Indígenas mulheres

geograficidade e ancestralidade dos corpos-terra

Autores/as

  • Marjana Vedovatto Universidade Estadual de Londrina
  • Jamille da Silva Lima-Payayá Universidade Estadual de Campinas

Palabras clave:

Corporeidade, Colonialidade, Pensamento aterrado

Resumen

Este artigo busca pensar a relação entre geograficidade e ancestralidade no corpo-terra manifesto pela corporeidade das indígenas mulheres. A problemática passa pelo entrecruzamento das consequências do processo de colonização na corporeidade das indígenas mulheres, desde a ocorrência do entronque patriarcal e a usurpação de seus territórios. Assume-se uma perspectiva de indígenas mulheres, priorizando o diálogo com intelectuais indígenas, buscando acessar o sentido geográfico em seus conhecimentos afim de compreender como a geograficidade ancestral se expressa a partir das corporeidades das indígenas, no contexto de usurpações territoriais e de violências sofridas por elas na exploração de seu próprio corpo-terra. Pretendemos, a partir disso, pensar a Geografia enquanto pensamento aterrado e comprometido com o movimento insurgido dos corpos-terra das indígenas mulheres por todos os cantos desde tempos imemoriáveis.

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Biografía del autor/a

Marjana Vedovatto, Universidade Estadual de Londrina

Doutoranda da Universidade Estadual de Londrina

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Publicado

2025-01-29

Cómo citar

Vedovatto, M., & Lima-Payayá, J. da S. (2025). Indígenas mulheres: geograficidade e ancestralidade dos corpos-terra. Geograficidade, 15(1), 31-43. Recuperado a partir de https://periodicos.uff.br/geograficidade/article/view/62384

Número

Sección

Artigos