MOVILIZACIONES DEL “JUNIO INDÍGENA” DE 2021 CONTRA EL PL 490 Y LA MARCA TEMPORAL EN BRASIL

ciudadanía, autonomía y resistencia

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/eg.v10i21.55362

Palabras clave:

Movimiento indígena, Marco Temporal, Derechos territoriales, Tierras indígenas

Resumen

El año 2021 fue histórico para la lucha de los pueblos indígenas en Brasil, tanto en la lucha contra la Covid-19 en sus territorios como en la lucha por la reafirmación de sus derechos constitucionalmente garantizados, amenazados ante el Proyecto de Ley 490/2007 (PL 490/2007), que se tramita en el Congreso Nacional sobre la tesis del marco temporal, aún en proceso de votación en el Supremo Tribunal Federal (STF). El objetivo de este texto fue, por lo tanto, analizar la movilización realizada por el Movimiento Indígena en Brasil en junio de 2021, conocida como "Junio Indígena", contra el PL 490/2007 y la tesis del marco temporal y sus impactos sobre la existencia de los pueblos indígenas. Se realizó una investigación cualitativa para recopilar información sobre las acciones llevadas a cabo durante el período a través de publicaciones en las redes sociales de organizaciones y líderes indígenas, complementada con información de sitios web, periódicos y blogs del movimiento indígena e indigenista. Los resultados fueron sistematizados y categorizados utilizando el análisis de contenido propuesto por Bardin. Los datos revelan que la capacidad de articulación nacional del Movimiento Indígena ha capilarizado acciones en las cinco regiones de Brasil y realizado manifestaciones variadas en diferentes disposiciones espaciales, principalmente bloqueos de tráfico en carreteras y protestas en entornos urbanos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marcos Leandro Mondardo, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Doutor em Geografia pela UFF.

Roberto Lopes Chaparro, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Graduado em Psicologia pela Universidade Federal da Grande Dourados (2022), Mestrando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados, pesquisando o processo de desterritorialização do povo Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul através do fenômeno da intolerância religiosa. Atualmente também é membro do Núcleo de Estudos em Território e Fronteira - NUTEF.

Citas

ALMEIDA, S. L. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.

ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL. ATL 2022: Povos Indígenas unidos, movimento e luta fortalecidos. Brasil, 14 abr. 2022. Disponível em:. Acesso em: 19 abr. 2022.

ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL. Primavera Indígena: Mobilização permanente pela vida e democracia. Brasil, 28 ago. 2021. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2021.

ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL et al. Apelo Urgente - Ameaça e inviabilização das demarcações de terras indígenas, dos territórios homologados e destruição de direitos constitucionais dos povos indígenas no Brasil. Brasil, 6 jul. 2021. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2021.

BANIWA, G. L. Movimentos e políticas indígenas no Brasil Contemporâneo. Brasil: Tellus, v. 7, n. 12, p. 127-146, abr. 2007.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.

BATISTA, J. de P.; SANTILLI, M.; GUETTA, M. Nota Técnico-Jurídica sobre o substitutivo ao PL Nº 490/2007. Instituto Socioambiental - ISA, Brasil, 12 maio 2021.

BOTELHO, T. Brasil, Terra Indígena: A inconstitucionalidade do marco temporal. Canal do Grupo Prerrogativas, 28 ago. 2021. Disponível em: . Acesso em: 26 set. 2021.

BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Parecer: Projeto de Lei nº 490 de 2007. Brasília: Câmara dos Deputados, Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), 2021. Disponível em: . Acesso em: 17 out. 2021.

BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 490/2007.Altera a Lei n° 6.001, de 19 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio. Brasília: Câmara dos Deputados, 2021. Disponível em:. Acesso em: 17 out. 2020.

BRITO, M. “O agro não precisa invadir terra indígena para crescer”, afirma Marcello Brito. Entrevista concedida ao Programa Roda Viva. TV Cultura, Canal do You Tube do Roda Viva, 30 ago. 2021. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2022.

CASTRO, I. E. de. Espaços públicos como espaços políticos: o que isso quer dizer?Geografares, p. 12-33, jul.-set. 2018. Disponível em: <https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/20997/14088>. Acesso em: 05 abr. 2022.

COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO. O índio e a cidadania. São Paulo: Editora Brasiliense, 1983.

COMPARATO, F. K. et al. A dívida com os Povos Indígenas nunca será realmente paga: sobre o marco temporal. São Paulo: Ubu Editora, 2021, p. 35-41.

CONGRESSO EM FOCO. Com 257 parlamentares, bancada ruralista declara apoio à reforma da Previdência. UOL, 02 abr. 2019. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2021.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Com seis mil pessoas em Brasília, povos indígenas realizam maior mobilização pós constituinte. Brasil, 24 ago. 2021. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2021.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Comissão da CNBB visita Acampamento Levante Pela Terra e manifesta solidariedade aos povos indígenas. Brasil, 29 jun. 2021. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2021.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Entenda o que é o “Parecer Antidemarcação” e o que está em jogo no STF. Brasil: Conselho Indigenista Missionário - CIMI, 20 maio 2020. Disponível em: . Acesso em: 26 set. 2021.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Movimento e organizações indígenas no Brasil. Brasil, 14 jul. 2008. Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2023.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Povos indígenas ocupam cúpula do Congresso Nacional em manifestação contra o PL 490. Brasil, 2021. Disponível em: . Acesso em: 19 abr. 2022.

CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Relatório - Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – Dados de 2020. Brasil, nov. 2021. Disponível em: . Acesso em: 19 abr. 2022.

