Odontopediatras e violência contra crianças e adolescentes : como eles atuam?

Autores

  • Paulo Cesar Moreira Campos

DOI:

https://doi.org/10.22409/ijosd.v2i34.95

Resumo

A violência familiar contra criança e o adolescente apenas recentemente se tornou objeto de atuação para as Políticas Públicas. O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) torna obrigatória a notificação de casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos contra crianças, e adolescentes, estando todos os profissionais que lidam com estes a fazê-lo, incluindo os de saúde. O cirurgião-dentista deve estar capacitado para identificar casos de crianças ou adolescentes vítimas de maus-tratos, oferecer os cuidados dentários de emergência que sejam necessários e notificar as autoridades competentes. Este estudo avaliou o conhecimento e atitudes de odontopediatras da cidade do Rio de Janeiro (RJ) frente ao abuso infantil. Um questionário foi elaborado e depois respondido por 123 odontopediatras. Dentre todos os dentistas consultados, quinze (12,6%) pertenciam ao sexo masculino e 104 (87,4%) ao sexo feminino. Um grande número de profissionais (40,2%) nunca recebeu informações sobre violência familiar contra crianças e adolescentes. Quarenta e três dentistas (36,4%) suspeitaram de casos de maus-tratos infantis em seus consultórios. Vinte e três (19,5%) fizeram diagnostico. Nesta situação, 76,5% de todos os odontopediatras consultados responderam que eles conversariam com os pais das crianças. Estes profissionais acreditam que todos os casos suspeitos ou confirmados de violência familiar devem ser notificados (78,9%, N=19). Este trabalho demonstrou que odonto-pediatras não têm um padrão de conduta diante destes casos, isto ocorre pela ausência ou insuficiência de informações sobre como identificar e notificar estes incidentes. palavras-chave: Odontopediatra, abuso, crianças, odontologia.

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Publicado

2013-04-04

Edição

Seção

Artigos