https://periodicos.uff.br/fractal/issue/feedFractal: Revista de Psicologia2022-08-16T09:26:25+00:00---revista_fractal@yahoo.com.brOpen Journal Systems<p><em>Fractal: Revista de Psicologia </em>é uma publicação vinculada ao Programa de Pós-graduação Strito Sensu em Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Tem como objetivo a divulgação e discussão da produção acadêmica e científica, reconhecendo a necessidade de coexistência entre as diferentes vertentes de pesquisa no campo da psicologia, alimentando o debate e estimulando o diálogo com diferentes áreas do conhecimento, cujos temas acusem atravessamentos com os estudos da subjetividade.<br /><span style="font-size: 100%;"><strong>ISSN:</strong> 1984-0292</span></p>https://periodicos.uff.br/fractal/article/view/55612Errata v. 32, n. 2 (2020)2022-08-16T09:26:25+00:002022-08-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 https://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5771Linguística e produção de subjetividade: relações esboçadas2022-04-20T15:10:10+00:00Veronica Gurgelvgurgel@gmail.com<p>No presente artigo buscamos realizar uma discussão a respeito de duas concepções de linguagem: a formalista e a pragmática, em algumas de suas vertentes. A partir dessa contraposição, teremos como objetivo traçar algumas possíveis consequências dessas concepções para a forma como compreendemos e abordamos a literatura e seu vínculo com a produção de subjetividade. Assim, em um primeiro momento, procuraremos explicitar um tipo abordagem da língua feita por Saussure e suas consequências para o entendimento da relação autor-obra. Em seguida, nos dedicaremos à pragmática de Austin, procurando contrastá-la à proposta saussuriana. Por fim, veremos a pragmática de Deleuze e Guattari, bem como suas implicações na forma como compreendemos o processo de escrita literária e seus efeitos sobre a produção de subjetividade. Dessa forma, buscamos indicar que o próprio processo de escrita é criador, engendrando a produção da língua, do mundo e da subjetividade do próprio escritor a um só tempo.</p>2022-06-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Veronica Gurgelhttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5835Entre o esbelto e o obeso: narrativas de mulheres que fizeram cirurgia bariátrica2021-09-19T15:11:25+00:00Janaide Morenojanaidenunes@gmail.comAna Karina Moutinhokarinamoutinho@gmail.com<p>A proposta deste artigo é refletir sobre os sentidos de si construídos por pessoas que fizeram cirurgia para redução de peso. Apresentaremos um estudo no campo de abordagem narrativista, utilizando o conceito de posição para auxiliar a compreensão da construção de sentidos de si. Duas adultas que fizeram cirurgia em hospital da Região Metropolitana do Recife fazem parte do estudo. Entrevistas narrativas foram usadas como técnicas disparadoras das narrativas e a análise de posicionamento foi a estratégia analítica empregada. Sugerimos que os sentidos de si construídos tratam de posições em que (1) as participantes posicionam a si e às pessoas obesas como socialmente constrangidas, que sentem o olhar intimidador, o nervosismo, o vexame, a inadequação, como as que não podem dançar, não podem vestir certas roupas; (2) ao mesmo tempo que são sujeitos de constrangimento, reconhecem o corpo magro como “o padrão” e fortalecem a narrativa dominante de valor ao contorno esbelto como normal; por fim, (3) a cirurgia bariátrica serve como um instrumento de mudança e conquista, que promove a transformação nos sentidos de si mesmo construídos: de estar à margem na sociedade, para o pertencimento social e aceitação pessoal.</p>2022-06-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Janaide Moreno, Ana Karina Moutinhohttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5843Acessibilidade no ensino superior: percepções de funcionários com deficiência2022-01-11T19:28:49+00:00Ana Paula Siltrão Bacarinanabacarin@hotmail.comNilza Sanches Tessaro Leonardonstessaro@uem.br<p>O presente estudo teve por objetivo verificar as condições de acessibilidade de uma instituição pública de ensino superior, localizada no Paraná, a partir da percepção de funcionários com deficiência. Participaram da pesquisa sete funcionários da respectiva instituição que se declararam com deficiência. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado. Os dados foram trabalhados mediante análise de conteúdo e discutidos a partir de autores que teorizam sobre a temática ou que se vinculam à Teoria Histórico-Cultural. Os resultados mostraram que, na percepção dos participantes, a instituição ainda se apresenta com muitas barreiras quanto à acessibilidade; todavia, segundo eles, esta tem procurado eliminá-las, sobretudo as que se relacionam à arquitetônica, realizando adaptações e construções como rampas, vagas de estacionamento, banheiros adaptados, entre outros. Concluímos que há necessidade de aprimoramento da política de acessibilidade na instituição e de um acompanhamento efetivo dos funcionários, de acordo com suas necessidades. </p>2022-06-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Ana Paula Siltrão Bacarin, Nilza Sanches Tessaro Leonardohttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5859Epistemologia e formação do psicólogo: discussões contemporâneas2021-11-02T13:46:33+00:00George Moraes De