CUNHA, M. C. Definições de índios e comunidades indígenas nos textos legais. In: SANTOS, S. C. dos et al. (org.). Sociedades Indígenas e o direito: uma questão de Direitos Humanos. Florianópolis: UFSC/CNPQ, 1985.

CUNHA, M. C. Direitos indígenas: ontem e hoje. Canal da Ubu Editora, 27 set. 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FJ3NGrspbnA>. Acesso em: 20 abr. 2022.

CRUZ, T. C. Os processos de lutas e resistências dos povos indígenas do Brasil. Revista SURES: Foz do Iguaçu-PR, s/v, n. 9, p. 145-163, fev. 2017. Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2023.

CUNHA, M. C. Direitos indígenas: ontem e hoje. Canal da Ubu Editora, 27 set. 2021. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2022.

ELOY TERENA, L. Luiz Eloy Terena: Situação dos indígenas no país: entrevista [26 jul. 2021]. Entrevistador: Programa Faixa Livre. Rio de Janeiro: Rádio Bandeirantes 1360 AM, 26 jul. 2021. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2021.

GOMES, P. C. C. Espaço público, espaços públicos. GEOgraphia: Niterói, v. 20, n. 44, set.-dez. 2018. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2022.

GOOGLE. Como funcionam os algoritmos de pesquisa. Pesquisa Google, 2021. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2020.

HAESBAERT, R. Viver no limite: território e multi/transterritorialidade em tempos de in-segurança e contenção. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

HAESBAERT, R. Do Corpo-Território ao Território-Corpo (da Terra): contribuições decoloniais. GEOgraphia: Niterói, v. 22, n. 48, p. 75-90, 2020. Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2023.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010: população indígena é de 896,9 mil, tem 305 etnias e fala 274 idiomas. Brasil, 2012. Disponível em: . Acesso em: Acesso em: 19 abr. 2022.

IBGE. Censo 2010: características gerais dos indígenas – resultados do universo. Disponível em:. Acesso em: 3 ago. 2019.

KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

MASSEY, D. For Space. London: Sage, 2005.

MAPBIOMAS. Fatos sobre o papel das Terras Indígenas na proteção das florestas. Brasil, 2022. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2022.

MBEMBE, A. Necropolítica. Tenerife: Melusina, 2016.

MENDES JÚNIOR, J. Os Indígenas do Brazil seus Direitos Individuais e Políticos. São Paulo: Typ. HenniesIrmãos, 1912.

MUNDURUKU, D. O caráter educativo do movimento indígena brasilieiro (1970-1990). São Paulo: Paulinas, 2012.

OLIVEIRA, K. E. de. Estratégias sociais no movimento indígena: representações e rede na experiência da APOINME. Recife, 2010.

PELACANI, B.; GUERRA, E. Retomando o Brasil: Demarcando territórios e habitando a política. México: Desinformemonos, 19 abr. 2022. Disponível em: . Acesso em: 26 abr. 2022.

SAFATLE, V. Bem-vindo ao Estado Suicidário. N-1 Edições, Brasil, 2020a. Disponível em: <https://www.n-1edicoes.org/textos/23>. Acesso em 14 set. 2021.

SAFATLE, V. Para Além da Necropolítica. n-1 Edições, Brasil, 2020b. Disponível em: . Acesso em 14 set 2021.

SANTOS, M. O espaço do cidadão. São Paulo: Editora da USP, 7 ed., 2007.

SANTOS, M. Os deficientes cívicos. Folha de São Paulo/Brasil 500, 24 jan. 1999. Disponível em: . Acesso em: 30 mar. 2022.

SANTOS, R. M.; GOMAS, P. Análise do PL 490/2007 e seus apensos. Brasil: Conselho Indigenista Missionário - CIMI, 2021.

SARTORI JUNIOR, D. Colonialidade e o marco temporal da ocupação de terras indígenas: uma crítica à posição do Supremo Tribunal Federal. Hendu, 7 ed., p. 88-100, 2016.

SCHWADE, E. Nas assembleias, os povos indígenas se afirmam: narrativas e testemunho de Egydio Schwade. In:BRIGHENTI, C. A.; HECK, E. D. (Orgs.). O Movimento Indígena no Brasil: da tutela ao protagonismo (1974-1988). Foz do Iguaçu: EDUNILA, p. 25-49, 2021.

SILVA, R. P.; ACOSTA, A. R.; DE ANDRADE, R. M. G. Nota Técnica nº 10 - PL 490 e o risco à vida dos Povos Originários. Brasil, Rede Brasileira Mulheres Cientistas, 2021.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. Vício de Inconstitucionalidade. Brasil: 2021. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2020.

VIEGAS, D. P. A tradicionalidade da ocupação indígena e a constituição de 1988: a territorialização como instituto jurídico-constitucional. Manaus: UEA Edições, 2017.

VIRILIO, P. La inseguridad del territorio. La Marca: Argentina, 1999.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Os involuntários da pátria. Reprodução de Aula pública realizada durante o ato Abril Indígena na Cinelândia. Rio de Janeiro, 20 abr. 2020.

Publicado

2023-08-31

Cómo citar

MONDARDO, M. L.; CHAPARRO, R. L. . MOVILIZACIONES DEL “JUNIO INDÍGENA” DE 2021 CONTRA EL PL 490 Y LA MARCA TEMPORAL EN BRASIL: ciudadanía, autonomía y resistencia. Ensayos de Geografía, v. 10, n. 21, p. 130-164, 31 ago. 2023.