Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
97
OPINIÃO POLÍTICA DA JUVENTUDE: UM ESTUDO COMPARATIVO
COM ESTUDANTES DE DOIS CAMPI UNIVERSITÁRIOS EM CAMPOS
DOS GOYTACAZES EM 2018
*
YOUTH POLICY OPINION: A COMPARATIVE STUDY WITH STUDENTS FROM TWO
UNIVERSITY CAMPUSES IN CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ IN 2018
Lucas Alves Guedes
†
https://orcid.org/0000-0002-2978-9223
Gustavo Henrique Naves Givisiez
‡
https://orcid.org/0000-0002-1508-5233
Resumo: Constatando uma falta de representatividade política da juventude e entendendo que é
importante captar as ideias da juventude atual para compreender o futuro da nação, esse estudo se propõe
a identificar a tendência política dos estudantes de dois campi universitários em Campos dos Goytacazes
em 2018. Para isso um questionário sobre questões políticas, sociais e econômicas foi aplicado a 661
alunos e seus resultados lançados numa bússola política bidimensional a fim de classificar o perfil
político desses estudantes em uma das quatro correntes abordadas na pesquisa: conservadorismo,
libertarianismo, socialismo democrático e progressismo. Os resultados indicam que uma parcela dos
estudantes se aglomera no centro do espectro político, com tendências variadas; enquanto outra parcela
se identifica como progressista, simpática ao liberalismo social e ao intervencionismo econômico.
Palavras-chave: espectro político, direita, esquerda.
Abstract: Finding a lack of political representation and knowing the importance of capturing the ideas
of the current youth to comprehend the future of the nation, this study has a purpose to identify the
political tendency of students from two university campuses belonging to the city of Campos dos
Goytacazes in 2018. For this, a questionnarie with political, economic and social questions was applied
to 661 studentes and their results were released in a two-dimensional political compass able to class the
political profile of these students in one of the four currents covered in the research: conservatism,
libertarianism, democratic socialism and progressivism. These results show that a portion of students
congregate in the center of the political spectrum with varied tendences; while another portion identifies
itself as progressist, symphatic to social liberalism and to economic intervencionism.
Keywords: political spectrum, right, left.
1. Introdução
Em 2008, o Datafolha realizou um estudo com 1.541 jovens de 16 a 25 anos, a fim de
descobrir o que pensa a juventude do século XXI. A pesquisa averiguou que o jovem brasileiro
tende a ter um pensamento político ideológico à direita: 68% dos entrevistados se posicionaram
contra a legalização do aborto, 50% afirmou ser a favor da pena de morte, 72% assumiram ser
contrários a descriminalização da maconha, e 83% acreditam que deva haver uma redução na
*
Artigo recebido em: 26 de junho de 2019. Aceito em: 10 de dezembro de 2019
†
Universidade Federal Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. Graduado em Geografia pela
Universidade Federal Fluminense. Autor correspondente. E-mail: lalvesguedes@bol.com.br
‡
Universidade Federal Fluminense, Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. Doutorado em Demografia pela
Universidade Federal de Minas Gerais
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
98
maioridade penal (AZEVEDO, 2008). De acordo com uma pesquisa realizada em 2014 pelo
Instituto Data Popular com 3.500 jovens entre 16 e 33 anos de idade, 63% acreditava que o
Brasil não está no rumo certo, 50% estava indeciso sobre o voto ou pretendia anular, e 59%
acreditava que o Brasil estaria melhor se não houvessem partidos políticos (RODRIGUES,
2014).
O fato de 63% dos jovens acreditar que o país não está no rumo certo, tal como 50%
estar indeciso sobre o voto, revelado na pesquisa, mostra como é nítido o descontentamento dos
jovens com a política brasileira. Desde as eleições de 2014, observa-se um aumento da
polarização política de parte dos jovens que se interessam pelo assunto. Segundo uma pesquisa
de intenção de votos para a presidência da república em 2018 lançada pelo Instituto Datafolha
no segundo semestre de 2017, 60% dos eleitores de Bolsonaro, político que se autodefine como
“de direita”, têm entre 16 e 34 anos, e desses, 30% tem menos de 24 anos (MACHADO, 2017).
