, CONAB e SEMSA. Desse modo, analisou-se as políticas públicas voltadas para o campo, ressaltando a desarticulação de estruturas na escala federal de apoio à agricultura familiar, que se reflete nos drásticos cortes de tais políticas, como no caso do PAA em São Luís, o qual caracteriza-se por uma produção agrícola diversificada, mas que está comprometida em razão dos efeitos socioeconômicos decorrentes dos direcionamentos adotados pelo Estado.</p> Jessica Neves Mendes José Sampaio de Mattos Junior Igor Breno Barbosa de Sousa Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 105 125 10.22409/eg.v10i22.57817 MOVILIDAD EN LA CIUDAD DE MÉXICO https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/58455 <p>La movilidad en la Ciudad de México forma parte de la producción del espacio no sólo en la configuración de una retícula vehicular, disposición de soportes materiales para los diferentes modos de viaje, lugares conectados y accesibles, también por el momento de distribución de mercancías, servicios y personas. Condiciones para una nueva ontología de la ciudad, de ser el centro de la producción de mercancías paso al conglomerado financiero de aseguradoras, centros de esparcimiento, entretenimiento y diversión, por ello, los motivos por los que se desplazan los viajeros han presentado cambios, se movían, fundamentalmente, de manera pendular, del hogar a la escuela o trabajo, 1983-1994, hoy, 2007-2017, se han diversificado los destinos, incrementos relacionados con algún servicio: convivir, ir al médico, realizar un trámite, ir a comer, social, diversión, llevar o recoger a alguien, ir de compras, acto religioso y otro. Los viajes, soportes materiales y transportes provocan accidentes que se reportan por los Datos Abiertos C5, desde enero del 2018 a diciembre del 2022, por el Gobierno local: choque, atropellado, derrapado, caída de ciclista, volcadura y caída de pasajero en las avenidas principales de la delegación Cuauhtémoc: Avenida Insurgentes y Avenida Reforma. El rango de edad más afectado, 25 a 34 años, principalmente hombres. El efecto, valorización de los servicios, salud, protección y seguros. Los accidentes viales son una mercancía, no se previene ni planifica un sistema que resuelva problemas multicausales.</p> Luis Alberto Luna Gómez Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 126 150 10.22409/eg.v10i22.58455 AVALIANDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS AULAS DE GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE JOÃO ALFREDO – PERNAMBUCO, BR https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/59433 <p>O presente artigo tem como objetivo analisar como a Educação Ambiental (EA) está sendo trabalhada nas aulas de Geografia no Ensino Fundamental no município de João Alfredo - PE à luz de uma metodologia de abordagem qualitativa e exploratória. Como procedimentos de análise e coleta de dados foi realizada uma pesquisa bibliográfica aliada a uma sondagem a partir de um questionário, aplicado aos professores que lecionam Geografia no Ensino Fundamental do município de João Alfredo - PE. A partir dos resultados obtidos, pôde-se concluir que os professores que lecionam Geografia, em sua maioria, têm dificuldades em trabalhar as temáticas de EA em razão de alguns fatores, como, por exemplo, o fato da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não valorizar a EA, a falta de apoio da equipe gestora (gestores e coordenadores), dificuldades a materiais didáticos além do livro didático, limitação da carga horária e a falta de formação em geografia (licenciatura) por parte de muitos profissionais que lecionam geografia na rede municipal do município João Alfredo. Também foi informado pelos entrevistados que a pandemia da Covid-19 motivou a trabalhar a EA recorrentemente, mostrando a sua importância no contexto do ensino de Geografia.</p> Marcus Vinícius dos Santos Silva Viviane Lúcia dos Santos Almeida de Melo Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 151 174 10.22409/eg.v10i22.59433 GEOGRAFIA(S) DA(S) PALAFITA(S) https://periodicos.uff.br/ensaios_posgeo/article/view/58573 <p>A ocupação dos igarapés urbanos é peça-chave para compreensão dos processos de produção da cidade de Manaus (AM). Partindo de aspectos históricos mais amplos, buscou-se a partir de Manaus (AM) e das casas de palafitas apontar características dessa tipologia habitacional e sua base geográfica no espaço urbano. O objetivo do trabalho é apresentar aspectos geográficos das palafitas urbanas a partir do caso de Manaus-AM. Especificamente, busca-se (1) analisar as transformações históricas antigas até as atuais, passando pela inserção dessas casas no urbano e (2) identificar as experiências próprias dos moradores enquanto casas do possível-habitar na relação cidade-natureza. Como procedimentos, as reflexões são apresentadas com base em revisão bibliográfica, além de trabalho de campo em área de palafitas no bairro de Educandos, ao qual foram empregadas observações e entrevistas com atenção à produção social dessas casas. A manifestação da “palafitarização” é um processo socioespacial pelo conteúdo geográfico ao qual as palafitas tem sua gênese e continuidade através de espaços intersticiais. Constatou-se que a experiência palafítica é singular por estar em área limítrofe água-terra e essa singularidade se traduz na agência das águas no impacto na casa e na vida. Palafitas, como expressão da cultura, também são produto social que revelam as contradições do habitar no espaço urbano manauara.</p> Matheus Vieira Areb Copyright (c) 2023 Da Revista (Ensaios de Geografia) e do Autor https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-20 2023-12-20 10 22 175 206 10.22409/eg.v10i22.58573