TY - JOUR AU - Queiroz Filho, Antonio Carlos PY - 2012/11/29 Y2 - 2024/03/28 TI - Poéticas urbanas e suas geograficidades: desaprendendo a gramática visual do mesmo / Urban poetics and their geographicities: unlearning the visual grammar of the repeated images JF - Geograficidade JA - Geograficidade VL - 3 IS - 2 SE - DO - 10.22409/geograficidade2013.32.a12866 UR - https://periodicos.uff.br/geograficidade/article/view/12866 SP - 79-90 AB - <p class="Corpo">“Repetir repetir - até ficar diferente”, é o que nos incentiva Manoel de Barros na sua “didática da invenção”. Porém, até que ponto a repetição é algo que nos aprisiona ao invés de nos permitir essa espécie de autonomia de pensamento, de imaginação e de criatividade que tanto apregoa e defende o poeta? O próprio Manoel nos dá uma pista quando diz que “repetir é um dom do estilo”,  ou seja, quanto mais repetida for sua imagem iconográfica,  menos potente será sua forma visual ou a prática discursiva, no sentido do “ficar diferente”. Dito de outra forma, a imagem repetida é o empobrecimento da imaginação e, portanto, da nossa capacidade de pensamento. Se tomarmos, por exemplo, as grandes cidades contemporâneas como tema, um dos assuntos que mais tem circulado pelas bocas, olhos e dedos das pessoas é a chamada “mobilidade urbana”. Qual seria a imagem repetida que define a mobilidade para como uma forma pensar e viver a cidade? Como se constitui essa sinonímia visual? Quais as implicações políticas dessas gramáticas visuais do mesmo? Qual o lugar do poético nesse contexto? Essas são questões que têm me acompanhado. Este artigo tem como objetivo compartilhar algumas experimentações conceituais e imaginativas que são uma forma de lidar com elas.</p> ER -