PREVALÊNCIA DE DEFEITOS DE DESENVOLVIMENTO DO ESMALTE EM CRIANÇAS ATENDIDAS NA CLÍNICA DE ODONTOPEDIATRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
DOI:
https://doi.org/10.22409/ijosd.v1i69.65823Resumo
Com o objetivo de avaliar a prevalência de Defeitos de Desenvolvimento do Esmalte (DDE) e sua associação com características sociodemográficas e condições de saúde de crianças atendidas na Clínica Odontológica Infantil da Universidade Federal do Amazonas, examinou-se 190 prontuários de crianças com até 12 anos, de ambos os sexos, atendidas entre 2019 e 2023. A variável dependente (presença de DDE) e as independentes (variáveis sociodemográficas e de saúde) foram coletadas e avaliadas por meio de análise descritiva, teste de Shapiro-Wilk, para os dados quantitativos, e Razão de Prevalência (RP), para os dados categóricos. Também foi aplicado o teste qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher, com nível de significância de 5%. A prevalência de DDE encontrada foi de 22,1%, sendo a HMI, a fluorose dentária e a hipoplasia os tipos mais frequentes. A maioria das crianças com DDE era do sexo masculino, com idade igual ou superior a 6 anos, provenientes da Zona Leste de Manaus, cuja renda familiar mensal era inferior a 2 salários-mínimos e que fazia uso de água encanada. Não houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis sociodemográficas investigadas e a ocorrência de DDE, exceto com a zona de residência dos participantes (p=0,031). Quando associada a presença de DDE com as variáveis pré-, peri e pós-natais, apenas a prematuridade demonstrou associação positiva com a ocorrência de DDE (p=0,038). Diante da prevalência moderada de DDE encontrada, sugere-se à comunidade acadêmica um maior engajamento no estabelecimento de protocolos de diagnóstico e de medidas preventivas e curativas.
Palavras-chave: defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário, criança, prevalência.