https://periodicos.uff.br/geographia/issue/feed GEOgraphia 2024-01-23T13:43:57+00:00 Marco Nepomuceno revistageographia@gmail.com Open Journal Systems <p>A Revista GEO<em>graphia</em> é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense que tem por objetivo divulgar o conhecimento geográfico e de áreas afins, em suas múltiplas abordagens teóricas e temáticas, promovendo o diálogo acadêmico de qualidade entre diferentes perspectivas, o pensamento crítico e o compromisso social. <br /><strong>ISSN:</strong> 1517-7793 <br /><strong>e-ISSN:</strong> 2674-8126 </p> https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/54902 A CONDIÇÃO ANTIMODERNA DO ESPAÇO EM NIETZSCHE 2022-06-16T12:57:03+00:00 Carlos Alberto Franco da Silva carlosfds1963@gmail.com <p>Este ensaio sugere uma tese, a saber: a filosofia de Nietzsche contribui para uma leitura do espaço geográfico sob o signo da modernidade neoliberal tecnocientífica de nossos dias. Se pensarmos nos poucos e dispersos usos das palavras tempo e espaço, não haveria muito a ser considerado. No entanto, se observarmos as chaves do pensamento político nietzschiano, por meios das noções acerca da vontade de poder, niilismo, retorno do mesmo, naturalização do homem, assim como o recurso interpretativo da genealogia dos valores da verdade, é possível requalificar as bases interpretativas do espaço vivido que se nos apresenta. Em síntese, qual seria a condição do espaço vivido em Nietzsche, por meio dessas chaves? Ser trágico, humano, menos humano, ou seja, pós-moderno.</p> 2024-01-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/59222 O VIÉS GEOGRÁFICO PARA O ADOECIMENTO E INTERNAÇÃO POR DENGUE: UMA REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL, ENTRE OS ANOS 2009 E 2019, POR MEIO DE MÚLTIPLOS FATORES ESPACIAIS 2023-10-03T14:21:04+00:00 Diego de Sousa Ribeiro Fonseca diegosousarf@gmail.com Cynara Kaliny Ribeiro Braz cynarakaliny@gmail.com Ricardo Alexandrino Garcia alexandrinogarcia@gmail.com <p>O objetivo deste trabalho foi realizar a regionalização das áreas com maior incidência de hospitalização por dengue no Brasil, apontando aquelas com maior potencial para adoecimento em correlação com fatores geográficos de cunho ambiental e socioeconômico. A metodologia do trabalho consistiu na montagem de um banco de dados geográfico constituído, inicialmente, pela localização das notificações de internações por dengue no Brasil entre os anos 2009 e 2019; em seguida, esse sistema foi alimentado com variáveis socioeconômicas, tais como: total da população por município, índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) e produto interno bruto (PIB); variáveis ambientais como: bioma de abrangência municipal, clima, distribuição da umidade, temperatura e precipitação foram também inseridos. Estatística descritiva, regressão pelo método StepWise progressivo e a interpolação dos pontos através da cokrigagem foi providenciada. Os resultados apontaram para a significancia estatística entre as variáveis testadas (p&lt;0,01), com o poder explicativo (R² global) igual ou superior a 73% no modelo adotado, podendo-se afirmar que a temperatura é responsável pela explicação de 56% das taxas de internação, o que está diretamente correlacionado ao bioma onde o paciente encontra-se inserido. A partir desse e outros fatores que subsidiaram a cokrigagem, a região brasileira mais propícia ao agravamento por dengue encontra-se entre o Nordeste e o Centro-Oeste do país. O conhecimento dos locais mais críticos para infestação larvária e com maior número de pessoas doentes e internadas é fundamental para que se tomem medidas de mitigação para as anomalias epidêmicas. A dengue ainda é hoje uma das doenças mais negligenciadas do planeta, e seu controle perpassa por uma união de esforços para maior ciência do seu desenvolvimento.