O Dasein que somos no pesquisar em Geografia / The Dasein that we are in the research on geography
DOI:
https://doi.org/10.22409/geograficidade2016.62.a12960Palavras-chave:
Ontologia, Dasein, Heidegger, Mundo, Lugar.Resumo
Partindo da discussão do que é o ser do homem ou o Dasein, como se refere Heidegger, e suas respectivas traduções para a língua portuguesa – como, por exemplo: ser-aí, estar-aí e pre-sença –, pretendemos posiciona-lo e situa-lo devidamente nos estudos geográficos, notadamente, para inferir uma concepção de ser para além do pesquisado e de suas dinâmicas que caracterizam o lugar em direção ao próprio pesquisador que é ser-no-mundo, com os Outros e os entes em geral. Trata-se de uma tentativa de indicar o pesquisador e o pesquisado teoricamente sob as mesmas condições de ser sem desloca-los de sua posição, perspectiva de abordagem, situação e corporeidade para os estudos geográficos no lugar.
Downloads
Referências
AQUINO, Tomás. O ente e a essência. Petrópolis: Vozes, 1995.
BAUDRILLARD, J. A transparência do mal: ensaio sobre fenômenos extremos. Campinas: Papirus, 1996.
BERNARDES, Antonio. Das perspectivas ontológicas à natureza do internauta: contribuição à epistemologia em Geografia. 2012, f. 264 il. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.
DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2011.
FERREIRA, Acylene Maria Cabral. A constituição ontológico-existencial da corporeidade em Heidegger. In: Síntese – Revista de Filosofia, Belo Horizonte, v.37, n.117, 2010, p.107-123.
FLORES, Juliana Mezzomo. A totalidade existencial e mundo como totalidade: o conceito de totalidade na ontologia fundamental de Martin Heidegger. 2009, 118 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Centro de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 2012.
HAWKING, Stephen; MLODINOW, Leonard. Uma breve história do tempo. Rio de Janeiro, Ediouro, 2005.
HEGEL, Georg W. F. Fenomenologia do espírito. Petrópolis: Vozes, 2005.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Petrópolis: Vozes, 2011.
HEIDEGGER, Martin. Os problemas fundamentais da fenomenologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
HUSSERL, Edmund. Meditações cartesianas e conferências de Paris. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2010.
HOLZER, W. O lugar na Geografia Humanista. Revista Território, Rio de Janeiro, n.7, 1999, p.67-78.
HOLZER, W. Sobre territórios e lugaridades. Revista Cidades, Presidente Prudente, Vol.10, n.17, 2013, p.18-29.
LUKÁCS, György. Introdução a uma estética marxista: sobre a categoria da particularidade. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas,1979.
LUKÁCS, György. Ontologia do ser social. Os princípios ontológicos fundamentais em Marx. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1968.
MARTINS, Élvio Rodrigues. Da geografia à ciência geográfica e o discurso lógico. 1996, 319 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
RELPH, E. As bases fenomenológicas da geografia. In: Revista Geografia. Rio Claro, vol.4, n.7, 1979, p.1-25.
RELPH, E. Spirit of Place and Sense of Place in Virtual Realities. Techné: Research in Philosophy and Technology. Vol.11, n.1, Virginia Tech, 2007. Disponível em: < http://scholar.lib.vt.edu/ejournals/SPT/v10n3/relph.html > Acessado em 16 de julho de 2012.
SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. Ensaio de Ontologia Fenomenológica. Petrópolis: Vozes, 1997.
SEAMON, D.; SOWERS, J. Place and Placelessness, Edward Relph. In: HUBBARD, P. et. al. (org.). Texts in Human Geography. Londres: Sage, 2008.
SILVA, Armando Corrêa da. Aparência, ser e forma: Geografia e método. In: _____. Geografia: modernidade e pós-modernidade. Presidente Prudente, 1996a. (Apostila destinada ao curso de Pós-Graduação em Geografia da UNESP-FCT, campus de Presidente Prudente)
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.