Hoplos - Revista de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais https://periodicos.uff.br/hoplos <p><em>Hoplos</em> é a revista discente do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança (PPGEST) vinculada ao Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem periodicidade semestral e se constitui em um espaço plural de análise e discussão sobre temas que permeiam os Estudos Estratégicos, as Relações Internacionais e a Ciência Política. O periódico alcançou o qualis B3 na última avaliação da Capes referente ao período 2017 - 2020 (ISSN: 2595-699x).</p> PPGEST - INEST/ UFF pt-BR Hoplos - Revista de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais 2595-699X <h4>1. PROPOSTA DE POLÍTICA PARA PERIÓDICOS DE ACESSO LIVRE</h4><p><br /><span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</span></p><p>a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/" target="_blank">Licença Internacional Creative Commons Attribution - Share Alike 4.0</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</p> OS PADRÕES DO INVESTIMENTO EXTERNO DIRETO CHINÊS: https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/62939 <p><span style="font-weight: 400;">O trabalho procura analisar o padrão de recebimento do Investimento Externo Direto (IED) da China e entender quais são as correlações entre esse padrão e os perfis de suas empresas exportadoras. Esse estudo nos serve para realizar possíveis análises e comparações futuras em outros países em desenvolvimento, que utilizaram esse mesmo mecanismo para elevar seu padrão econômico. Para isso, se procura, primeiramente, trazer uma análise do perfil de desenvolvimento trazido pelo país asiático na virada da década de 1970 para 1980. Após, é feito um histórico do recebimento do Investimento Externo Direto na China pós era Mao (1976) até os dias atuais, evidenciando os padrões setoriais, empresariais, regionais e de investimento desse indicador. Na sequência, é apresentado o perfil das empresas privadas e estatais chinesas, suas ambições, seus padrões de investimentos setoriais e sua localização. Por fim, as considerações finais procuram sintetizar o conteúdo apresentado ao longo do trabalho. A metodologia utilizada é descritiva bibliográfica e qualitativa, por contar com materiais subjetivos e interpretativos de pesquisa. Dentre os resultados encontrados, se constatou que, apesar de heterogêneas, as empresas chinesas possuem um perfil setorial, empresarial, regional e de investimentos moldados pelos padrões de recebimento de IED.</span></p> Vinicius Barboza Copyright (c) 2024 Vinicius Barboza https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 8 15 7 28 A EVOLUÇÃO DA OTAN DE UMA ALIANÇA DEFENSIVA PARA UM INSTRUMENTO MILITAR COM OBJETIVOS GEOPOLÍTICOS: https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/63412 <p><span style="font-weight: 400;">O trabalho analisa a atuação da OTAN nos Bálcãs, entre 1992 e 1999, com base em documentos oficiais da ONU, da OTAN e do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, e conclui que as operações da OTAN favoreceram exclusivamente as forças apoiadas pelos EUA e pela Alemanha, não realizando operações contra seus aliados, mesmo quando estes atacaram pessoal da ONU ou cometeram crimes contra civis sérvios. Constata, ainda, que a Aliança justificava suas intervenções como humanitárias e em prol da paz e da estabilidade regional, porém seu impacto foi decisivo para garantir a vitória política e militar da Croácia, da Bósnia-Herzegovina e do Exército de Libertação do Kosovo (UÇK), moldando, consequentemente, o atual cenário nos Bálcãs, de acordo com os seus interesses. Ao fim, o artigo conclui que, a partir desse emprego e do seu Conceito Estratégico de 1999, a OTAN evoluiu de uma aliança territorial defensiva para um instrumento militar voltado para a consecução de objetivos geopolíticos de seus principais membros.</span></p> <p><br /><br /><br /></p> Gustavo Monteiro Muniz Costa Copyright (c) 2024 Gustavo Monteiro Muniz Costa https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 8 15 29 49 A DEMOCRACIA RADICAL E PLURAL COMO MÉTODO DE ANÁLISE EM GEOPOLÍTICA CRÍTICA https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/63796 <p><span style="font-weight: 400;">Com o fim da Guerra Fria, surgiu a ideia de que o neoliberalismo seria a única forma de construir a democracia. Esse advento trouxe a perspectiva de desconsiderar outras formas de democracia. Em contraposição a essa perspectiva na geopolítica, surge a geopolítica crítica, uma vertente que analisa os discursos e a influência nas relações de poder das potências ocidentais. No entanto, aspectos da geopolítica crítica não consideram a democracia radical como forma alternativa de análise a partir da ascensão da racionalidade neoliberal. Este artigo tem por objetivo desenvolver uma perspectiva de análise geopolítica crítica baseada na democracia radical, a partir de ensaio teórico sobre esses tópicos. Essa análise somente é possível olhando para outras democracias de uma perspectiva agonista. Cabe ressaltar que a proposta do artigo não é a aplicabilidade da análise, mas sim o estabelecimento de um método conciso que demonstre outra perspectiva de análise geopolítica por meio da concepção de que legitimidade da democracia alheia para além dos preceitos neoliberais.