Identidade Pessoal em Hume e Bergson
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v11i1.67778Resumo
Este artigo tem por objetivo principal realizar uma análise sobre as concepções contrastantes acerca da identidade pessoal em Hume e Bergson. Na filosofia de David Hume, a identidade pessoal é entendida como uma ficção causada pela conexão constante de percepções. Hume argumenta que não há uma "identidade substancial" subjacente que permaneça constante ao longo do tempo. Em vez disso, ele defende que a noção de eu é formada por um artifício da imaginação, a partir da sucessão de impressões e ideias, sem um núcleo imutável. Henri Bergson, por outro lado, oferece uma perspectiva mais dinâmica e vitalista. De um lado, ele também reconhece a natureza fluída do tempo e da experiência, mas, diferente de Hume, propõe que a identidade pessoal não possa ser reduzida a uma mera sucessão de momentos, e sim como uma continuidade de mudanças constantes. Enquanto em Hume, portanto, a continuidade do eu se dá por meio do ponto de vista da imaginação, Bergson oferece a possibilidade de pensarmos tanto a descontinuidade quanto a continuidade do eu como aspectos do tempo, onde a subjetividade, a consciência e a memória demonstram sua natureza durativa.
PALAVRAS-CHAVE: Bergson; Hume; Identidade pessoal; Memória; Consciência.
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Copyright (c) 2025 Flávio Miguel de Oliveira Zimmermann, Pablo Antônio Pelizza

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