ESTUDO GERACIONAL APLICADO AO GRUPO DE ORIENTADORES EDUCACIONAIS DE SÃO JOÃO DA BARRA COMO ESTRATÉGIA PARA REDUÇÃO DE CONFLITOS NO AMBIENTE EDUCACIONAL*
GENERATIONAL STUDY APPLIED TO THE GROUP OF EDUCATIONAL ADVISERS IN SÃO JOÃO DA BARRA AS A STRATEGY FOR REDUCING CONFLICTS IN THE EDUCATIONAL ENVIRONMENT.
PURL:purl.oclc.org/r.ml/v6n1/a3
Cláudio Adão Moraes Andrade†
Resumo
Este artigo apresenta a síntese de uma pesquisa bibliográfica e aplicação de oficina formativa voltada à teoria das gerações. O objetivo, alcançado parcialmente de forma satisfatória, junto a 25 Orientadores Educacionais, foi aumentar o cabedal de recursos analíticos do profissional que precisa compreender as diferenças na criação de sentidos que incidem sobre as ações e reações do alunado. E dessa forma, ser mais um repertório estratégico na gestão de conflitos e compreensão das diferenças no contexto das relações pautadas na pluralidade. A aplicação da oficina foi inspirada no método cooperativo de aprendizagem Jigsaw, estando dentro dos pressupostos da metodologia ativa.
Palavras chave: teoria geracional, gestão de conflito, jigsaw.
Abstract
This article presents the synthesis of a bibliographical research and application of a formative workshop focused on the theory of generations. The objective, partially achieved in a satisfactory way, with 25 Educational Advisors was to increase the analytical resources of the professional who needs to understand the differences in the creation of meanings that affect the actions and reactions of the student. And thus, to be another strategic repertoire in the management of conflicts and understanding of differences in the context of relationships based on plurality. The application of the workshop was inspired by the cooperative method of Jigsaw learning, being within the assumptions of the active methodology.
Keywords: theory generational, conflict management, jigsaw
1. Introdução
O Profissional de Orientação Educacional tem, entre muitas atribuições, a função de gerir conflitos, atuando de forma preventiva e interventiva junto a alunos, funcionários das instituições educacionais, responsáveis legais e comunidade onde a escola está inserida (GIACAGLIA; PENTEADO, 2015). O que é um dos grandes desafios no processo de escolarização na modernidade, pois a regularidade e intensidade desses conflitos acarretam grandes prejuízos ao projeto de formação cidadã.
Para desenvolver essa prerrogativa regimental da função, é fundamental estudar as diferenças comportamentais, não só sob o viés psicológico, nem reduzindo os fenômenos às predisposições biológicas condicionadas pelas químicas internas dos indivíduos, mas, considerando tudo isso, é fundamental inserir na reflexão a influência das relações sociais, econômicas e culturais, num movimento dialético capaz de produzir sentido a partir de sua intercessão junto aos fenômenos históricos. Uma vez que esses acontecimentos auxiliam na formação do lastro social e solidariedade que, segundo Durkheim (1995), evita a instauração do estado de anomia‡.
Cada época está inserida num contexto e numa rede de acontecimentos que formatam moralidades, e, como aponta o sociólogo Durkheim, a moral impõe-se ao indivíduo por meio do fato social que “[...] consiste em modos de agir, pensar e sentir externo ao indivíduo, que são investidos com um poder coercivo capaz de exercer um controle sobre o mesmo.” (DURKHEIM, 1995)
Para não incorrermos no risco de reproduzir a antinomia indivíduo/sociedade sustentada pelo determinismo estruturalista, nem sermos intransigentes em relação aos múltiplos lugares de fala, valemo-nos do conceito de habitus cunhado por Bourdieu (2011). Considerando as tendências organizativas das formas pelas quais cada indivíduo capta, internaliza, apreende e dá sentido às realidades que o cerca (sentir/pensar/agir), reagindo a partir de uma psique operacionalizada pelos acontecimentos relacionados à cultura grupal e história pessoal de cada grupo social em seus respectivos territórios.