</span></p> Jeronimo de Rossi Molina Copyright (c) 2024 Jeronimo de Rossi Molina https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 8 15 50 68 AVANÇO DO CRIME ORGANIZADO NA AMAZÔNIA E EFEITOS PARA A POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/64832 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo discute o lugar da Amazônia no cenário do narcotráfico pulsante do Norte da América do Sul. Trata de temática relevante, presente no Livro Branco de Defesa Nacional, seja pelo entendimento da Amazônia como preocupação fronteiriça e de recurso, seja pelo fato de o narcotráfico abarcar questões fronteiriças e de defesa da sociedade. A Amazônia passou a ter muita visibilidade nos temas geopolíticos mundiais, sobretudo em relação à sustentabilidade, porém nas últimas décadas tem chamado atenção por estar fortemente inserida nesse contexto. Apesar de sempre ter integrado o circuito logístico da distribuição de drogas, a novidade que vem se desenvolvendo e oferece enormes desafios à Defesa Nacional é a expansão e consolidação do Primeiro Comando da Capital - PCC - na região. O objetivo central desse estudo é analisar a expansão do crime organizado e os desafios que lançam para a defesa nacional. Foi adotada pesquisa qualitativa com revisão de literatura baseada em documentos oficiais, artigos e notícias relevantes. Parece estar claro que a integração entre as forças policiais e o exército é central, mas também o desenvolvimento de dispositivos de inteligência que permitam ações mais efetivas e com menores custos. Atualmente são duas as iniciativas do governo federal que podem auxiliar: o Novo PAC e a Nova Política Industrial. Neste sentido, serão analisadas essas estratégias e serão feitas considerações para as melhorias que possam ser mais efetivas na mitigação dos impactos extremamente nocivos da atuação dessa organização na região.</span></p> <p><br /><br /><br /></p> <p><em> </em></p> Pablo Ibañez Emanuelly Kaustchr Garcia Camilla Souza Bento Silva Matheus Bandeira Viana Tiago da Silva Monteiro Copyright (c) 2024 Pablo Ibañez, Emanuelly Kaustchr Garcia, Camilla Souza Bento Silva, Matheus Bandeira Viana, tiagoUFRRJ Monteiro https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 8 15 69 87 “GUERRA ÀS DROGAS” É GUERRA?: https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/65025 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo discute as condições de possibilidade e as implicações da utilização do conceito de guerra e da doutrina a ele associada, na questão da prevenção, repressão e combate ao comércio das drogas ilícitas no Brasil. Por meio de uma abordagem qualitativa e revisão de literatura, examinando principalmente as produções acadêmicas das áreas de defesa nacional e segurança pública, vislumbra de que forma e por meio de que teorias a ideia de “guerra às drogas”, originada nos Estados Unidos da América, infiltrou-se nos meios intelectuais brasileiros, especialmente entre os militares. Em uma análise com inspiração genealógica, aborda ainda como esse discurso foi disseminado e aplicado no contexto brasileiro, culminando com o que chama de belicização da segurança pública. Conclui que a belicização da segurança pública enfraquece tanto as Forças Armadas quanto as polícias, comprometendo de forma negativa, ao mesmo tempo, o exercício de um policiamento eficaz e a defesa da soberania nacional. </span></p> Anderson Duarte Barboza Copyright (c) 2024 Anderson Duarte Barboza https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 8 15 88 110 O USO DO SWIFT COMO FERRAMENTA DE SANÇÕES: https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/64933 <p><strong>Resumo: </strong><span style="font-weight: 400;">O Sistema Financeiro Internacional conta com ferramentas avançadas de pagamentos que viabilizam transações rápidas e integradas, essenciais para a economia global. Contudo, essa integração também reflete a hegemonia dos Estados Unidos, que utiliza o Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (SWIFT) como instrumento estratégico de poder econômico, sobretudo por meio de sanções. Este artigo investiga os impactos dessas sanções em países afetados e analisa as respostas desenvolvidas para mitigar a dependência do dólar, com foco na Rússia e na China. A pesquisa, conduzida por meio de uma metodologia qualitativa baseada em dados oficiais, artigos e relatórios institucionais, demonstra que esses países têm implementado alternativas, como sistemas próprios de pagamento e maior uso de moedas nacionais em transações internacionais. Essas medidas não apenas reduzem sua vulnerabilidade ao sistema financeiro dominado pelos Estados Unidos, mas também questionam a hegemonia do dólar no longo prazo. Os resultados indicam que as iniciativas da Rússia e da China fortalecem suas capacidades econômicas e influenciam transformações na dinâmica do Sistema Monetário e Financeiro Internacional, contribuindo para um debate mais amplo sobre o questionamento da hegemonia do dólar, para a discussão sobre multipolaridade e os desafios à hierarquia estabelecida pelos Estados Unidos.