Já de acordo com uma pesquisa de intenção de votos para a prefeitura do Rio de Janeiro lançada
pelo Instituto Datafolha em outubro de 2016, 24% do eleitorado entre 16 e 24 anos e 25% do
eleitorado entre 25 a 34 anos, votariam em Marcelo Freixo, político que se autodefine como
“de esquerda”, para o cargo de prefeito da cidade (DATAFOLHA, 2016). Fazendo um paralelo
das pesquisas citadas anteriormente com as pesquisas de intenção de voto, pode-se dizer que a
carência de figuras no tradicional jogo político que representem os jovens, faz boa parte dos
jovens que se interessam pelo assunto se sentirem representados por figuras até então à margem
do jogo político e que se autodefinem como de um lado ou de outro; como os casos das figuras
políticas Marcelo Freixo e Jair Bolsonaro.
Diante dos problemas de representação política da juventude e polarização por parte
dos jovens, esse estudo tem o objetivo de identificar a tendência de perfil político desses jovens.
Para isso um questionário contendo 14 afirmativas referentes a questões políticas, sociais e
econômicas foi aplicado a 661 alunos de até 25 anos de idade em duas universidades em
Campos dos Goytacazes-RJ. O limite de 25 anos foi estipulado pois a pesquisa tem o objetivo
de analisar a opinião dos estudantes que participaram das eleições que elegeram os governos
Dilma, não tendo tanta influência nas eleições que elegeram os governos Lula. Como essa
pesquisa é descritiva, não há o interesse em discutir os motivos pelos quais levaram os
resultados a existir. O objetivo do estudo é somente direcionar o pensamento dessa juventude
para alguma das correntes políticas abordadas na pesquisa: socialismo democrático,
conservadorismo, progressismo e libertarianismo. Atrelado a isso, procurar entender se esse
perfil populacional está se posicionando mais à direita ou mais à esquerda do espectro político,
e se está mais liberal ou mais comunitário.
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
99
É importante a realização de um estudo sobre a opinião política da juventude uma vez
que os jovens representam o futuro do país. Sendo assim, para entender o Brasil do futuro
precisa-se entender, anteriormente, o que pensam esses jovens que construirão o futuro. Além
disso, a classe jovem muitas vezes é pouco ouvida na sociedade e a história recente do país
revela como a mobilização estudantil na política é importante para que grandes mudanças
ocorram, como no movimento das Diretas Já e nas manifestações de 2013.
A hipótese levantada sobre os resultados da pesquisa defende uma divergência de
opiniões entre os alunos das duas universidades, uma vez que uma é pública e a outra é privada,
tal como uma divergência de opinião maior entre os alunos de engenharia e dos demais cursos.
A tendência é que os alunos da Cândido Mendes tenham um posicionamento mais à direita do
espectro político, principalmente os alunos do curso de engenharia; enquanto os alunos da
Universidade Federal Fluminense tenham um posicionamento mais à esquerda. Essa é a ideia
pré-concebida que existe na sociedade vigente.
2. Política
2.1 Direita-Esquerda
O primeiro ponto levado em consideração para dividir a política em dois espectros é a
tradicional díade direita-esquerda. A díade surgiu durante a Revolução Francesa, com a
esquerda representando os revolucionários e a direita os contrarrevolucionários. A medida que
a sociedade foi se modificando e novos movimentos políticos e sociais apareceram, a variedade
dos discursos ideológicos da direita e da esquerda proporcionou uma confusão grande na
distinção e na definição dos dois lados.
Segundo Dino Confrancesco, citado por Bobbio (2001, p. 95), a esquerda mantém sua
essência na “libertação do homem do poder injusto e opressivo” enquanto a direita mantém sua
essência “na defesa do passado, da tradição e da herança”. Estendendo essa linha de raciocínio,
Olavo de Carvalho (2005, on-line) entende que “direita e esquerda, muito antes de serem
diferenças “ideológicas” ou de programa político, são duas maneiras diferentes de vivenciar o
tempo histórico”.
[...] direita é o que se legitima em nome da antiguidade, da experiência consolidada,
do conhecimento adquirido, da segurança e da prudência, ainda quando, na prática,
esqueça a experiência, despreze o conhecimento e, cometendo toda sorte de
imprudências, ponha em risco a segurança geral; esquerda é o que se arroga no
presente a autoridade e o prestígio de um belo mundo futuro de justiça, paz e
liberdade, mesmo quando, na prática, espalhe a maldade e a injustiça em doses
maiores do que tudo o que se acumulou no passado (CARVALHO, 2005, on-line).
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
100
2.2 Comunitarismo-Liberalismo
No entanto a divisão do espectro político entre direita e esquerda não é suficiente para
entender algumas correntes políticas. Por existir um leque de pensamentos distintos tanto à
direita quanto à esquerda, uma segunda díade pode ser levada em consideração: comunitarismo-
liberalismo.
