https://periodicos.uff.br/gragoata/issue/feedGragoatá2025-05-08T00:00:00+00:00Revista Gragoatágragoata.egl@id.uff.brOpen Journal Systems<p class="western" align="justify">A revista <strong><em>Gragoatá</em></strong> (<span class="value" style="color: rgba(0, 0, 0, 0.84);">ISSN 2358-4114) </span>tem como missão a divulgação nacional e internacional de artigos inéditos, de traduções e de resenhas de obras que representem contribuições relevantes tanto para a reflexão teórica quanto para a análise de questões, procedimentos e métodos específicos nas áreas de Linguagem e Literatura.<br />E-mail: gragoata.egl@id.uff.br<span class="label" style="color: rgba(0, 0, 0, 0.84);"> | Telefone </span><span class="value" style="color: rgba(0, 0, 0, 0.84);">+55 21 2629-2600.<br /></span><span class="value" style="color: rgba(0, 0, 0, 0.84);"><strong>Suporte aos Autores e Editores: </strong></span><span class="value" style="color: rgba(0, 0, 0, 0.84);">E-mail: secretaria.editorial@editoraletra1.com</span><span class="value" style="color: rgba(0, 0, 0, 0.84);"> | Telefones +55 51 983290203 e +55 51 3372-9222.<br /></span></p>https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/66785O outro, o mesmo, em três tempos: circularidades poéticas entre Angola e Brasil2025-02-28T18:09:15+00:00Roberta Guimarães Francorobertagf@uol.com.brRodrigo Garcia Barbosarodrigobarbosa@ufla.br<p>Os estudos, em diversos campos do conhecimento, acerca de territórios que tiveram suas histórias atravessadas por processos coloniais frequentemente padecem de uma premissa centralizadora: a concepção de influência ou o uso de certa noção de tradição que parte do elemento colonizador. No mundo de língua portuguesa, esta centralidade é atribuída a Portugal, de onde teria saído a base cultural e a mediação entre seus territórios colonizados. Este artigo, contudo, propõe uma análise Sul-Sul entre Angola e Brasil sem a intermediação do país do Norte. Reconhecidos o imaginário acerca de algumas imagens e a tradição poética ocidental, propõe ultrapassar a noção simplória de influência, colocando em diálogo produções de três temporalidades distintas na história literária desses países, os séculos XVII, XIX e XXI, utilizando o conceito de “memória cultural”, de Jan Assmann. Apesar do percurso temporal começar no período colonial dos dois espaços, a circularidade poética é lida no eixo do Atlântico Sul, entre poemas de Antônio Dias Macedo (Angola) e Gregório de Matos (Brasil). Já no século XIX, momento de independência do Brasil e intensificação da colonização portuguesa em Angola, focaliza-se a produção de José da Silva Maia Ferreira, autor do considerado primeiro livro angolano, publicado após o retorno do Brasil a Angola e o contato com poetas como João D’Aboim e Gonçalves Dias. Por fim, no século XXI, propõe uma comparação entre poemas do angolano Ondjaki e da brasileira Ana Martins Marques, diálogo que, independente de contato efetivo entre os poetas, centra-se em um éthos compartilhado via “memória cultural”.</p>2025-05-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gragoatáhttps://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/66613Buchi Emecheta e Françoise Ega: Escritas Migrantes do Sul Global2025-02-19T17:09:48+00:00Liliam Ramosliliamramos@gmail.comNôva Marques Brandonovabrando@gmail.com<p>No cenário de deslocamentos de pessoas entre o centro e a periferia do globo, narrativas emergentes, sujeitos literários e práticas discursivas cruzam fronteiras físicas e culturais impostas pelo colonialismo. Esse quadro está presente em Cidadã de Segunda Classe (2018), de Buchi Emecheta e Cartas a uma negra: narrativa antilhana (2021), de Françoise Ega. Das experiências da nigeriana Adah e da martinicana Maméga, que emigraram para Londres e Marselha, respectivamente, são selecionadas e problematizadas aquelas relativas à maternidade, à moradia, às ocupações profissionais e à escrita. Para isso, buscamos ferramentas que julgamos adequadas para análises das vivências das personagens nos debates do feminismo decolonial através de pesquisas de Françoise Vergès, Oyèrónke Oyewùmí, Grada Kilomba, Gayatri Spivak, Conceição Evaristo e Gloria Anzaldúa relacionadas à reprodução social e racialização, à generificação das relações, ao controle da fala e da enunciação, ao privilégio epistêmico e à escrita como agência de enfrentamento ao colonialismo; da mesma forma, contribuições de Aníbal Quijano, Edward Said e Frantz Fanon quanto à colonialidade do poder, à produção de conhecimento, linguagem e mentalidades dominadoras. O diálogo realizado entre os textos e a bibliografia teórica nos permitirá afirmar a existência de uma relação entre o lugar que essas mulheres racializadas ocupam na reprodução social da ordem capitalista e a escrita de mulheres como resistência e protagonismo diante das políticas colonialistas.