https://periodicos.uff.br/ensinosaudeambiente/issue/feed Ensino, Saude e Ambiente 2024-04-11T09:19:41+00:00 Rose Latini e Luiza Oliveira - Editoras Chefe resa@vm.uff.br Open Journal Systems <p><em>Ensino, Saúde e Ambiente</em> é uma publicação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências da Natureza da Universidade Federal Fluminense. O objetivo é a divulgação de artigos científicos resultantes de pesquisas e de relatos de experiências originais sobre temas que envolvem o Ensino de Ciências em espaços formais e não formais. Sem perder de vista, evidentemente, a precípua finalidade de integração de pesquisadores que atuam na interface ensino, saúde e ambiente.<br /><strong>ISSN</strong> 1983-7011</p> https://periodicos.uff.br/ensinosaudeambiente/article/view/57117 Despatriarcalização do currículo e as abordagens de gêneros e sexualidades: relato de experiência em um espaço educativo do Nordeste 2023-08-22T21:51:45+00:00 Stelina Moreira de Vasconcelos Neta stelinavasconcelos@hotmail.com Ana Paula Miranda Guimarães apmguima@gmail.com <p>Nos últimos anos o currículo escolar tornou-se território de disputa entre conservadores e progressistas. O tensionamento foi acirrado quando educadoras/es inseriram debates de gêneros, sexualidades e diversidades humanas na educação básica. As tentativas de desconstrução do currículo heteropatriarcal ainda são tímidas no Brasil. Isso é justificado, pelo recrudescimento político intensificado no período de 2016 a 2022. A legitimação das perseguições as/os profissionais da educação contribuíram para que muitas/os recuassem na discussão das pautas de diversidades de gêneros e sexualidades. No entanto, as lutas imputadas pela permanência dos debates foram responsáveis pela construção de uma escola mais afetiva e acolhedora das diversidades. A compreensão da importância dessa luta por um currículo acolhedor motivou a escrita do artigo. O objetivo do texto é refletir sobre as percepções observadas no decorrer da realização da palestra intitulada Inclusões e Diversidades. A palestra aconteceu no dia 07 de julho de 2022, em uma escola pública no estado do Ceará e teve como público-alvo estudantes do 9º ano do ensino fundamental. Como resultados, verificou-se a importância desses debates para estudantes: (1) que sofrem os preconceitos por dissidirem da sexualidade normalizada; (2) a reprodução da heteropatriarcalidade no ambiente escolar; (3) as violências institucionalizadas na sociedade; (4) o silenciamento diante da LGBTQIAPNfobia.</p> 2024-04-11T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Stelina Moreira de Vasconcelos Neta, Ana Paula Miranda Guimarães https://periodicos.uff.br/ensinosaudeambiente/article/view/60188 Interseccionalidade e escrevivência: diálogos possíveis entre deficiência e raça 2023-10-15T11:40:57+00:00 Aline Tavares de Souza Rodrigues alinetsrodrigues@gmail.com <p>O texto faz uma costura entre interseccionalidade e escrevivência, em uma relação que é feita a partir de minha experiência vivida enquanto uma pessoa negra e autista. Pensar as aproximações entre os dois conceitos nos possibilita compreender interseccionalidade e escrevivência como ferramentas potentes, produtoras de conhecimento e de formação subjetiva, rompendo com um modo de fazer acadêmico que supõe uma neutralidade científica. Falar de uma experiência concreta nos permite acessar histórias, criando conexões e trocas importantes com elas, além de abrir caminhos para pensar outros futuros, vozes e corpos dentro da academia, sobretudo no que diz respeito aos modos de produzir conhecimento dentro da psicologia.</p> 2024-04-19T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Aline Tavares de Souza Rodrigues https://periodicos.uff.br/ensinosaudeambiente/article/view/58932 “Eu tenho a fama de ser um pouco transgressora!”: perspectivas interseccionais de enfermeiras negras 2023-06-24T18:45:04+00:00 Paolla Pinheiro Mathias psipaolla.ufrj@gmail.com Amana Rocha Mattos amanamattos@gmail.com <p>Este estudo utilizou o referencial teórico-metodológico dos feminismos interseccionais, concebendo a necessidade de problematizar as discriminações e opressões de gênero, raça, classe, formação profissional e outras, como fenômenos do campo da psicologia social. O objetivo deste trabalho foi analisar a percepção de enfermeiras que se autodeclaram negras com relação às hierarquias de saberes e poderes no trabalho de cuidado na saúde. Foram entrevistadas sete profissionais de enfermagem que atuam/atuaram em unidades hospitalares do SUS do Estado do Rio de Janeiro desde março de 2020 até o momento da realização do campo. Os resultados foram divididos em duas categorias analíticas: 1. “O Médico é o semideus!” e o “Doutor sem doutorado!”; 2. Hierarquias de saberes-poderes e relações raciais na saúde. Os resultados mostraram que, segundo a percepção das mesmas, a categoria médica ainda exerce uma hegemonia discursiva, principalmente em hospitais gerais e hospitais psiquiátricos. As enfermeiras que exercem posição de chefia/liderança relataram experiências de discriminação ligada a gênero, raça, classe profissional entre outras, e que reagem a estas por meio de uma postura de confrontação e combate às estruturas racistas e sexistas. A pesquisa mostrou a necessidade de se problematizar a divisão sociossexual e racial do trabalho na saúde e suas implicações, de reconhecer o protagonismo das mulheres negras nas pesquisas, e também a importância da atuação destas mulheres no cuidado em saúde no SUS.</p> 2024-04-22T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Paolla Pinheiro Mathias, Amana Rocha Mattos