Grandeza e declínio da República Independente de KaZantip (Ucrânia) / The KaZantip Music Festival as a Territory of Utopia

Autores/as

  • Dominique Crozat UMR 5281 Art-Dev Université Paul Valéry Montpellier Route de Mende F-34199 Montpellier cedex 5
  • Anastasia Semenko UMR 5281 Art-Dev Université Paul Valéry Montpellier Route de Mende F-34199 Montpellier cedex 5

DOI:

https://doi.org/10.22409/geograficidade2020.101.a42876

Palabras clave:

Festival de música. Geopolítica. Utopia. Rússia. Ucrânia.

Resumen

KaZantip é um festival de música eletrônica organizado na Crimeia (Ucrânia), antes de ser transferido para a Geórgia, em decorrência da anexação da Crimeia pela Rússia. Ele é definido por seus criadores russos como uma festa rave de praia gigante, que dura um mês, 24 horas por dia. De 1991 a 2013 o festival KaZantip atraiu um público crescente: em 2010 até 30 mil pessoas "moraram" juntas no local; e em um mês mais de 150.000 passaram por lá. Segundo seus criadores, KaZantip não é um simples festival, mas uma "República" que trabalha com seu governo, seu presidente (OrganiZador), sua constituição, seu Ministério de Relações Exteriores para a comunicação com o mundo exterior (que é considerado "imperfeito"), seus ministros de felicidade, música, dança, rave e suas próprias leis. A mais importante das leis é: "SCHASTIE" (seja feliz e divirta-se)! Esta utopia, no fundo, muito comercial, esteve presente na origem do seu sucesso e, posteriormente, de seus problemas; em decorrência da sua inserção nas questões geopolíticas relacionadas às tensões progressivas entre Ucrânia e Rússia.

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Biografía del autor/a

Dominique Crozat, UMR 5281 Art-Dev Université Paul Valéry Montpellier Route de Mende F-34199 Montpellier cedex 5

Professor do Departamento de Geografia da Universidade Paul Valéry Montpellier.

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Publicado

2020-07-23

Cómo citar

Crozat, D., & Semenko, A. (2020). Grandeza e declínio da República Independente de KaZantip (Ucrânia) / The KaZantip Music Festival as a Territory of Utopia. Geograficidade, 10(1), 124-137. https://doi.org/10.22409/geograficidade2020.101.a42876

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