2. Referencial teórico
Essa aplicação utilizou o método cooperativo denominado Jigsaw desenvolvido por Elliot Aronson et al., em 1974. Nessa abordagem os objetivos da aprendizagem significativa são trabalhados em grupo de especialistas divididos por temas, ou especialidades, de forma que cada participante, integrado a pesquisa é provocado pela reflexão: questiona, tece comentários, faz explanações, toma nota, se torna especialista e posteriormente socializa o aprendizado com os outros grupos que fazem o mesmo. (TEODORO et al., 2019; COCHITO, 2004; JOHNSON, 1998; JOHNSON,1999)
Na finalidade de classificar, encontrar regularidades e traçar características geracionais, foram utilizados estudos dos autores: Jacques et. al (2015), Novaes (2018), Andrade et. al (2012) e Santos (2010), dentre outros.
O trabalho utilizou Neto e Franco (2010) para retratar conflitos oriundos das características geracionais no ambiente pedagógico. Os autores propõem um eixo de formação continuada que contemple as peculiaridades de cada grupo geracional com a finalidade de transformar conflito em confluência ao sugerir uma postura pedagógica aberta à inserção de novas linguagens e compreensão das diferenças. Fenômeno que escolhemos chamar de “empatia pedagógica”.
Pensar numa escola relevante transcende questões de cunho exclusivamente metodológico. Segundo Morin (2001 apud ESTRADA, 2009, p. 86), é preciso pensar sob um novo paradigma que contemple os “quadros gnoseológicos” (pensamento da realidade) e ontológicos (natureza da realidade). O autor propõe uma epistemologia estruturada na pluralidade e complexidade dos sistemas físicos, biológicos e antropossociológicos, produzindo uma nova racionalidade que ele chamou de razão aberta. E é sob a perspectiva da teoria da complexidade que a atividade foi realizada.
Cada
período histórico é marcado por acontecimentos
que contribuem com a formação de valores. No campo
científico, esses fenômenos são chamados de
paradigmas, que Segundo Vasconcelos (2002), significa padrão.
Ou seja, esses paradigmas estruturam as formas de se internalizar a
realidade e agir sobre o meio. Sendo determinado dialeticamente
pelas condições materiais dos homens. Nas sociedades
mais remotas, o desafio dos homens era decodificar a natureza,
e
para isso usava o mito como modelo explicativo. Pensar num planeta
plano possibilitava a criação de narrativas
determinadas pela leitura que se fazia da realidade. Embora as
teorias geracionais não configurem paradigmas, seguem a mesma
lógica de aplicação.
Segundo Viana et. al (2013), foi em 1950 que o estudo sobre gerações foi introduzido na teoria sociológica, partindo da ideia de que as gerações são compostas por grupos de indivíduos que compartilham historicamente as mesmas tradições, culturas, e experiências sociais. Fatores que hipoteticamente criariam tendências e características, comportamentos e subjetividades. A exposição ao mesmo contexto condiciona uma predisposição na formação de valores, criação de sentidos, e interação social, fazendo com que os grupos etários desenvolvam similaridades.
Existem várias definições e formas de se classificar as gerações. O dicionário Aurélio afirma que elas duram cerca de 25 anos. No entanto, os estudiosos como Jacques et. al (2015), ao considerarem os estímulos tecnológicos, concebem a gênese de uma nova geração a cada 10 anos no contexto atual. Uma vez que a dinâmica de 10 anos cumpre as exigências de ter em comum, uma época de nascimento, compartilhamento de fenômenos sociais condicionantes, atribuindo sentidos convergentes aos acontecimentos históricos, gerando uma consciência comum permanente, como requer Mannheim (1982).
É importante salientar que as gerações antigas, vivas, passam pelas experiências das novas. Ou seja, um Baby Boomer vivo passou pelas experiências constitutivas das gerações X, Y e Z, no entanto, cada uma internaliza os fenômenos atribuindo sentidos peculiares. Um membro da geração Z desconhece as sensações históricas vividas pelas anteriores. E também é possível ver exceções onde um membro da geração X tem comportamento da Z, enquanto um membro da geração Z tem comportamento típico da X. De forma que as fronteiras ganham outras conotações e classificações mais sofisticadas. O que enriquece a abordagem das ciências sociais.
Gramsci (1978 apud GRABOWSKI, 2014) evidenciou que o fordismo captou o caráter pedagógico no processo de valorização do capital que se expandia a partir das relações de produção, fomentando uma subjetividade que afetava diretamente os modos de vida, atitudes, valores e a criação de sentido nas relações sociais. A transformação desencadeada pela produção racionalizada reestrutura o seu entorno, exigindo uma nova versão de homem. Uma versão adequada às exigências inauguradas pelos novos tipos de produção. Sendo assim, a educação formal também precisava se readaptar para formar a partir dessa nova versão demandada pela sociedade.
