Sobre a existência de outras mentes na epistemologia de Hume
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v6i1e2.67679Resumo
Hume mostra que a questão de saber se os objetos do conhecimento, paixões e, mais em geral, juízos, existem exterior e independentemente da mente, é indecidível por meio de raciocínios (probabilísticos e demonstrativos). Porém, não coloca a questão de saber como se explica a atribuição de uma mente a outros eus, dos quais apenas o corpo – que só se distingue de outros objetos pela sua semelhança com o meu próprio corpo – é apreensível pelos sentidos externos. Ao abordar esta questão, o meu principal objetivo é tentar apontar elementos da epistemologia de Hume que permitem uma reconstrução da explicação dessa crença. No presente trabalho, pretendo: i) apontar observações de alguns comentadores que se ocuparam da questão da identidade pessoal em Hume que mencionam – sem abordar diretamente – a questão da crença na existência de outras mentes (designadamente, K. Smith, A. J. Ayer, J. Passmore e D. Garrett); ii) apresentar a abordagem de T. Penelhum – que se aproxima consideravelmente da questão da crença na existência de outras mentes – explicando a sua relevância para o meu propósito; iii) iniciar uma possível contribuição para o tratamento da questão da existência de outras mentes, procurando acrescentar algumas observações à abordagem de Penelhum. P
Palavras-chave: Hume, mente, identidade pessoal, objeto externo, crença.
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