</p>2025-05-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gragoatáhttps://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/66433O mito do espelho: Silviano Santiago e o desconforto do entre-lugar do discurso latino-americano2025-02-01T13:44:42+00:00Danilo Matavelimatavelidanilo@gmail.com<p>Este trabalho é uma tentativa de releitura histórica de um importante debate levantado por Silviano Santiago nos anos 1970 a respeito das ideias de modelo e cópia. Nesse ponto, estão em foco os problemas do desenvolvimento técnico e do papel do escritor dentro de suas condições produtivas. O estudo baseia-se em considerações de Karl Marx e Walter Benjamin sobre a atuação do desenvolvimento técnico na estrutura das relações sociais. O texto analisa a possível criação do mito do espelho como um paradigma da suposta superioridade do colonizador em relação ao indígena, simbolizando a dialética civilização/barbárie. Para isso, o ensaio “O entre-lugar do discurso latino-americano” (1971) e a sua busca por alternativas para a dialética entre o “modelo original” do colonizador e a “cópia” do escritor latino-americano são retomados como foco da discussão; a principal proposta desse estudo é de que o mito do espelho é o ponto arcaico do problema e que é a partir do espelho trazido pelo colonizador que se pode enxergar o reflexo do Novo Mundo.</p>2025-05-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gragoatáhttps://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/66242Dependência editorial: Austrália, Brasil, Argentina2025-02-01T19:15:10+00:00Ian Alexanderianalex63@gmail.com<p>A Austrália é uma província cultural pequena, marginal e fraca em relação aos centros do mundo anglófono. Já que um sistema literário só pode existir se obras puderem encontrar leitores, e já que a publicação e a distribuição de livros são atividades econômicas, a literatura da Austrália existe desde sempre em relação a Londres (antiga capital imperial e centro econômico do mundo no século XIX) e, mais recentemente, Nova York. O presente artigo trata dos efeitos de tal dependência editorial na publicação de livros australianos e na existência de traduções australianas, em comparação com a situação do Brasil e da Argentina.</p>2025-05-08T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gragoatáhttps://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/66678Comparatismo sul-sul – comparando “o resto” além do Ocidente2025-02-19T16:50:59+00:00Theo D´ haentheo.dhaen@kuleuven.be<p>É um lugar comum julgar a literatura comparada como eurocentrista, e a acusação é, sem dúvida, justificada durante a maior parte da história da disciplina. Embora desde a virada do século XXI a disciplina, tanto em seus tradicionais redutos europeus e norte-americanos quanto em outras regiões, tenha ampliado seu escopo para incluir muitas (se ainda não todas) literaturas anteriormente negligenciadas ou marginalizadas, o termo principal na maioria das comparações envolvendo literaturas não ocidentais ou, com um termo mais recente, do Sul Global, ainda continua sendo literatura ocidental. Apenas muito recentemente surgiu uma forma de comparação que envolve diretamente várias literaturas do Sul Global e elimina qualquer literatura de referência ocidental. Essa comparação Sul-Sul pode assumir várias formas, várias das quais são discutidas em meu artigo. Argumento também que o princípio de tais comparações pode ser estendido igualmente a comparações entre as chamadas literaturas menores, mesmo que originárias do Norte Global ou do Ocidente, que até agora sofreram uma negligência comparável em relação a pouquíssimas literaturas de língua europeia que tradicionalmente têm estado no centro da disciplina Literatura Comparada.</p>2025-05-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gragoatáhttps://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/66264Não o Sul, mas Suis: pluralidade e impermanência nas contemporâneas formulações do pensamento pós-colonial – diálogos literários africanos e afrodescendentes2025-02-19T17:00:15+00:00Marcelo Brandão Mattosmarcelobmatt@gmail.com<p style="font-weight: 400;">Este artigo propõe uma análise da conjuntura contemporânea das nações e dos coletivos pós-coloniais a partir das ideias de pluralidade e impermanência, tendo por base conceitos das teorias pós-coloniais e do pensamento pós-moderno. Para tanto, são referidos os trabalhos teóricos de pensadores como Franz Fanon, Boaventura de Sousa Santos e Walter Mignolo, entre outros. As investigações socioculturais e histórico-políticas servem de fundamentação para se pensar a literatura de escritores africanos e afrodiaspóricos, como Pepetela, Kalaf Epalanga, Aida Gomes, Djaimilia Pereira de Almeida e Conceição Evaristo.</p>2025-05-08T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gragoatáhttps://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/66181Entre a estética e a política, a Literatura Comparada: a defesa de um compromisso ético2025-01-15T10:53:23+00:00Larissa Moreira Fidalgolarissamfidalgo@gmail.com<p>Resenha do livro</p> <p>HASSAN, Waïl S. <strong>Arab Brazil: Fictions of Ternary Orientalism.</strong> New York: Oxford University Press, 2024. 332 p.</p>2025-05-13T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gragoatá