O processo educativo carecia contemplar as novas realidades dando conta de desenvolver competências específicas voltadas à automação de base eletromecânica. O que implicava, no período em questão, uma alienação de todo o processo produtivo, pois o profissional para aquele mundo não precisava dispor de sua capacidade intelectual e criativa no desempenho de suas funções. Para Kuenzer (1985 apud GRABOWSKI, 2014, p. 52), “é neste sentido que a hegemonia, além de expressar uma reforma econômica, assume as feições de uma reforma intelectual e moral”, e cada geração sustenta um conjunto de valores, atitudes e comportamentos hegemonizados em todas as suas instâncias, especialmente a pedagógica.
Logo, compreender as diferenças e características específicas de cada grupo geracional demanda uma interlocução analítica totalizante que permite pensar os pressupostos metodológicos, vieses institucionais e ações, tanto individuais como coletivas, respeitando o caráter complexo de sua gênese.
3. Tipos Geracionais
Baby Boomer
São filhos da geração tradicional (veterana) recém-saída da segunda guerra mundial que dizimou mais de 50 milhões de pessoas. Como se subentende a partir da própria nomenclatura, houve uma explosão de bebês. Segundo Andrade et. al (2012), essa geração é composta por pessoas nascidas entre 1946 e 1964 e ingressaram no mercado de trabalho entre 1965 e 1985. Os mais novos estão com cerca de 56 anos. E os mais velhos, com até 74 anos (em 2020), já estão fora do mercado de trabalho formal.
Essa geração foi impactada pela difusão da comunicação através do rádio implantado na década de 1920. Roquete Pinto, entusiasmado com o seu advento no Brasil escreveu na obra Seixos Rolados:
Nós que assistimos à aurora do rádio sentimos o que deveriam ter sentido alguns dos que conseguiram possuir e ler os primeiros livros. Que abalo no mundo moral! Que meio para transformar o homem, em poucos minutos, se o empregar com boa vontade, alma e coração! (MOREIRA, 1991, p. 16)
Além do rádio, os boomers experimentam o frisson da implantação da TV no Brasil em setembro de 1950. Em virtude de seus efeitos sociais, segundo Mattos (2007, p. 34) surgem em 1960 os primeiros estudos acadêmicos sobre o assunto. Porém, a geração mais impactada por esse eletrodoméstico foi a de seus filhos (Y).
No período etário de formação dos boomers, a concepção de mundo é influenciada por esses meios de comunicação além de revistas, livros, jornais, cinema, telefone e teatro que já estavam em voga no Brasil.
Geração X
Nascidos entre 1965 e 1978, são hiperestimulados pela TV. Majoritariamente filhos da geração boomer entre si. Segundo Novaes (2018, p. 5) aprenderam a buscar independência financeira pessoal, dando mais valor aos objetivos pessoais do que aos organizacionais. Sabem trabalhar tanto em grupo como individualmente.
Essa geração surgiu num período de acirradas crises e revoluções, principalmente a ditadura civil militar instaurada no Brasil a partir de 1964. Melo, Santos e Souza (2013 apud NOVAES, 2018, p. 5) lembram que a geração X enfrentou as altas taxas de juros e instabilidade econômica da década de 1980, o que fez com que seus membros buscassem salários mais satisfatórios e melhor qualidade de vida com os recursos que dispunham.
Os mais novos estão com cerca de 42 anos e os mais velhos, 55. São, portanto, profissionais que estão na ativa e, em virtude do tempo de trabalho, possuem uma vasta experiência.
Geração Y
Nascidos entre 1979 e 1992, tendo em média entre 27 e 40 anos, essa geração, também chamada de Millennials, ou da internet, compõe o maior percentual da população economicamente ativa.
Embora
o primeiro computador importado dos EUA tenha chegado ao Brasil no
final de 1950, e o Brasil tenha produzido o primeiro exemplar
nacional em 1972, por meio da USP, foi somente em 1984 com a criação
da Política Nacional de Informática (Lei nº
7.232), que houve um grande aumento na taxa de crescimento ao ponto
de afetar de forma relevante as relações, criando
fenômenos sociais singulares (DANTAS, 1988). Essa geração
acompanhou a TELERJ inaugurar a primeira rede de telefonia celular
do Brasil, no Rio de Janeiro em 1990.