</p> 2024-01-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/59117 FINANCEIRIZAÇÃO E FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL: A TOPOLOGIA DOS BANCOS DE INVESTIMENTO NO BRASIL 2023-08-10T21:23:37+00:00 Caio Zarino Jorge Alves caiokio@gmail.com Fabio Betioli Contel fbcontel@usp.br <p>Este artigo analisa a topologia dos bancos de investimento no território brasileiro a partir da relação entre a dimensão da totalidade – representada pela financeirização – e a particularidade, expressa pela formação socioespacial brasileira. Se, por um lado, a financeirização amplifica processos de alcance global como a neoregulação, a liberalização e o desenvolvimento das técnicas da informação (processos que aumentam o protagonismo dos bancos de investimento no atual período histórico), por outro lado a formação socioespacial é a instância em que tais processos se concretizam efetivamente, conforme as modulações impostas pelas especificidades da base material/técnica e dos conteúdos normativos de cada território nacional. Como forma de interpretar estes vetores da financeirização no território brasileiro, elaboramos uma periodização com base em variáveis-chave ligadas à ação dos bancos de investimento ao longo de mais de cinquenta anos no Brasil. Foi possível identificar que o período de 1966 a 1988 é caracterizado por uma atuação mais “regionalizada” de uma maior quantidade de bancos de investimento no território, enquanto que o período de 1988 a 2020 marca a maior incidência dos processos de liberalização e neoregulação que conformam uma ação verticalizada do setor, a partir da concentração de instituições na metrópole informacional de São Paulo. A análise aqui proposta resulta do esforço de articulação entre revisão bibliográfica sobre a problemática levantada e dados secundários obtidos em fontes documentais concernentes (sobretudo Banco Central do Brasil e Revista Bancária Brasileira).</p> 2024-01-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/59381 MODELAGEM DE CENÁRIOS FUTUROS DA EXPANSÃO URBANA EM PARATY-RJ BASEADOS EM AUTÔMATOS CELULARES 2023-08-16T14:01:53+00:00 Jéssica Silva Martins martins.jess89@gmail.com Elizabeth Maria Feitosa da Rocha de Souza elizabethmfr@gmail.com Monika Richter richtermonika11@gmail.com <p>Baseado em autômatos celulares, este trabalho visa a modelagem de cenários futuros da expansão urbana de Paraty, estado do Rio de Janeiro, devido à importância que este município tem conquistado em âmbito regional em virtude do desenvolvimento turístico e de seu recente crescimento urbano. A modelagem foi efetuada no software DINAMICA EGO com a inserção de variáveis que influenciassem no modelo de forma a atrair ou repelir manchas urbanas através do somatório dos pesos de evidência. Apoiado no resultado do processo realizado, gerou-se cenário para o ano de 2030, que seguiu a mesma tendência de concentração da ocupação no centro da cidade e arredores e de núcleos urbanos dispersos ao longo da BR-101. Em suma, a modelagem se mostrou satisfatória e coerente com as transições da ocupação observada em períodos passados, demonstrando também a importância do uso de ferramentas de análise do ordenamento do crescimento urbano, o que pode ser auxiliado pela aplicação das geotecnologias, assim como, para a gestão e planejamento da cobertura e uso da terra.</p> 2024-01-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/57770 ANÁLISE DO DESIGN DAS RESERVAS BIOLÓGICAS FEDERAIS COMO INDICADOR PARA ZONAS DE AMORTECIMENTO 2023-10-25T14:16:27+00:00 Flávia Alves Moreira flaviamdr12@hotmail.com Geraldo Majela Moraes Salvio geraldo.majela@ifsudestemg.edu.br Gabriel Pereira pereira@ufsj.edu.br <p>As Áreas Protegidas são a estratégia de conservação da natureza mais efetiva até então empregada. Na etapa de planejamento do sistema de conservação, fatores como proximidade de fragmentos e forma são de extrema importância, pois expressam a pressão externa que o fragmento recebe e o que pode ser feito para diminuí-la. Um dos princípios da Biologia da Conservação é que formas de fragmentos mais regulares tendem a receber menos com pressões externas. Nesse sentido, as métricas de paisagem se mostram pertinentes para determinar a complexidade da forma, efeito de borda e, consequentemente, a qualidade do fragmento. Desta forma, sobre o desenho de reservas, o trabalho teve o propósito de avaliar as Reservas Biológicas federais quanto ao formato, utilizando de programas de métricas de paisagem para obtenção dos resultados. Foram utilizadas as ferramentas <em>Patch Analyst</em> e o Fragstats para os cálculos de forma. Os resultados demonstraram que algumas Reservas Biológicas federais possuem formatos preocupantes, o que indica consequências desagradáveis na conservação de espécies e grande dependência com a qualidade do entorno. Utilizar as métricas de paisagem para avaliar o formato de Unidades de Conservação deve ser aprimorado, de maneira a desdobrar discussões das implicações da forma nas espécies ali presentes.