O liberalismo é uma corrente política que valoriza a liberdade, os direitos individuais
acima de tudo, e vê com desconfiança a figura do Estado assistencialista. Para os liberais, os
indivíduos não possuem correlação - econômica, social, ética, sexual, política, cultural ou
religiosa - com a sociedade a qual os permeia; podendo rejeitar e questionar qualquer forma de
participação em grupo. O comunitarismo é uma corrente política que valoriza o bem coletivo,
a participação, a igualdade, simpatiza com a ética das virtudes, e dá muita importância ao valor
das tradições. Os comunitários acreditam que a identidade e a liberdade do indivíduo não são
fatores comuns a todos, mas os valores que permeiam a sociedade e precedem a existência do
indivíduo (GONÇALVES, 1998, on-line).
2.3 – Socialismo Democrático
O socialismo democrático é uma corrente política com raízes no socialismo que surge
em oposição a outras correntes socialistas que usam de meios autoritários para alcançar seus
objetivos. Alguns pensadores que influenciaram essa corrente política são Karl Marx, Antonio
Gramsci, Donald Busky e Norman Thomas. Assim como outras variações do socialismo, o
socialismo democrático é fortemente influenciado pelo marxismo. O socialismo democrático
pode ser entendido como uma teoria de reorganização social, política e econômica, cuja
característica essencial é o controle governamental das atividades econômicas até que a
competição deva dar lugar à cooperação, e que as oportunidades de vida e as recompensas de
trabalho sejam equitativamente repartidas (THOMAS, 1953). A reformulação do socialismo
iniciou-se por uma nova interpretação da figura do Estado. Antes visto como um instrumento
de coerção da burguesia sobre a classe trabalhadora, com o gramscismo o Estado passa a ser
visto como o administrador mais importante das tarefas sociais. Já a democracia, anteriormente
interpretada como um valor particular, passa a ser vista como um valor universal capaz de
enriquecer o gênero homem (TONET, [?], on-line). A transição do socialismo pelas vias
democráticas pode-se ser entendida como:
articular uma aliança de forças progressistas (bloco histórico), alcançar a hegemonia
na nova sociedade civil e no aparelho do Estado, de forma a fazer avançar tanto a
socialização da economia quanto a socialização da política (TONET, [?], on-line).
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
101
2.4 Conservadorismo
O conservadorismo político moderno é uma corrente política com raízes na Revolução
Francesa e nos escritos de Edmund Burke. Alguns pensadores que influenciaram essa corrente
política são Edmund Burke, Russell Kirk, Michael Oakeshott e Roger Scruton. Na obra As
ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários (2014), Coutinho faz um
apanhado sobre o que é o conservadorismo político moderno. Antes de ser uma ideologia, o
conservadorismo se apresenta como uma disposição. Embora nem todo conservador político
tenha uma disposição conservadora, o conservadorismo como movimento político partilha de
muitas características de uma disposição conservadora. Sendo assim, o conservadorismo irá se
opor a quaisquer mudanças abruptas na sociedade, sejam elas de caráter violento ou não, que
visam transformar a sociedade em busca de um cenário hipotético melhor que o atual. Isso
ocorre pela ideia de que a natureza humana é imperfeita, logo a realidade é sempre muito mais
complexa e plural que qualquer ideólogo possa prever. No entanto isso não quer dizer que
conservadores são contrários a todos os tipos de reformas. Reformas prudentes devem existir
para evitar atitudes revolucionárias futuras. Se afirmando como a política da prudência, o
conservadorismo irá defender como forma de ação a preservação das tradições mais profundas
que emergem naturalmente de baixo para cima na sociedade, pois ao resistirem ao teste de
tempo, essas tradições provaram ser benéficas.
A sociedade é uma herança compartilhada em nome da qual aprendemos a
circunscrever as nossas demandas, a ver nosso lugar nas coisas como parte de uma
corrente contínua de doações e recebimentos, a reconhecer que as coisas
extraordinárias que herdamos não são nossas para destruirmos. Há uma genealogia de
deveres que nos vincula àqueles que nos deram o que temos; e nossa preocupação
com o futuro é uma extensão dessa linhagem (SCRUTON, 2015, p. 39).
