Demolições em Fortaleza – Ceará – e atitudes apatrimoniais como negação simbólica da herança urbana / Demolitions in Fortaleza-Ceará-Brazil and anti-patrimonial attitudes as a symbolic denial of the urban heritage

Autores

  • Raimundo Freitas Aragão Universidade Federal do Ceará
  • Marcos da Silva Rocha Universidade Federal do Ceará
  • Helania Martins de Souza Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.22409/geograficidade2019.92.a28271

Palavras-chave:

Demolição, Herança urbana, Cidade de Fortaleza, Patrimônio.

Resumo

A história do patrimônio urbano material da cidade de Fortaleza está ligada diretamente ao discurso de demolir para construir, no contexto geográfico do que se entende como “renovação do espaço urbano”. Neste artigo exploramos quatro casos flagrantes de demolição total e um de demolição parcial associando-os ao que chamamos de atitudes apatrimoniais como negação simbólica da herança urbana. A metodologia adotada é a da pesquisa qualitativa assentada na utilização das técnicas de pesquisa de campo, registros fotográficos, utilização de obras literárias como livros, artigos, matérias jornalísticas, blogs e outros afins. Apontamos, portanto, em nossas reflexões que quando se trata da questão cultural envolvendo o patrimônio urbano este se torna um grande desafio para as administrações públicas.

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Biografia do Autor

Raimundo Freitas Aragão, Universidade Federal do Ceará

Professor, doutor e pós-doutor em Geografia pela Universidade Federal do Ceará – UFC.

Marcos da Silva Rocha, Universidade Federal do Ceará

Professor, licenciado e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Ceará – UFC

Helania Martins de Souza, Universidade Federal do Ceará

Professora, mestre em Geografia pela Universidade Federal do Ceará – UFC.

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Publicado

2020-07-15

Como Citar

Aragão, R. F., Rocha, M. da S., & Souza, H. M. de. (2020). Demolições em Fortaleza – Ceará – e atitudes apatrimoniais como negação simbólica da herança urbana / Demolitions in Fortaleza-Ceará-Brazil and anti-patrimonial attitudes as a symbolic denial of the urban heritage. Geograficidade, 9(2), 4-21. https://doi.org/10.22409/geograficidade2019.92.a28271