https://periodicos.uff.br/hoplos/issue/feedHoplos - Revista de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais2024-07-31T14:09:13+00:00Equipe Editorialrevistahoplos@gmail.comOpen Journal Systems<p><em>Hoplos</em> é a revista discente do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança (PPGEST) vinculada ao Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem periodicidade semestral e se constitui em um espaço plural de análise e discussão sobre temas que permeiam os Estudos Estratégicos, as Relações Internacionais e a Ciência Política. O periódico alcançou o qualis B3 na última avaliação da Capes referente ao período 2017 - 2020 (ISSN: 2595-699x).</p>https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/61433PODER, MOEDA E HEGEMONIA:2024-01-21T21:15:16+00:00Fernando Silva Azevedofernandoaze87@gmail.com<p>O campo monetário foi fundamental para a sustentação da hegemonia inglesa e norte-americana. A utilização das suas divisas nacionais como moeda internacional conferiu a estas nações, em seus respectivos períodos de hegemonia, um imenso poder no cenário global. Ao final da Segunda Guerra Mundial, a construção da hegemonia norte-americana utilizou um grau elevado de coerção por elementos financeiros e monetários. Desde o primeiro momento, Washington buscou enfraquecer o que ainda restava do poder monetário britânico. Ancorado nas pesquisas sobre a intrínseca relação entre moeda e poder existentes na Economia Política Internacional, o presente artigo pretende explorar a pouco conhecida dimensão da violência monetária durante o processo de substituição da hegemonia inglesa pela norte-americana. O artigo aborda três momentos chaves da violência monetária, o processo de financiamento da Segunda Guerra, a implementação do regime de Bretton Woods e, por fim, a guerra financeira praticada durante a crise do canal de Suez. Sendo assim, o artigo conclui que a moeda e a dimensão financeira não foram apenas relevantes na gestão dos períodos de hegemonias, mas cumpriram papéis importantes no processo de transição.</p>2024-07-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Fernando Silva Azevedohttps://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/62454A RELAÇÃO ENTRE O TERRORISMO DOMÉSTICO E A EXTREMA DIREITA NOS ESTADOS UNIDOS:2024-03-31T05:29:11+00:00Yasmim Abril Monteiro Reisreisabril@gmail.com<div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O fenômeno do terrorismo não é algo novo mundo. A década de 1990 transforma as suas características, na medida que surge o advento da globalização de forma mais intensa. Entretanto, importantes modificações surgiram somente após aos atentados do 11 de setembro de 2001. Após esse evento, os Estados Unidos voltaram sua política externa para o combate ao terrorismo internacional. O mandato da administração Trump, que durou entre 2017 a 2021, ficou marcado pela infinidade de declarações xenofóbicas, repreensíveis e anti-imigratórias. Em 2020 disputou a reeleição, a qual não venceu, perdendo para seu adversário Democrata, Joe Biden. Frente a isso, o presente trabalho busca trabalhar a seguinte pergunta de pesquisa: de que forma a invasão ao Capitólio se caracteriza como terrorismo doméstico? Em vista disso, como hipótese a ser verificada, considera-se que a ascensão da extrema- direita nos últimos anos favoreceu a radicalização política de parte da sociedade. Conclui-se que a invasão ao Capitólio norte-americano se configurou como um caso de terrorismo doméstico pelos aspectos e características que o constituiu como fenômeno, incluindo a motivação política a fim de gerar medo e/ou pânico resultando na instabilidade política do poder.</p> </div> </div> </div>2024-07-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Yasmim Abril Monteiro Reishttps://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/62989MUNDO EM REDES E MERCADOS:2024-07-25T19:16:58+00:00Pedro Henrique Ferreira da Silvapedro.hfs@hotmail.com<div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Governança pode ser entendida como criação de arranjos institucionais, formais ou não, utilizados para identificar problemas, facilitar processos decisórios e promover um comportamento baseado em normas em escala global. Dentro desse sistema, surgiu uma dinâmica relacionada ao combate de crimes financeiros, que durante os anos 1990 passou a incorporar as agendas de interesse da OCDE e G7, criando redes pelo mundo para divulgar boas práticas relacionadas ao combate aos crimes financeiros. Na virada para os anos 2000, um novo tema é definitivamente incorporado nessa agenda internacional: combate ao financiamento do terrorismo. Contudo, aquilo que era visto como um enfrentamento a um problema global do momento passou a ser uma ferramenta de validação dos países dentro de indicadores criados pelo GAFI em parceria com Grupo Wolfsberg, em que os países passaram a aderir às normas com intuito de não serem marcados como indesejáveis para negócios no sistema internacional. Portanto conclui-se que a partir do início das avaliações periódicas do GAFI, em 2005, a governança de combate ao financiamento do terrorismo se tornou apenas uma roupagem para os Estados mais poderosos representados pela OCDE definirem quem é aceito ou não do ponto de vista dos investimentos financeiros dentro do sistema internacional.