Análise comparativa do efeito de dentifrício fluoretado infantil na microdureza do esmalte dental : estudo in vitro

Resumen

O objetivo deste estudo foi verificar comparativamente, in vitro, sob ciclagens de pH, a capacidade de remineralização de lesões artificiais de cárie com o uso de dentifrício fluoretado infantil mais vendido no mercado, através da análise da microdureza superficial do esmalte (Microdureza Knoop). Quarenta e cinco blocos de esmalte de terceiros molares humanos inclusos, extraídos por razões clínicas foram divididos em 3 grupos: 1 – Tandy® (1.100 ppmF NaF); 2 – Emoform® (Controle – sem flúor); 3 – Crest® (“Referência” – 1.100 ppmF NaF). A medida da microdureza foi realizada no esmalte dental hígido (K1), após a indução de cáries artificiais (K2) e após as ciclagens de pH (K3). Estas foram realizadas por 14 dias na solução com os dentifrícios, durante 5 minutos, em 3 horários programados (8, 12 e 18h). Os valores de microdureza Knoop (K3) assim como os de remineralização (alfa) foram analisados estatisticamente pelo teste ANOVA e quando encontradas diferenças significativas, pelo teste de Comparações Múltiplas através do método Student-Newman-Keuls. Quanto à microdureza, o teste ANOVA demonstrou diferença estatisticamente significante (P=0.0000202; p<0.0001) entre os grupos: 1 (228.9 KHN); 2 (147.8 KHN) e 3 (254.4 KHN), comprovando a ocorrência de remineralização com o uso dos dentifrícios fluoretados testados. Quanto ao valor alfa, o teste ANOVA também mostrou diferença estatisticamente significante (P=0.0000000116; p<0.0001) entre os grupos e, de acordo com o método Student-Newman-Keuls, os percentuais diferiram significativamente (p<0.05) na seguinte ordem: Crest® (54%) > Tandy® (33%) > Emoform® (-40%), sendo que neste último não ocorreu remineralização. Conclui-se que, o dentifrício infantil utilizado nesta pesquisa foi capaz de remineralizar o esmalte, sendo indicado seu uso para crianças com risco e/ou atividade de cárie.

Palavras-chave: Dentifrício –  Microdureza do esmalte – Fluoreto