2.5 Progressismo
O progressismo é uma corrente política que busca a justiça, a igualdade e a liberdade
acima de tudo e, com um caráter reformista, propõe mudanças rápidas na sociedade tendo o
Estado como principal provedor dessas mudanças. Alguns pensadores que influenciaram essa
corrente política são Karl Marx, Michel Foucault, Herbert Marcuse e Jean-Paul Sartre. Essa
corrente de pensamento surge no século XVIII em oposição ao conservadorismo defendendo o
progresso baseado na razão, todavia nos séculos XIX e XX o progressismo se desmembrou em
vários movimentos políticos antagônicos entre si, como atenta Bobbio, Matteucci e Pasquino
(1998, p. 244). No contexto político atual, o progressismo costuma ser associado a política de
esquerda por levantar bandeiras de movimentos sociais ligados a minorias e à luta pelos direitos
civis, como o movimento negro, feminista, de direitos dos indígenas, ambientalista, dentre
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
102
outros. Nessa conjuntura o progressismo se aproxima da social democracia, corrente política
historicamente associada à centro-esquerda (MATTOS, 2016, p. 47-48).
Progressista é quem está mais preocupado com a justiça do que com a ordem. É quem
quer transformar o mundo, torná-lo mais igual, mais justo e mais livre. É quem
reconhece que a racionalidade pode estar também com os trabalhadores e as classes
médias, e que a justiça está geralmente – mas não necessariamente – com eles
(PEREIRA, 1985, p. 6).
2.6 Libertarianismo
O libertarianismo é uma corrente política que surge como uma alternativa aos
tradicionais pensamentos políticos ideológicos de direita e esquerda. Alguns pensadores que
influenciaram essa corrente política são Murray Rothbard, Ludwig von Mises, Hans-Hermann
Hoppe e Friedrich Hayek. Na obra Por uma nova liberdade: o manifesto libertário (2013),
Rothbard faz um apanhado sobre o que é o libertarianismo. A filosofia libertária gira em torno
de um princípio mínimo ético humano, o princípio da não-agressão (PNA): “nenhum homem
ou grupo de homens pode cometer uma agressão contra a pessoa ou a propriedade de qualquer
outro”. Outros conceitos fundamentam o PNA, como o conceito de direito de propriedade, que
é subdividido em autopropriedade, propriedade original e propriedade por negociação ou
doação; e o conceito de agressão, que aborda tanto agressão física como ameaça. A maior
diferença do libertarianismo para outras correntes políticas é como esse entende a figura do
Estado. Rothbard define o Estado, seja ele democrático, ditatorial, ou monárquico, como o
“agressor central, dominante e preponderante sobre todos esses direitos” (no caso os direitos de
liberdade e de propriedade). Assim o Estado comete atos que seriam vistos como crimes caso
qualquer outro indivíduo ou grupo de indivíduos que não seja o Estado cometessem, como o
ato de roubar, que é legalizado como “imposto”.
3. Metodologia
Para se chegar aos resultados, um questionário foi elaborado para os alunos da
Universidade Federal Fluminense e da Universidade Cândido Mendes em Campos dos
Goytacazes. Estudantes de todos os cursos da UFF participaram da pesquisa, ciências
econômicas, ciências sociais, psicologia, história, geografia, e serviço social; enquanto somente
os estudantes de direito e das engenharias responderam os questionários na UCAM, uma vez
que as secretarias dos demais cursos não enviou resposta à carta da pesquisa. As turmas foram
escolhidas aleatoriamente, podendo ter alunos tanto iniciando o curso como terminando-o. A
amostra foi calculada para que o nível de confiança da pesquisa fosse de 95%, com erro amostral
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
103
de 5%. Sendo assim, 355 alunos foram entrevistados na Universidade Federal Fluminense
(UFF), enquanto 306 foram entrevistados na Universidade Cândido Mendes (UCAM),
totalizando 661 alunos entrevistados. As entrevistas na UFF foram realizadas entre os dias 20
de abril e 4 de maio de 2018, e na UCAM entre os dias 25 e 31 de maio de 2018.
A primeira página do questionário apresenta perguntas pessoais como gênero, idade,
cor de pele, religião e moradia, sendo religião e idade perguntas abertas e as demais perguntas
fechadas. Já a segunda página do questionário apresenta 14 afirmativas referentes a questões
políticas, sociais e econômicas que devem ser respondidas em uma Escala Linkert, com as
alternativas concordo fortemente, concordo, não sei, discordo e discordo fortemente (ver
anexo).
Posteriormente as respostas dos alunos foram organizadas no programa IBM SPSS
Statistics, e estratificadas de acordo com as questões pessoais respondidas pelos próprios alunos
por meio de frequência e tabulação cruzada.
