Gambiarra: alguns pontos para se pensar uma tecnologia recombinante

Autores

  • Ricardo Rosas Autor independente

DOI:

https://doi.org/10.22409/gambiarra.v1i1.29620

Resumo

Dois fatos contemporâneos: em 11 de março de 2004, em Madri, bombas explodem em estações de trem e metrô, matando centenas de civis. Entre 12 e 16 de maio de 2006, em São Paulo, ações coordenadas por celular pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) promovem ataques a diversos pontos da cidade, espalhando o pânico. Em ambos os casos, tratam-se de ações que aterrorizaram a sociedade e tiveram impacto profundo no cotidiano dessas cidades. Mas, além de associar essas ações às práticas de terrorismo urbano, outro elemento aproxima os eventos. Um elemento talvez essencial em seus funcionamentos, sem o qual não teriam funcionado. Elemento que talvez tenha passado quase despercebido, tão subliminar e imperceptível na feitura, mas crucial na execução: as ações foram executadas provavelmente a partir de recursos restritos ou precários, com dispositivos gerados no improviso, ou seja, gambiarras.

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Biografia do Autor

Ricardo Rosas, Autor independente

Escritor, trabalha com ativismo e mídia tática, e organiza festivais relacionados ao tema. É Editor do site Rizoma (www.rizoma.net)

Referências

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Publicado

2019-08-07

Edição

Seção

Artigos