Avaliação Clínica de três anos da técnica restauradora atraumática ( ART ) na dentição decídua.
DOI:
https://doi.org/10.22409/ijosd.v1i37.103Abstract
O presente estudo avaliou clinicamente, após três anos, 45 restaurações atraumáticas realizadas em 25 crianças entre 01 e 05 anos de idade, matriculadas em uma Unidade Municipal de Ensino Infantil em Niterói – RJ, Brasil. Todos os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com as normas do Comitê de Ética em Pesquisa. O material restaurador utilizado foi o cimento de ionômero de vidro Ketac Molar® (3M ESPE), manipulado de acordo com as recomendações do fabricante e a técnica restauradora aplicada seguiu as instruções contidas no Guia Prático para o Tratamento Restaurador Atraumático (ART), preconizado pela OMS. A avaliação clínica das restaurações foi realizada por um examinador calibrado, com auxílio de sonda exploradora e espelho bucal, seguindo critério de Phantumvanit et al (1996), composto por códigos de 0 a 9 para avaliar a qualidade da restauração. Foi observado 40% de sucesso (escores 0-2), 40% de insucesso (escores 3-4) e 20% não pôde ser avaliado (escore 6). Considerando-se cada tipo de restauração independentemente, obteve-se sucesso em 47,3% nas de Classe I, 38,8% de Classe II e 25% de Classe III. Apenas 11% das restaurações que apresentaram falhas, desenvolv-eram cárie secundária, sendo que 77% estavam localizadas no arco in-ferior. Pôde-se concluir que, a ART representa uma boa alternativa no controle da doença cárie na dentição decídua desde que esse tratamento seja parte de um programa que contemple ações de promoção de saúde bucal, buscando o efetivo controle da doença cárie.
Palavras-chave: Tratamento Restaurador Atraumático – Dentição decídua – Cimento Ionômero de Vidro