</p> </div> </div> </div>2024-07-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Pedro Henrique Ferreira da Silvahttps://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/62781AS IMPLICAÇÕES E OS DESAFIOS DA DEFESA CIBERNÉTICA EM REFERÊNCIA ÀS TECNOLOGIAS EMERGENTES2024-05-23T15:56:29+00:00Rachel Soaresrachelcamillyss@gmail.comRebeca Rabêlorebeca.rabelo@outlook.com.br<div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Como as tecnologias emergentes aumentam as vulnerabilidades cibernéticas? O presente artigo tem como objetivo refletir sobre os desafios associados à utilização de novas tecnologias na defesa cibernética. Assim, este trabalho propõe um estudo exploratório que examina o rápido desenvolvimento das tecnologias emergentes e sua aplicação na defesa cibernética. O estudo é conduzido por meio de uma revisão bibliográfica abrangente, englobando teorias relevantes sobre o espaço cibernético, defesa cibernética e tecnologias emergentes. O artigo está estruturado em três seções distintas. A primeira seção explora as questões relacionadas à vulnerabilidade e ameaças no ciberespaço, delineando os desafios críticos enfrentados nesse ambiente digital. Na segunda seção, são examinados os conceitos fundamentais das tecnologias emergentes, destacando suas potenciais aplicações e implicações na segurança cibernética. Por fim, a terceira seção investiga os desafios específicos e as implicações decorrentes da integração dessas tecnologias no espaço cibernético, ao oferecer uma análise aprofundada de seu impacto e relevância para a defesa cibernética contemporânea.</p> </div> </div> </div>2024-07-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Rachel Soares, Rebeca Rabêlohttps://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/62970CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES:2024-07-17T11:17:03+00:00Roberta Krewer Molinaroberta@urbano.eco.br<div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O presente artigo revisita a obra e a teoria do choque de civilizações de Samuel Huntington. Essa teoria, muito difundida no início da década de 1990, propõe que as identidades culturais e religiosas presentes nas civilizações, seriam a principal causa de conflitos no mundo pós-Guerra Fria. Essa teoria, desafia as visões tradicionais que explicam as origens dos conflitos globais e as relações de poder, que estão presentes nas questões políticas e econômicas, atribuindo importância aos aspectos culturais e comportamentais. Em sua argumentação, Huntington nos traz que as diferenças culturais existentes entre as civilizações, especialmente no que diz respeito a valores, crenças e tradições, irão tornar os conflitos entre elas, inevitáveis. Tais afirmações são verificáveis na atualidade, com diversos conflitos por questões religiosas e espaços de terra. Entretanto, é uma teoria controversa, visto que, sua ideia preconiza de certos povos e de uma profecia de conflitos que nunca se desenvolveram na realidade.</p> </div> </div> </div>2024-07-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Roberta Krewer Molinahttps://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/63113UMA VISÃO DA DIPLOMACIA:2024-07-17T12:00:36+00:00Monique de Siqueira Lopesmoniquelopes88@gmail.com<div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O presente trabalho aborda as questões de política externa e doméstica do Império Brasileiro e da República Argentina, no período posterior à guerra do Paraguai. O ano de pesquisa foi o de 1872 e a documentação analisada foi a dos ofícios da Legação Brasileira em Buenos Aires. Sendo assim, o olhar da pesquisa está principalmente direcionado para os diplomatas que estavam servindo na legação em Buenos Aires e como eles interpretavam o cenário doméstico e internacional dos episódios que estavam acontecendo durante o ano de 1872. O ano de 1872 foi escolhido por dois motivos: pela visita de Bartolomeu Mitre ao Império Brasileiro e pelo fato da assinatura do tratado Loizaga-Cotegipe ter ocorrido nesse mesmo ano. Dessa maneira, o estudo se propôs a pesquisar sobre quais eram as análises dos diplomatas que estavam na legação do Brasil em Buenos Aires, sobre o período sensível de pós-conflito da Guerra da Tríplice Aliança.