As paisagens-grafite como experiências do habitar / Graffiti landscapes as inhabiting experiences
DOI:
https://doi.org/10.22409/geograficidade2020.100.a44287Palabras clave:
Grafite. Paisagem. Experiência. Habitar.Resumen
Apesar da importância da paisagem para/na ciência geográfica, esse conceito esteve sujeito, por décadas, a amarras teóricas que limitaram suas possibilidades nas análises espaciais. Comumente vinculada a aspectos como visualidade, distanciamento e representação, a paisagem, por vezes, perdeu força como dimensão da experiência espacial. Na pesquisa que realizamos em nosso doutorado, dotamos a paisagem de centralidade na compreensão do grafite na cidade de São Paulo: mesmo sendo um fenômeno atrelado ao campo da visão e vinculado à fisionomia urbana, buscamos extrapolar essa associação, mergulhando nas experiências de criação das paisagens-grafite por parte dos seus sujeitos autores. As diversas experiências por nós acompanhadas nos revelaram novas formas de habitar a cidade, a partir das corporeidades próprias dos grafiteiros e de suas práticas (re)inventivas do fazer e viver urbanos.
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