A segunda etapa da metodologia é a bússola política (Figura 1), elaborada para medir
a tendência política do estudante por uma média das respostas. A bússola política usada nesse
estudo é inspirada na bússola política do site political compass
(https://www.politicalcompass.org/) onde um modelo bidimensional classifica a opinião do
sujeito em um dos quatro quadrantes existentes. A bússola política desse estudo é dividida entre
os eixos horizontal direita-esquerda e vertical comunitarismo-liberalismo, formando os
quadrantes conservadorismo (direita comunitária), libertarianismo (direita liberal), socialismo
democrático (esquerda comunitária) e progressismo (esquerda liberal). O programa usado para
o desenho da bússola e para a tendência política dos alunos foi o QGIS Desktop.
As sete primeiras afirmações do questionário se movem no eixo vertical, enquanto as
sete últimas se movem no eixo horizontal. Respondendo que concorda fortemente ou discorda
fortemente de uma afirmativa, a posição do aluno se move +2 ou -2 na bússola; caso a resposta
seja concordo ou discordo, a posição do aluno se move +1 ou -1; e se não souber responder, a
posição do aluno permanece estática no lugar que está (0). As afirmativas 1, 2, 4 e 6, caso
recebessem respostas positivas, se moveriam para o lado liberal do eixo, já caso recebessem
respostas negativas, se moveriam para o lado comunitário do eixo. As afirmativas 3, 5 e 7, caso
recebessem respostas positivas, se moveriam para o lado comunitário do eixo, já caso
recebessem respostas negativas, se moveriam para o lado liberal do eixo. As afirmativas 8, 11,
13 e 14, caso recebessem respostas positivas, se moveriam para o lado direito do eixo, já caso
recebessem respostas negativas, se moveriam para o lado esquerdo do eixo. Por fim, as
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
104
afirmativas 9, 10, e 12, caso recebessem respostas positivas, se moveriam para o lado esquerdo
do eixo, já caso as respostas fossem negativas, se moveria para o lado direito (ver anexo).
Figura 1 - Bússola política.
Fonte: Própria (2018).
4. Resultados
Abaixo são apresentados os resultados de cada afirmativa como um todo, assim como
estratificados por universidade e pelas variáveis mais relevantes, ou seja, as variáveis que
houveram mais discrepância de resultados.
Tabela 1 - Resultados: maconha deve ser legalizada em todos os casos.
Maconha deve ser legalizada em todos os casos.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
26%
30%
16%
16%
12%
UFF
36%
27%
18%
10%
9%
UCAM
15%
34%
14%
21%
16%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 1 revela que a maioria dos estudantes tende a ser favorável à legalização da
maconha em todos os casos. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
105
Tabela 2 - Resultados: casais homossexuais devem ter os mesmos direitos que casais
heterossexuais.
Casais homossexuais devem ter os mesmos direitos que casais heterossexuais.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
58%
23%
7%
6%
6%
UFF
70%
18%
5%
4%
3%
UCAM
44%
30%
9%
9%
8%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 2 revela que a maioria dos estudantes tende a ser favorável aos direitos de
casais homossexuais serem os mesmos de casais heterossexuais. Não houve resultados
expressivos nas demais estratificações.
Tabela 3 - Resultados: pena de morte deve ser uma opção em alguns casos.
Pena de morte deve ser uma opção em alguns casos.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
11%
18%
17%
21%
33%
UFF
6%
12%
18%
20%
44%
UCAM
16%
25%
15%
23%
21%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 3 revela que a maioria dos estudantes tende a ser contrária à inserção da
pena de morte. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Tabela 4 - Resultados: aborto deve ser legalizado em todos os casos.
Aborto deve ser legalizado em todos os casos.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
26%
16%
9%
25%
24%
UFF
40%
15%
11%
18%
16%
UCAM
11%
18%
7%
32%
32%
Homens
29%
27%
12%
27%
29%
Mulheres
19%
23%
6%
23%
19%
Economia
Psicologia
S.S.
4
História
Geografia
C.S.