</p> 2024-02-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/48730 TRAJETÓRIA DE CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS NO BRASIL E NA ARGENTINA: INTERLOCUÇÕES E DESAFIOS 2023-10-16T15:58:15+00:00 Tanice Cristina Kormann tanice.kormann@gmail.com <p>O presente artigo apresenta uma contextualização histórica a respeito da instituição de áreas protegidas nos dois maiores países da América do Sul. A abordagem tem como ponto de partida o contexto internacional de criação das áreas naturais protegidas. Na sequência, a análise dos principais eventos e marcos legais permite traçar um paralelo revelando as concepções que norteiam a criação das áreas protegidas no Brasil e na Argentina. Apesar da distinta trajetória de discussão do tema, os dois países apresentam reduzida representatividade de ecossistemas campestres, a exemplo do Pampa, fato relacionado a um contexto internacional que privilegiou a proteção de formações florestais. O panorama apresentado evidencia a necessidade de aproximações a fim de contribuir para a efetiva proteção do patrimônio natural para além das fronteiras nacionais.</p> 2024-02-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/58796 ENTRE O PANORÂMICO E O RECÔNDITO NAS DINÂMICAS PAISAGÍSTICAS CONTEMPORÂNEAS 2023-10-03T14:28:09+00:00 Dirceu Cadena dirceucadena@gmail.com Mariana Vieira de Brito marianavieiradebrito@gmail.com <p>O caráter visual da paisagem foi alvo de críticas por parte dos geógrafos ao longo do século XX, contribuindo com a não utilização desse conceito na compreensão dos fenômenos políticos. O objetivo do presente artigo é discutir como a tensão entre proximidade e de dis­tância possibilita refletirmos sobre os usos políticos das visualidades a partir de paisagens panorâmicas e recônditas. A análise de casos envolvendo o Farol do Mucuripe, em Fortaleza (CE) e na Região da Pequena África, no Rio de Janeiro (RJ), permite compreender como a mobilização de paisagens específicas por diferentes grupos orienta as ações políticas. Assim, compreendemos a paisagem não como um simples cenário ou apenas uma feição de outros processos, mas um elemento ativo no exercício das práticas políticas contemporâneas realizadas a partir do caráter visual.</p> 2024-02-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/58798 EL AFROTEATRO COMO EXPRESIÓN DE PAISAJES CULTURALES ACUÁTICOS EN EL PACIFICO COLOMBIANO 2023-10-30T17:40:57+00:00 Jesica Wendy Beltrán Chasqui jessi120bel@hotmail.com Christian Dennys Monteiro de Oliveira cdennys@gmail.com <p><strong>Resumen:</strong> El presente artículo pretende explorar una Geografia teatral o <em>Geograficidade</em> teatral de las comunidades afrodescendientes del Pacifico colombiano, a partir de las puestas en escena de la festividad religiosa de ‘San Pacho’ en Quibdó, festividad artística del ‘Carnaval del Fuego’ en Tumaco y el afroteatro de la Corporación Calipso de Tumaco. Para el análisis de las puestas en escena se parte de los enfoques de teatro de Jorge Dubatti, de sus conceptos de <em>convivio</em>, cartografía teatral, pensamiento teatral, entre otros, así como de los conceptos de Paisaje Cultural Acuático (PCA) y <em>Geograficidad,</em> los cuales fueron elementos claves para el estudio de las particularidades escénicas presentes en dichas festividades.</p> 2024-02-21T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/57640 FRENTES PIONEIRAS E LOCALIZAÇÃO DA CAPITAL BRASILEIRA: TERRITORIALISMO E CAPITALISMO NA FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL 2023-09-26T18:19:15+00:00 Larissa Alves de Lira lara.lira@gmail.com <p>Desde a primeira constituinte do Brasil, em 1822, debateu-se a alternativa de mudar a capital do litoral para o interior. Entre 1948 e 1955, geógrafos e técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) envolveram-se no debate, trazendo à tona controvérsias sobre as lógicas de localização da capital, grau de centralização política e desenvolvimento territorial. Este artigo tem objetivos teórico, empírico e cartográfico. O primeiro é relacionar o debate da localização da capital e as &nbsp;controvérsias entre diferentes propostas com distintos projetos nacionais. Um segundo é situar a lógica das capitais no âmbito da formação territorial em termos de uma concorrência territorial entre capitalismo e territorialismo, nos quadros do sistema-mundo. Um terceiro objetivo será de verificar a “performatividade” do planejamento no âmbito do avanço concreto de uma frente pioneira estatal em contraste com a frente pioneira capitalista.