Luizgeorge_psico@yahoo.com.brThiago Araújo Bezerra de Sousatabs.sousa@gmail.com<p>Este ensaio teórico discute a formação do psicólogo a partir de seu campo epistemológico e de seus desafios contemporâneos. O tema é problematizado a partir da constituição histórica e teórica da psicologia até as complexas demandas da formação e da atuação profissional, considerando as diretrizes da graduação e da pós-graduação. Para isso, são apresentados aspectos relativos à constituição epistemológica da psicologia – a sua história, a associação de seus pressupostos teóricos e a configuração atual, cujos limites são determinados nos espaços de intersecção com outras áreas da ciência –, bem como relativos à formação profissional. Aspectos históricos e políticos, abordagens, ênfases, áreas, interfaces, objetos, teorias, pressupostos, prática, complexidade, disciplinaridade, paradigmas e interdisciplinas são elementos que atravessam essa discussão. A psicologia se caracteriza como uma ciência de epistemologia plural, de currículo integrador, que visa a formar um profissional generalista. Espera-se que as provocações apresentadas subsidiem outras pesquisas sobre as conexões entre a formação e as formas de pensamento emergentes nas ciências. </p>2022-06-24T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 George Moraes De Luiz, Thiago Araújo Bezerra de Sousahttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5887Formação generalista: a percepção de egressos de Psicologia2021-11-02T13:52:33+00:00Fabrício Magalhães Santanafabriciomspro@gmail.comGeusa de Amorim Sousageusapsi@gmail.comMarcelo Silva de Souza Ribeiromribeiro27@gmail.com<p>A formação em Psicologia é alvo de discussões desde a sua regulamentação como profissão. O presente estudo teve como objetivo identificar a percepção dos egressos de um curso de graduação em Psicologia, numa universidade federal nordestina, acerca da formação generalista, considerando a sua história “recente” junto à expansão universitária no Brasil e a conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas individuais, com oito psicólogos egressos, atuantes no mercado de trabalho. A análise dos resultados ocorreu com base na Análise de Conteúdo de Bardin (1977), pela qual se observou uma compreensão pouco assertiva quanto ao conceito de formação generalista e certa dificuldade em nomear-se um profissional como generalista, ainda que essa postura faça parte da prática diária. Além disso, percebeu-se a existência de críticas referentes à matriz curricular e ao relacionamento com os docentes. No entanto, sobressai uma avaliação positiva. </p>2022-06-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Fabrício Magalhães Santana, Geusa de Amorim Sousa, Marcelo Silva de Souza Ribeirohttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5924Práticas em psicologia, formação e resistência da vida2021-11-08T19:38:38+00:00Tânia Maia Barcelos Maia Barcelostaniamaia.barcelos@gmail.com<p>Neste artigo busco pensar possibilidades de resistência da vida na universidade e no processo de formação dos estudantes, a partir de duas práticas desenvolvidas no Curso de Psicologia da Universidade Federal de Catalão/UFCAT: o Sarau Psi (ação de extensão e cultura) e a Roda de Cantoria no CAPS (atividade do estágio supervisionado específico). O sarau é apreendido como espaço-tempo de experimentação de outras maneiras de estar juntos na universidade, suscitando pequenos acontecimentos em defesa de uma Educação menor, realizada nas brechas das normas institucionalizadas. Na mesma perspectiva, a Roda de Cantoria no CAPS possibilita um aprendizado inventivo como empreendimento de saúde para os usuários, os estagiários e a professora/orientadora do estágio. Essas práticas menores, vitais para os corpos no limite da exaustão, afirmam diferentes temporalidades e territórios existenciais na contramão dos embrutecimentos cotidianos presentes nas instituições em tempos de incertezas e retrocessos inaceitáveis.</p>2022-06-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Fractal: Revista de Psicologiahttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5996A Psicologia em Doença Mental e Psicologia de Michel Foucault2021-10-21T11:21:55+00:00Fernando de Almeida Silveirafernandos.unifesp@gmail.comAna Paula Vicente de Oliveirapaulavraja@gmail.comRichard Theisen Simankerichardsimanke@uol.com.br<p>Michel Foucault investiga “a história das relações que o pensamento mantém com a verdade” e desnaturaliza corpo, alma e psiqué considerando-os invenções histórico-discursivas, as quais só têm sentido se inseridas em determinados arranjos epistêmicos de produção de verdades, no caso, o surgimento das ciências humanas. Esta pesquisa estuda a ordem do discurso foucaultiano sobre a Psicologia em seu escrito seminal, o livro “Doença Mental e Psicologia”, com o intuito de oferecer subsídios para a compreensão da história dos discursos da Psicologia, no que se refere à edificação do sujeito e do objeto psicológicos e em seus efeitos subjetivadores e contemporâneos, ao questionar tanto a naturalização das condutas consideradas psicologicamente anormais; como também a aplicação dos mesmos princípios da patologia orgânica à patologia mental a qual, aliada ao postulado da naturalização das doenças psicológicas como espécies unitárias, criariam a ilusão de uma unidade real entre as patologia mental e orgânica, por meio da complexa imbricação enunciativa entre mente e organismo. Verificou-se que para Foucault, a patologia de determinada história psicológica e individual não deve ser reduzida aos fenômenos restritos da existência e da percepção personalista do sujeito, o que, inadvertidamente, poderia gerar uma culpabilização do sujeito sobre os sintomas – orgânico-mentais – inerentes à sua própria conduta, de forma a se compreender a emergência do homo psychologicus como sujeito na história cultural e social da humanidade, com especial destaque para a produção histórica das figuras da doença mental.