5
Engenharia
Direito
24%
48%
24%
50%
26%
56%
7%
30%
17%
21%
6%
12%
11%
20%
10%
27%
9%
12%
6%
13%
17%
7%
9%
5%
30%
9%
36%
8%
22%
11%
38%
24%
19%
9%
26%
17%
24%
5%
36%
14%
Cristãos
14%
13%
9%
31%
32%
Não Cristãos
45%
21%
9%
13%
10%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 4 revela que a maioria dos estudantes tende a ser contrária a legalização do
aborto em todos os casos. Em relação ao gênero, a tendência é que os homens sejam contrários
4
S.S.: Serviço Social
5
C.S.: Ciências Sociais
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106
enquanto as mulheres a favor. Em relação aos cursos, a maioria dos estudantes de engenharia,
serviço social, geografia e economia se posicionam contrários a pauta, em contrapartida, os
alunos de história, direito, psicologia e ciências sociais tendem a ser favoráveis. A pesquisa
aponta também que a estratificação por religião demonstra uma divergência grande. Alunos
cristãos, em suas inúmeras variações (cristãos, católicos, protestantes e evangélicos) tendem a
ser contra a legalização do aborto enquanto alunos não cristãos (ateus, agnósticos, adeptos de
religiões de matriz africana, sem religião, e demais religiões minoritárias) tendem a ser à favor.
Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Tabela 5 - Resultados: a imigração no meu país deve ser controlada.
A imigração no meu país deve ser controlada.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
13%
37%
25%
16%
9%
UFF
7%
25%
30%
23%
13%
UCAM
19%
51%
20%
8%
2%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 5 revela que a maioria dos estudantes tende a ser favorável ao controle da
imigração. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Tabela 6 - Resultados: prostituição deve ser legalizada.
Prostituição deve ser legalizada.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
7%
20%
28%
22%
23%
UFF
9%
22%
33%
13%
23%
UCAM
4%
18%
21%
33%
24%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 6 revela que a maioria dos estudantes tende a ser contrária à legalização da
prostituição. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Tabela 7 - Resultados: o governo deve aumentar as despesas militares.
O governo deve aumentar as despesas militares.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
6%
15%
33%
30%
16%
UFF
4%
9%
31%
33%
23%
UCAM
9%
23%
34%
27%
7%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 7 revela que a maioria dos estudantes tende a ser contrária ao aumento das
despesas militares. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
107
Tabela 8 - Resultados: o porte de armas de fogo deve ser legalizado.
O porte de armas de fogo deve ser legalizado.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
8%
14%
7%
24%
47%
UFF
3%
7%
7%
20%
63%
UCAM
14%
22%
8%
28%
28%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 8 revela que a maioria dos estudantes tende a ser contrária a legalização do
porte de ama de fogo. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Tabela 9 - Resultados: o governo deve distribuir a riqueza dos ricos para os pobres.
O governo deve distribuir a riqueza dos ricos para os pobres.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
18%
25%
21%
24%
12%
UFF
25%
28%
23%
18%
6%
UCAM
10%
21%
18%
32%
19%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 9 revela que a maioria dos estudantes tende a ser a favor da distribuição de
riqueza dos ricos para os pobres. Existe uma tendência que os alunos da UCAM se posicionem
contrários a essa afirmação, enquanto os da UFF se posicionem favoráveis. Não houve
resultados expressivos nas demais estratificações.
Tabela 10 - Resultados: saúde e educação devem ser bancadas pelo governo.
Saúde e educação devem ser bancadas pelo governo.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
75%
19%
2%
3%
1%
UFF
82%
14%
1%
2%
1%
UCAM
66%
26%
2%
4%
2%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 10 revela que a maioria dos estudantes tende a ser favorável a
obrigatoriedade do governo de fornecer os serviços de saúde e educação. Não houve resultados
expressivos nas demais estratificações.
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
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Tabela 11 - Resultados: a iniciativa privada geralmente aloca melhor recursos que o poder
público.
A iniciativa privada geralmente aloca melhor recursos que o poder público.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
16%
37%
24%
15%
8%
UFF
12%
28%
25%
22%
13%
UCAM
20%
48%
22%
8%
2%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 11 revela que a maioria dos estudantes tende a ser favorável a ideia de que a
iniciativa privada aloca melhor recursos que o poder público. Não houve resultados expressivos
nas demais estratificações.
Tabela 12 - Resultados: taxar produtos estrangeiros é uma boa maneira de proteger a indústria
nacional.
Taxar produtos estrangeiros é uma boa maneira de proteger a indústria nacional.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
6%
35%
28%
21%
10%
UFF
4%
28%
37%
21%
10%
UCAM
9%
43%
17%
22%
9%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 12 revela que a maioria dos estudantes tende a ser favorável a taxação de
produtos estrangeiros para proteger as indústrias nacionais. Não houve resultados expressivos
nas demais estratificações.