</p> 2024-04-05T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/56170 TERRITÓRIO, SUBJETIVIDADE E TRABALHO: CHAVES PARA UMA LEITURA GEOGRÁFICA SOBRE O COMUM 2023-09-04T21:57:27+00:00 Otávio Gomes Rocha otaviogr@gmail.com <p>No contexto das lutas indígenas e camponesas e disputas territoriais em diversas regiões da América Latina, a imagem de “bens comuns” ou “territórios de uso comum” aparece como elemento marcante da retórica de mobilização e fator de diferenciação e caracterização de identidades territoriais. Nos processos de luta pela defesa ou retomada de territórios, onde as disputas se expressam, na reapropriação coletiva da riqueza material expropriada ou ameaçada, e na regeneração de formas políticas não convencionais, o comum passa a ser reivindicado como aspecto central da reprodução da vida. Nesse sentido, a ideia de “comum” não é algo previamente instituído, porém processo instituinte; situar a centralidade da ação do “fazer-comum”, como verbo, auxilia na compreensão do fenômeno a partir das práticas que o constroem. Entender os processos que envolvem multiplicidade e coexistência das formas sociais comunitárias como processos/sujeitos instituintes, nos leva à ruptura com a noção de comum como objeto estático, coisificado, como vem sendo tratado a partir da ideia de “bem comum”. A partir da análise sobre a produção cotidiana do trabalho não-capitalista em comunidades indígenas no México, especialmente na região da Serra Nororiental de Puebla, este trabalho busca contribuir para uma leitura geográfica que ultrapasse o sentido metafórico do comum nos processos territoriais para uma compreensão destes em termos histórico-geográficos, a fim de contribuir uma postura radical ante a crise estrutural que atravessamos.</p> 2024-04-05T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/50461 GENTRIFICAÇÃO EM SALVADOR DE 1987 A 2022 2023-12-13T15:30:38+00:00 Daniel de Albuquerque Ribeiro danalbrib@gmail.com <p>De forma inicial, gentrificação pode ser definida como um tipo de processo socioespacial que ocorre em áreas urbanas centrais ou com forte apelo urbanístico histórico no qual uma população de baixo poder aquisitivo é substituída por uma população mais abastada. Com um enfoque na cidade de Salvador, este artigo estuda uma área da cidade denominada de Eixo Pelourinho Santo Antônio (EPS) partindo de levantamentos de campo pautados em dados quantitativos e qualitativos. Em suas constatações, o artigo aponta cinco fases do processo na capital baiana, sendo uma primeira relativa aos antecedentes, três convergentes com a Teoria das Ondas de Gentrificação de Smith (1996, 2010) no qual o processo se inicia de forma esporádica, passa por uma consolidação e depois se generaliza para outras partes da cidade e uma quinta que corresponde ao momento atual, quando se observa o esfriamento da especulação imobiliária.</p> 2024-04-05T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/58462 ABORDAGEM INSTITUCIONAL E POLÍTICO-TERRITORIAL DAS REGIONALIZAÇÕES DA SAÚDE NO ESTADO DA BAHIA 2023-12-27T23:24:51+00:00 Antonio Angelo Martins da Fonseca antonio.fonseca@ufba.br <p>A relevância das instituições e dos contextos territoriais como possibilidades teóricas e empíricas para os estudos da geografia política norteia a abordagem institucional e político-territorial adotada neste artigo e reacende a pertinência das pesquisas em torno da formação, organização e dinâmica de espaços políticos nas suas diversas escalas, especialmente em ambientes federativos. Em sintonia com isso, objetiva-se, neste artigo, apresentar e analisar a trajetória das regionalizações de saúde na Bahia, focando na predisposição histórico-geográfica do governo, nos percalços que se impuseram, nos avanços que foram alcançados e nos desafios que vêm sendo enfrentados. Trata-se de recorrentes inovações institucionais voltadas à regionalização de saúde originadas em 1925 e que continuam até os dias atuais com nuances centralizadoras/descentralizadoras atinentes aos específicos contextos territoriais.</p> 2024-04-05T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024