Paisagem de praia / Landscape of the beach
DOI:
https://doi.org/10.22409/geograficidade2020.100.a38373Palavras-chave:
Geografia. Fenomenologia. Experiência. Mar. Rio.Resumo
Penso a paisagem de praia, suas inúmeras presentificações, no desdobrar de uma composição intersubjetiva e essencial – em uma orientação fenomenológica husserliana. Encontro, ainda, instigações na geograficidade dardeliana e na atenção às sensações, provocação de Michel Serres. Apresento aqui a praia e suas nuanças, investigação iniciada no mestrado e esmiuçada na dissertação defendida em 2017, agora em uma reflexão centrada na concepção de paisagem. Sinto: a praia, desvelada em essência, está contida no movimento próprio da água, que erode, transporta e deposita. Do solo que suporta quando a água se eclipsa, temos praia. A praia sustenta o corpo, impulsiona os pés. A paisagem de praia acolhe a exposição do corpo e estimula a curtir pele. É abrigo frente à impossibilidade de sustento da água, é a ligação com o mundo aquático absurdo. É solo para mergulhos mais profundos.
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