TY - JOUR AU - Lima, Maria Hozanete Alves de AU - Melo, Felipe Morais de PY - 2016/07/01 Y2 - 2024/03/28 TI - NOS “LIMITES” DE FERDINAND DE SAUSSURE: COSERIU, WEINREICH, LABOV E HERZOG JF - Gragoatá JA - Gragoatá VL - 21 IS - 40 SE - DO - 10.22409/gragoata.v21i40.33372 UR - https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33372 SP - AB - <p>Quando se pensa em Ferdinand de Saussure, ao lado da conhecida antonomásia do tipo “Pai da Linguística Moderna”, logo vem à mente as “dicotomias saussureanas”: sincronia-diacronia, língua-fala e sintagma-paradigma.  É possível que essa lembrança se estenda àqueles que jamais leram o Curso de Linguística Geral (CLG). Este trabalho investiga a compreensão de leitores de Saussure sobre ideias pontuais – interligadas às famosas dicotomias –, quais sejam, “mudança”, “sistema” e “homogeneidade”; são leitores especiais, Coseriu (1979) e Weinreich, Labov e Herzog [WLH] (2006). Refletimos sobre ideias desenvolvidas em duas de suas obras: uma relação mais integrativa entre sincronia e diacronia proposta por Coseriu (1979); a integração entre sistema e heterogeneidade pensada por WLH (2006). Procuramos mostrar, contudo, que no próprio CLG (SAUSSURE, 1995) essa relação integrativa já estava posta, malgrado a própria noção de dicotomia e os recortes metodológicos impostos por Saussure para se estudar a língua e colocar a Linguística no seio das ciências tenham favorecido um olhar de não integração entre a noção de “sistema” e “homogeneidade”, por exemplo. Consideremos, para seguirmos as balizas tradicionais da Historiografia Linguística, apenas o Curso de Linguística Geral – como produto de um Saussure canônico, difundido e ortônimo, por menos ortônimo que, a rigor, possa ser considerado o autor de uma obra que encerrou, em seu fazimento, o potencial da apocrifia – deixando, por enquanto, em “silêncio” os manuscritos saussureanos, recentemente vindos a público.</p> ER -