</span></p> <p><br /><br /><br /></p> Matheus Pedro de Carvalho Copyright (c) 2024 Matheus Pedro de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 8 15 111 132 Editorial https://periodicos.uff.br/hoplos/article/view/65526 <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>É com grande satisfação que a Equipe Editorial da Hoplos, Revista de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais, publica sua décima quinta edição, relativa ao segundo semestre de 2024. No transcorrer da preparação desta edição, no cenário internacional, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia prometeu ganhar novos contornos após as eleições dos EUA, marcadas pelo retorno de Donald Trump ao poder, sob a premissa de que contribuirá, decisivamente, para o encerramento do confronto. No Oriente Médio, o conflito entre Israel e Hamas avança para um breve cessar-fogo intermediado por líderes do ocidente.</p> <p>Na América do Sul, o Brasil manteve o seu quadro político polarizado, com os municípios passando por campanhas e votações para prefeitos e vereadores. No Uruguai, o pleito presidencial contou com a eleição do representante da esquerda, Yamandú Orsi, apadrinhado por Pepe Mujica. Nesse ínterim, o presidente Lula foi um dos primeiros líderes regionais que o cumprimentaram pela vitória. Por outro lado, um tensionamento diplomático envolvendo o Brasil foi gerado ao norte do subcontinente, dado o veto aplicado pelo governo brasileiro para a possibilidade de ingresso da Venezuela nos BRICS.</p> <p>Ademais, o Rio de Janeiro sediou a Cúpula de Líderes do G20 com a presença de chefes de Estado das principais economias mundiais. Destaca-se que poucos dias antes, um ato terrorista ocorreu na Praça dos Três Poderes em Brasília, com explosões que provocaram a morte do autor do atentado no local, por prováveis motivações políticas que seguem sob investigação. Próximo ao fechamento desta edição, a divulgação de um inquérito da Polícia Federal, deflagrado após os fatídicos eventos de 8 de janeiro de 2023, aponta que muito possivelmente a manutenção da democracia brasileira esteve ameaçada na última transição presidencial.</p> <p>Outrossim, nesta edição há seis artigos originais no escopo dos Estudos Estratégicos e das RI, com temas que alcançam desde a economia política internacional até a defesa e a segurança. Em apertado resumo, o primeiro, de Vinicius Barboza, “Os padrões do Investimento Externo Direto chinês: uma parceria entre Estado e Mercado”, examina o perfil de desenvolvimento da China, com um histórico do recebimento do Investimento Externo pós era Mao (1976), demonstrando os padrões gerais de atuação e perfis das suas empresas estatais e privadas.</p> <p>O segundo artigo, de Gustavo Monteiro Muniz Costa, “A evolução da OTAN de uma aliança defensiva para um instrumento militar com objetivos geopolíticos: sua atuação nos Bálcãs entre 1992 e 1999”, investiga a presença da OTAN nos Bálcãs, nos anos 1990, a partir da análise de documentos oficiais da ONU, da OTAN e do TPI para a ex-Iugoslávia. Costa assinala que as atividades da OTAN asseguraram apoio às forças militares dos EUA e da Alemanha, sem executar ações contra os seus aliados, favorecendo os objetivos geopolíticos dos seus principais integrantes. O terceiro, de Jerônimo de Rossi Molina, “A Democracia radical e plural como método de análise em Geopolítica Crítica”, aborda o surgimento da geopolítica crítica como uma vertente que analisa os discursos e as influências das democracias radicais nas articulações de poder das potências ocidentais, com olhar sobre outras democracias, propondo o estabelecimento de um método conciso que revela uma perspectiva para análise do tema.</p> </div> </div> </div> </div> <div class="page" title="Page 2"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Em prosseguimento, o artigo de Pablo Ibañez et al., “Avanço do crime organizado na Amazônia e efeitos para a Política de Defesa Nacional”, desenvolve o papel da Amazônia no contexto do narcotráfico que transcorre no Norte da América do Sul, onde o circuito logístico de distribuição de drogas desafia a Defesa Nacional nesta extensa faixa fronteiriça, especialmente diante da expansão da atuação do PCC na região. O quinto, de Matheus Pedro de Carvalho, intitulado “O uso do Swift como ferramenta de sanções: como a desdolarização oferece novos caminhos para Países sancionados”, revela que os EUA empregam o Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (SWIFT - transações financeiras globais integradas) como artifício estratégico de poder, gerando sanções para determinados países que, como a Rússia e a China, buscam soluções para reduzir a dependência do dólar.</p> <p>Finalmente, o artigo de Anderson Duarte Barboza, “‘Guerra às Drogas’ é Guerra? Uma genealogia da belicização da Segurança Pública no Brasil”, discute o que chama de belicização da segurança pública a partir da utilização do conceito de guerra, bem como da sua doutrina diante do combate ao narcotráfico no Brasil. Assim, gostaríamos de enfatizar os cumprimentos à Equipe Editorial pelo empenho na elaboração das duas edições de 2024, bem como os agradecimentos a todos os pesquisadores que publicaram na Hoplos, o que evidencia a intenção do corpo discente de contribuir para o desenvolvimento de um pensamento estratégico nacional próprio.</p> <p>Ótima leitura!</p> <p>O Comitê Editorial.</p> </div> </div> </div> </div> Equipe Editorial da Revista Hoplos Copyright (c) 2024 Equipe Editorial da Revista Hoplos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-12-18 2024-12-18 8 15 5 6