</p> </div> </div> </div> </div>2024-07-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Monique de Siqueira Lopeshttps://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/63890Editorial2024-07-30T03:31:05+00:00Equipe Editorial da Revista Hoplosrevistahoplos@gmail.com<div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>EDITORIAL</p> </div> </div> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>É com imensa satisfação que a equipe editorial da Hoplos, Revista de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, publica sua décima quarta edição, referente ao primeiro semestre de 2024. Em um cenário de polarização política, prolongamento da guerra na Ucrânia e do conflito entre Israel e Hamas, recebemos com entusiasmo publicações originais que abrangem variados temas. O ataque terrorista do Hamas contra Israel em outubro de 2023 trouxe de volta o tema do terrorismo e do contraterrorismo, assim como o acirramento das divisões políticas no interior dos países e no plano internacional explicitaram a violência política, o extremismo, o neofascismo, tentativas de golpe militar, em alguns casos bem-sucedidas, a acomodação de interesses diversos na política externa, inclusive no campo energético, tecnológico e ambiental. No contexto regional, vemos a persistência dos desafios relacionados à consolidação do MERCOSUL como arranjo multilateral de cooperação e coordenação política, econômica e comercial, especialmente com a suspensão da Venezuela e o distanciamento da Argentina sob Milei, embora com a adesão plena da Bolívia e retomada do protagonismo brasileiro sob Lula. Além disso, a presença crescente da China nas relações internacionais traz mais desafios à hegemonia americana e ao multilateralismo das instituições da ordem pós-45.</p> <p>Na atual edição, o leitor poderá encontrar seis artigos originais que vão ao encontro de preocupações geopolíticas históricas, atuais e além, mas sempre coerentes com a proposta da Hoplos. O artigo de Fernando Azevedo olha para três momentos históricos distintos, o financiamento da Segunda Guerra Mundial pelos Estados Unidos, o desenvolvimento do sistema Bretton Woods e a guerra financeira durante a Crise de Suez, para demonstrar a importância do sistema monetário na manutenção e na transição entras as hegemonias Britânica e Americana, com um olhar crítico para o uso da violência na formação da ordem político-financeira mundial. O artigo de Yasmin Reis traz uma reflexão sobre o episódio recente da invasão do capitólio por forças políticas ligadas ao ex-presidente Donald Trump em meio a acusações não comprovadas de fraude nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Reis coloca a questão da violência política no centro do debate, relacionando os conceitos e as práticas do terrorismo e do extremismo, contribuindo para a compreensão do atual cenário. O artigo de Pedro Henrique da Silva faz uma ponte entre essas duas temáticas: o terrorismo e o sistema financeiro, mostrando como instituições de governança como o GAFI atuam no combate aos crimes financeiros, rastreando o financiamento do terrorismo, com um olhar crítico sobre a atuação das grandes potências nessas instituições.</p> <div class="page" title="Page 2"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Sequencialmente, o artigo de Rachel Soares et al. faz uma revisão bibliográfica sobre a segurança cibernética e o uso de novas tecnologias no setor de defesa, um debate que não para de crescer no Brasil e no mundo. O artigo de Roberta Molina revisita o “Choque de Civilizações” de Samuel Huntington com um olhar crítico, passados mais de 30 anos desde sua publicação, com uma nova realidade de reconfiguração das relações internacionais e de novas perspectivas de pesquisa. Por fim, no contexto pós Guerra do Paraguai, o artigo de Monique Lopes trata das relações diplomáticas entre Brasil e Argentina, mais especificamente no ano de 1872, com uma pesquisa documental de grande valor para o leitor interessado nas interseções entre Estudos Estratégicos, Relações Internacionais e História.</p> <p>Assim, gostaríamos de agradecer à nossa equipe editorial pelo trabalho dedicado a mais uma edição e a todos os pesquisadores que manifestaram interesse em publicar em nosso periódico.</p> <p>Boa leitura! O Comitê Editorial.</p> </div> </div> </div> </div> </div> </div> </div> </div>2024-07-31T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Equipe Editorial da Revista Hoplos