Tratamento clínico-cirúrgico de lesão endodôntico-periodontal: relato de caso.
DOI:
https://doi.org/10.22409/ijosd.v2i46.358Resumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a conduta clínica e cirúrgica, com acompanhamento clínico e radiográfico, de lesão com envolvimento endodôntico e periodontal no dente 36. Paciente do gênero feminino, 23 anos, em bom estado de saúde, apresentava drenagem espontânea no sulco gengival vestibular do dente 36, com resposta negativa ao teste de sensibilidade pulpar ao frio, sugerindo necrose pulpar. Ao exame clínico, o dente apresentava-se com mobilidade, sondagem periodontal com mais de 10 mm de penetração, além de restauração de resina composta na face oclusal. Ao exame radiográfico, observou-se extensa área de perda óssea na região de furca com radiolucidez também na região periapical. Foi procedido o acesso coronário com localização de 4 canais e preparo químico-mecânico com modelagem apical final em 30.05 (Limas NiTi Easy Prodesign) acompanhado de irrigação com solução de hipoclorito de sódio a 6% e EDTA a 17%. Como medicação intracanal, foi utilizada pasta a base de hidróxido de cálcio e paramonoclorofenol canforado (Calen PMCC) por 15 dias. Após esse período, persistia a drenagem da secreção pelo periodonto, quando optou-se pela cirurgia exploratória e de raspagem. Todo o tecido inflamatório foi removido, e a região foi medicada com tetraciclina aplicada no local por 15 minutos. Em seguida, a tetracicilna foi removida com soro fisiológico e o retalho suturado. Decorridos 7 dias da cirurgia, a secreção já havia cessado. O dente foi reaberto para remoção da medicação intracanal e irrigado com hipoclorito de sódio a 6% e EDTA a 17%. Foi realizada a obturação por compressão vertical da guta-percha termoplastificada e cimento Endofill, e a cavidade de acesso foi restaurada com resina composta. Proservação clínica e radiográfica aos 4, 7, 10 e 22 meses após o tratamento mostram a evolução da recomposição total do periodonto, evidenciando o sucesso da terapia.