Somando a inserção do computador e do celular na sociedade, em 1988 surgem as primeiras conexões de internet quando o Laboratório Nacional de Computação Científica, situado no Rio de Janeiro, consegue acessar à Binet por meio de conexão de 9600 bits por segundo estabelecida com a Universidade Maryland (GUIZZO, 1999). Várias universidades brasileiras conseguiram conexão através de pontos no exterior. Mas é apenas em 1994 que a internet rompe o universo acadêmico e se populariza, segundo Vieira (2018) e como registra o Jornal Folha de São Paulo de 17 de julho do mesmo ano: “nasce uma nova forma de comunicação que ligará por computador milhões de pessoas em escala planetária”.
Tal fenômeno levará as gerações Baby Boomer, X e Y a uma experiência reestruturante com as tecnologias da informação. Segundo os estudiosos do tema, entre as gerações que serão obrigadas a fazer a imigração digital, a Y foi a que, majoritariamente, melhor se adaptou à nova demanda. Jacques et. al (2015) fazem uma leitura cumulativa das características dessa geração, ela teria a ética de trabalho em equipe, tão cara aos boomers, com a autoestima dos veteranos (1925-1945), e a segurança que a geração X tinha diante da tecnologia de seu tempo.
É fundamental salientar que a geração Y enfrenta o acirramento da crise do modelo familiar com divisão clássica de trabalho, pois as mulheres, suas mães, conquistaram maior espaço no mercado. Dessa forma eles são educados por creches, babás e pela TV (NOVAES, 2018, p. 6).
Essa é a geração impactada por um período anterior que se construiu a partir de um cabedal de capital cultural em prol das liberdades individuais, pois lutava contra o regime de exceção. Surgiu no período de redemocratização do país, acompanhou a elaboração da Constituição Federal de 1988 e viu a queda do Muro de Berlim em 1989.
Geração Z/Alfa
Para que a compreensão fique mais didática, tomaremos a noção de Patela (2016), que situa a geração Z entre os anos 1995 e 2009, e a Alfa de 2010 em diante. Logo, em relação a Z, os mais novos teriam 11 anos e os mais velhos cerca de 25 anos. Enquanto a Alfa seria composta por crianças de até 10 anos de idade, sendo as duas, o público alvo da educação, abrangendo desde a educação infantil até a graduação.
O termo, geração Z, se deve à primeira letra da palavra zapear, que significa trocar canais da TV rapidamente. A geração Alfa, totalmente imersa nas novas tecnologias, com estímulo e exposição precoces, tem sido caracterizada como mais independente com acentuado potencial para resolver problemas.
Segundo Nicolaci-da-Costa (2004), a imersão na tecnologia própria da telefonia celular, tem produzido alterações psicológicas como: “dilatação da autonomia, liberdade e privacidade” (Ibid, p. 165). O que estaria acontecendo com a geração Z e se intensificando com a próxima, a geração Alfa, considerada a mais inteligente de todas em virtude da imersão num quantitativo de estímulos sem precedentes. Essa segunda ainda é muito jovem, por isso os dados são mais escassos.
Os membros dessa geração (Z/Alfa) têm facilidade para aprender de forma rápida, são críticos, exigentes, autodidatas, não são adeptos às hierarquias, gostam de flexibilidade no horário e tem dificuldade de concentração. Não conseguem conceber um mundo sem as tecnologias da informação. Com a popularização dos smartphones na segunda metade de 1990 e a democratização e expansão do acesso à internet, a geração Z foi classificada como nativa digital. E essa geração, que se encontra em idade escolar (Z/Alfa), também compõe os jovens que estão entrando no mercado de trabalho atualmente (PATELA, 2016).
Pensando a educação sob o viés da teoria geracional
Cada geração dialoga com os modelos de produção capitalista nos seus respectivos períodos. E a educação de cada época também reproduz a demanda de seu tempo, interagindo constantemente com o mundo do trabalho.
A geração veterana e a Boomer viveram na ascensão do Fordismo que estimulava a produção e o consumo em massa, extrema especialização do trabalho, rígida padronização da produção e linha de montagem. A geração X, passa pela transição entre o Fordismo e o modo de produção Toyotista. No entanto como o processo de industrialização do Brasil foi tardio, o impacto do Toyotismo foi transferido para a geração Y.