</p>2022-06-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Fractal: Revista de Psicologiahttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/6057Arte ambiente alteridade: formação inventiva entre universidade e escola básica2022-01-25T20:09:06+00:00Ana Luiza Gonçalves Dias Melloanaluiza_uff@yahoo.com.brRosimeri de Oliveira DiasRosimeri.dias@uol.com.br<p>A proposta deste trabalho é fazer ver e falar uma perspectiva ética-estética-política de formação realizada entre universidade e escola básica. Uma aposta expressa por meio de três eixos que se articulam, a saber: arte, ambiente e alteridade. Tais eixos emergem da própria ligação entre professoras da universidade e da escola, que optam por práticas inventivas em seus territórios de trabalho e criam um coletivo, propondo análises e intervenções em uma escola pública da periferia urbana do município de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. Deste modo, este trabalho é expressão de tessitura coletiva implicada para expressar o que uma pesquisa-intervenção pode criar em dimensões coletivas e desindividualizantes. Para tanto, nossa tessitura acontece na articulação entre práticas instituídas e instituintes, para enunciar o que temos feito entre escola e universidade para formar professoras e estudantes perspectivados pela invenção, pela desnaturalização do habitual e pela possibilidade de produção de outros modos de se relacionar com os outros e consigo mesmo. </p>2022-06-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Fractal: Revista de Psicologiahttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/28197Spinoza e práticas clínicas em psicologia: algumas considerações2021-11-08T20:00:36+00:00Anelise Lusser Teixeiraanelusser@gmail.com<p>O presente ensaio teórico pretende elencar algumas questões acerca das possíveis contribuições de Spinoza para a compreensão dos modos de subjetivação e, consequentemente, para as práticas clínicas de psicologia nos dias de hoje. Inicialmente, em consonância com estudiosos e comentadores, será colocada a atualidade da obra de Spinoza, mesmo quase quatro séculos após sua morte. Ao explanar os principais conceitos do autor, também propõe traçar um panorama introdutório aos interessados em um primeiro contato com seus escritos. Pelo caráter inovador e transformador de suas ideias, faz-se necessário explicar o conjunto de conceitos, pois um conceito promove uma mudança em outro e assim sucessivamente. Neste percurso, daremos destaque ao conceito de multidão, que redimensiona a importância das formações coletivas de desejo, para indicar a revolução ética e política operada por sua filosofia. Com este movimento, chegamos, então, ao coração de sua obra com os conceitos de afeto e corpo, intimamente relacionados. Finalmente, faremos uma breve reflexão sobre algumas formas de sofrimento presentes no contemporâneo, apontando as particularidades de determinadas vertentes da psicologia, fundamentadas em dualismos, para propor estratégias de intervenção orientadas pela inspiração spinozista.</p>2022-06-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Fractal: Revista de Psicologiahttps://periodicos.uff.br/fractal/article/view/28423Mães de bebês em UTIN: rede de apoio e estratégias de enfrentamento2021-08-24T14:21:10+00:00Carolina Daniel Montagnercarol.montanhaur@gmail.comNadja Guazzi Arenalesnadja_arenales@yahoo.com.brOlga Maria Piazentin Rolim Rodriguesolgarolim@fc.unesp.br<p>A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), embora seja um ambiente de cuidados especiais para garantir a sobrevivência de recém-nascidos, tende a suscitar, nas mães e familiares, percepções e sentimentos ambíguos sobre os eventos relacionados a internação e, ainda, alterar a saúde emocional dos envolvidos. O presente estudo teve como objetivo verificar a associação entre apoio social, estratégias de enfrentamento e tempo de internação, de mães de bebês em UTIN. Os dados foram obtidos de uma amostra de 50 mães de bebês, na maioria até 10 dias internados, que responderam a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas e a Escala de Apoio Social. Observou-se que as mães perceberam maior apoio de familiares, principalmente nas dimensões material e afetivo. As estratégias de enfrentamento de maior recorrência foram as focalizadas no problema e na busca de prática religiosa e/ou pensamento fantasioso. Os resultados demonstraram a importância do apoio de diferentes dimensões e as dificuldades de enfrentamento das situações estressoras com o passar dos dias de internação. Os resultados apontaram para a necessidade de atenção e cuidado a essa população. </p>2022-06-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Fractal: Revista de Psicologia