Tabela 13 - Resultados: a principal função da educação é preparar a próxima geração para o
mercado de trabalho.
A principal função da educação escolar é preparar a próxima geração para o mercado de
trabalho.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
16%
30%
8%
30%
16%
UFF
7%
21%
9%
38%
25%
UCAM
28%
40%
7%
20%
5%
Homens
20%
36%
10%
23%
13%
Mulheres
13%
27%
7%
35%
18%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 13 revela que um resultado simetricamente dividido entre os estudantes
quando a questão é a principal função da educação escolar. Enquanto a maioria dos estudantes
da UFF e das mulheres tende a discordar que a principal função da educação é preparar a
próxima geração para o mercado de trabalho, a maioria dos estudantes da UCAM e dos
homens tende a ser a favor. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
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Tabela 14 - Resultados: impostos devem ser reduzidos.
Impostos devem ser reduzidos.
Variável
CF
C
NS
D
DF
Total
57%
32%
6%
3%
2%
UFF
50%
34%
9%
4%
3%
UCAM
66%
29%
2%
2%
1%
Fonte: Própria (2018).
A Tabela 14 revela que a maioria dos estudantes tende a ser favorável a redução dos
impostos. Não houve resultados expressivos nas demais estratificações.
A Figura 2 revela o resultado separado da bússola política das duas universidades
agrupando os resultados finais de seus respectivos estudantes. Já a Figura 3 traz a união dos
resultados das duas universidades. Como os resultados da bússola foram feitos a partir de um
mapa de calor, a Figura indica que, quanto mais escuro é o tom da cor, maior é o agrupamento
de estudantes na posição, à medida que, quanto mais claro é o tom da cor, menor é o
agrupamento de estudantes.
Figura 2 - Bússola da UFF e da UCAM.
Fonte: Própria (2018).
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
110
Figura 3 - Resultado final da bússola política.
Fonte: Própria (2018).
5. Considerações finais
De acordo com os resultados apresentados, percebe-se duas tendências de
pensamento político dos estudantes universitários com até 25 anos de idade das duas
instituições abordadas em Campos dos Goytacazes-RJ. A primeira tendência visualizada na
bússola política é uma concentração no centro do espectro político com leves desvios para uma
corrente política seja à direita ou à esquerda, seja liberal ou comunitária. No entanto o
conservadorismo e o progressismo são as correntes que melhor se adequam as opiniões dessa
parcela de alunos, embora sejam totalmente opostas. É provável que a maioria desses estudantes
não se identifique totalmente com nenhuma corrente política, no entanto não deixam de ter suas
opiniões próprias sobre assuntos isolados. A segunda tendência é uma forte concentração de
estudantes na ala progressista da bússola política que se aproxima dos extremos do eixo liberal.
É provável que a maioria desses estudantes estejam convictos sobre as posições que adotam e
sobre quais pensamentos políticos defendem seus ideais, embora muitos não necessariamente
usem o termo “progressista” como identificação. De forma geral, pode-se dizer que o perfil
populacional usado como objeto de estudo na pesquisa tende a simpatizar com ideias
progressistas e ideias de centro.
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
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Como sugeriu a hipótese, existe uma discrepância de resultados entre alunos da
instituição pública e alunos de uma instituição privada. Grande parcela dos estudantes que na
bússola política tenderam para a corrente progressista cursam a UFF, enquanto a maior parcela
de alunos que tiveram seus resultados aglomerados no centro da bússola com algum desvio para
qualquer lado, cursam a UCAM.
6. Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Reinaldo. A juventude brasileira é de direita. Veja. 28 jul. 2008. Disponível
em: <http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/a-juventude-brasileira-e-de-direita/>. Acesso em
28 mai. 2017.
BOBBIO, Noberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política.
Trad. Carmen C. Varriale, Gaetano Lo Mônaco, João Ferreira, Luís Guerreiro Pinto Cacais e
Renzo Dini. 11ª ed. Brasília: Editora UNB, 1998. Tradução de: Dictionary of Politics.
BOBBIO, Noberto. Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política.
Trad. Marco Aurélio Nogueira. 2ª ed. São Paulo: Editora UNESP, 2001. Tradução de: Left and
Right: The Significance of a Political Distinction.
CARVALHO, Olavo de. Direita e esquerda, origem e fim. Diário do Comércio. São Paulo,
nov. 2005. Disponível em: <http://www.olavodecarvalho.org/direita-e-esquerda-origem-e-
fim/>. Acesso em: 06 abr. 2017.