O Toyotismo surgiu nas unidades fabris da Toyota em 1950, e apregoa a produção flexível. O trabalhador precisa se qualificar constantemente, sendo polivalente e podendo atuar em diversos setores da cadeia produtiva. Diferente do Fordismo, onde o operário precisava se especializar unicamente em seu ofício, agora é essencial transitar entre variadas funções, consoante a necessidade específica de cada momento.
Outro importante modelo de produção foi o Volvismo, originário da índia nos anos de 1960. No entanto, como essas classificações são mais pertinentes aos países industrializados, não nos aprofundaremos nessa interlocução. É suficiente entender que as gerações sofreram influências formativas desses modelos de produção, e hoje, a geração Z, foco dessa pesquisa, se encontra na fase de flexibilização e precarização do trabalho, própria do capitalismo financeiro monopolista. Assim, nas palavras de Braverman.
A necessidade de ajustar o trabalhador ao trabalho em sua forma capitalista, de superar a resistência natural intensificada pela tecnologia mutável e alternante, relações sociais antagônicas e a sucessão de gerações, não termina com a 'organização científica do trabalho', mas se torna um aspecto permanente da sociedade capitalista (BRAVERMAN, 1980, p. 124).
Como afirma Andrade (2019), na atual fase do capitalismo, também classificada como capitalismo monopolista/rentista, o trabalho é precarizado e os direitos trabalhistas são ameaçados. A automação e a tecnologia se tornam o grande desafio da educação.
4. Metodologia
Na primeira parte do trabalho, foi desenvolvida a pesquisa bibliográfica para elaboração de uma tabela prática, retratando as gerações, Baby Boomer, X, Y Z e Alfa por meio de:
Fenômenos históricos;
Ideias predominantes;
Processo educacional;
Relação com a tecnologia
Comportamento profissional;
Relação com a ideia de hierarquia;
Noção de velocidade;
Legislação e programas capazes de sintetizar evidências da mentalidade de cada geração.
A abordagem de cunho qualitativo foi essencial para investigar percepções imateriais e captar associações entre fenômenos e comportamentos, a fim de se compreender as estruturas organizacionais de cada período.
Partindo da hipótese de que compreender as diferenças sob a perspectiva dos estudos geracionais pode qualificar o Orientador Educacional na gestão de conflitos, o trabalho sustentou como objetivo, desenvolver a habilidade de identificar traços geracionais e agir de forma consciente considerando o lugar de construção de sentido diferente entre os alunos e a equipe educacional. Defendendo a prerrogativa de que as diferenças devem nos complementar e não nos isolar.
O método cooperativo de aprendizagem Jigsaw possibilitou dividir os 25 Orientadores Educacionais em 05 grupos de especialistas, cada um com 05 integrantes:
Grupo 01: Geração Baby Boomer;
Grupo 02: Geração X;
Grupo 03: Geração Y;
Grupo 04: Geração Z;
Grupo 05: Geração Alfa.
5. Etapas da aplicação
Todos os Orientadores Educacionais receberam, via e-mail, o material de estudo, duas semanas antes do encontro de formação. Este material continha uma pequena introdução sobre os estudos geracionais, e uma tabela maior com dados comparativos pontuais para leitura.
No dia da realização, cada membro dos 05 grupos de especialistas recebeu uma atribuição, como instrui o método Jigsaw:
O redator- Registrou as conclusões e/ou divergências em meio às discussões;
Mediador- Organizou a participação de cada membro da equipe;
Relator (02 membros) - Responsável por fazer na plenária a exposição do que foi trabalhado no grupo;
Curinga- Podia acionar os coringas dos outros grupos, após 20 minutos de discussão e também podia transmitir ao ministrante da formação as dúvidas e pedir orientações.
Essa configuração foi importante para que cada integrante do grupo pudesse contribuir desenvolvendo uma função, além de assumir compromisso autonomamente com a construção das reflexões de forma que informações viraram conhecimento por meio de uma metodologia ativa.
O trabalho foi planejado para uma formação com duração média de 02 horas, mas sua execução durou 02 horas e 28 minutos. Primeiro houve uma explanação de 25 minutos, depois a equipe foi disposta em grupos de especialistas. Cada pessoa integrou dois grupos de especialistas, pois, como foi combinado, após 40 minutos, os grupos seriam reorganizados e cada um poderia escolher entrar num grupo (tema) que não tivesse participado ainda. A conclusão, com explanação dos relatores, durou 30 minutos.