COUTINHO, João Pereira. As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e
reacionários. São Paulo: Editora Três Estrelas, 2014.
DATAFOLHA. Intenção de voto para prefeito do Rio de Janeiro – Instituto Datafolha –
Outubro de 2016. 2016. Disponível em:
<http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2016/10/c33a8eac0b4f019c94af2dcade08b2f3b577a
01b.pdf>. Acesso em 28 mai. 2017.
GONÇALVES, Gisela. Comunitarismo ou Liberalismo?. Set. 1998.
MACHADO, Leandro. Por que 60% dos eleitores de Bolsonaro são jovens?. BBC Brasil.
Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/brasil-41936761>. Acesso em 22 mar. 2018.
MATTOS, Alessandro Nicoli de. O livro urgente da política brasileira: um guia para
entender a política e o Estado no Brasil. 1ª ed. Ago. 2016.
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
112
PEREIRA, Luiz Bresser. Economia conservadora e economia progressista. Rev. Economia
Política, v. 5, n. 4, out./dez.1985.
RODRIGUES, Alan. O que os jovens pensam sobre a política. IstoÉ. 29 ago. 2014.
Disponível em
<http://istoe.com.br/380009_O+QUE+OS+JOVENS+PENSAM+SOBRE+A+POLITICA/>.
Acesso em 28 mai. 2017.
ROTHBARD, Murray N. Por uma nova liberdade: o manifesto libertário. Trad. Rafael de Sales
Azevedo. 2ª ed. São Paulo: Editora Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2013. Tradução de: For a New
Liberty: The Libertarian Manifesto.
SCRUTON, Roger. Como ser um conservador. Trad. Bruno Garschagen. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Editora Record, 2015. Tradução de: How to be a conservative.
THOMAS, Norman. Democratic socialism: a new appraisal. 1953.
TONET, Ivo. Socialismo e democracia. 1997.
Anexo
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PESQUISA SOBRE A OPINIÃO POLÍTICA DA JUVENTUDE
Data: ____________________________________________________________________
Cidade: Campos dos Goytacazes
1. Instituição de Ensino: ____________________________________________________
2. Curso: _________________________________________________________________
3. Gênero:
1.(...) Masculino
2.(...) Feminino
4. Idade: _______ anos
5. Cor:
1.(...) Branco
2.(...) Pardo
3.(...) Negro
4.(...) Amarelo
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
113
5.(...) Outra
6. Religião:________________________________________________________________
7. Em qual cidade você reside (cidade que você vive a maior parte do tempo)?
1.(...) Campos dos Goytacazes
🡺
Vá para a questão 8
2.(...) Outra
🡺
Vá para a questão 9
8. Qual motivo de você residir em Campos?
1.(...) Estudo
🡺
Vá para a questão 10
2.(...) Trabalho
🡺
Vá para a questão 10
3.(...) Residência fixa
🡺
Vá para a questão 10
4.(...) Outro
🡺
Vá para a questão 10
9. Com que frequência você vem a Campos para estudar?
1.(...) 6 vezes por semana
2.(...) 5 vezes por semana
3.(...) 4 vezes por semana
4.(...) 3 vezes por semana
5.(...) 2 vezes por semana
Revista Mundo Livre, Campos dos Goytacazes, v.5, n.2, p. 97-114, ago/dez 2019
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QUESTIONÁRIO
10. Responda as afirmativas do questionário de acordo com a legenda abaixo:
Legenda:
CF = Concordo fortemente
C = Concordo
NS = Não sei
D = Discordo
DF = Discordo fortemente
Afirmativas
CF
C
NS
D
DF
1. Maconha deve ser legalizada.
2. Casais homossexuais devem ter os mesmos direitos
que casais heterossexuais.
3. Pena de morte deve ser uma opção em alguns casos.
4. Aborto deve ser legalizado em todos os casos.
5. A imigração no meu país deve ser controlada.
6. Prostituição deve ser legalizada.
7. O governo deve aumentar as despesas militares.
8. O porte de armas de fogo deve ser legalizado.
9. O governo deve distribuir a riqueza dos ricos para
os pobres.
10. Saúde e educação devem ser bancadas pelo
governo.
11. A iniciativa privada geralmente aloca melhor
recursos que o poder público.
12. Taxar produtos estrangeiros é uma boa maneira de
proteger a indústria nacional.
13. A principal função da educação escolar é preparar a
próxima geração para o mercado de trabalho.
14. Impostos devem ser reduzidos.