A tabela defrontou com cada geração abordada: fenômenos históricos, ideias predominantes de cada contexto, mentalidade profissional compartilhada, foco educativo, modais tecnológicos, legislações vigentes, relação com o tempo/velocidade, construção de perfil profissional e forma de se relacionar com a hierarquia, dentre outros elementos importantes para se problematizar o conflito geracional.
A análise da Tabela 1 evidencia que existe um movimento histórico que se alimenta da velocidade proporcionada pela tecnologia que otimiza os processos e reinventa a noção de distância e espaço. Ela parte, dialeticamente, da formalidade para informalidade. A noção hierárquica vai se diluindo. Obter resultado passa a ser mais importante do que seguir o longo e burocrático caminho das estratificações.
É nítido como o coletivismo vai cedendo lugar a um, individualismo estruturante. Numa metáfora darwiniana, é possível dizer que saímos do estado sólido, estamos passando pelo líquido, em estado de ebulição, rumo ao gasoso. No entanto, essas transformações não devem ser classificadas como evolução social, pois, ainda que a tecnologia evolua de forma linear, as relações sociais continuam sendo contraditórias e segue com avanços e retrocessos, independente das realidades materiais.
(continua)
QUADRO GERACIONAL |
|||||
GERAÇÃO |
BABY BOOMER |
X |
Y |
Z |
ALFA (Z) |
|
IDEALISTAS |
REATIVOS |
CÍVICOS |
ADAPTÁVEIS |
HÍBRIDOS |
ANO DE NASCIMENTO |
946-1964 |
1965- 1978 |
1979-1992 |
1993-2009 |
2010 EM DIANTE |
FENÔMENOS HISTÓRICOS |
* Fim da II guerra mundial; |
* Movimento hippie; |
* Revolução tecnológica; |
*Democratização dos bens de consumo; |
*Intensificação das relações virtuais; |
* Crescimento populacional e econômico; |
*Feminismo; |
*Neoliberalismo; |
*Acesso a formação; |
* Xbox one; |
|
*Primeiro homem na lua; |
* Revolução sexual; |
*Mídia: ódio, medo, ganância, assaltos, violações éticas; |
*Atentado Torres gêmeas; |
* Vida online; |
|
*Foram pais mais liberais; |
* Filhos de pais divorciados; |
*Queda do muro de Berlim; |
*Geração líquida; |
* 4 G. |
|
* Guerra do Vietnã; |
*Popularização do divórcio; |
*Fliperama/Atari; |
* Ambos os pais no mercado de trabalho; |
|
|
* Criação da TV; |
*Consolidação do capitalismo - grandes demissões; |
* Continuação do processo de Informatização; |
* Inconcebível uma vida sem internet; |
|
|
*Primeira calculadora de mesa totalmente eletrônica; |
* TV babá; |
*HIV; |
*Wifi/Wimax; |
|
|
*Direito das mulheres. |
* Informatização; |
*Crises inflacionárias; |
* Nintendo. |
|
|
|
* Pinball. |
*Internet discada |
|
|
|
|
|
*Redemocratização. |
|
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(continua)
QUADRO GERACIONAL |
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GERAÇÃO |
BABY BOOMER |
X |
Y |
Z |
ALFA (Z) |
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IDEALISTAS |
REATIVOS |
CÍVICOS |
ADAPTÁVEIS |
HÍBRIDOS |
IDEIAS PREDOMINANTES |
* Reconstrução do mundo; * Início da guerra fria; * Carreira sólida - legado profissional; * Os mais velhos eram figuras de autoridade; * Otimismo; * Honra; * Viver para o trabalho; * Ideológicos.
|
*Competitividade; * Luta pela paz e liberdade; * Anarquismo- desilusão com os valores vigentes e instituições; * Questionamento da autoridade; *Busca da individualidade preservando a coletividade; *Hierárquicos, mas respeitavam a coletividade; *Vida privada; *Consumo do status (grife, marcas, carro, artigos de luxo). |
* Passam a digitar e não mais escrever; * Globalização, multicultura e diversidade; * Multitarefas *Consumismo; * Engajamento; * Individualismo; * Ecologia; * Trabalhismo na política nacional; * Sair mais tarde da casa dos pais; *Compartilhamento da vida íntima; * Optam por diversão, festas e viagens. |
* Desapego das fronteiras geográficas; * Falta de intimidade; * Grande responsabilidade social; * Desenvolvimento precoce; * Perda de valores; * Geração silenciosa - fones de ouvido; * Distração; * Colaborativos; * Criativos; * Dispersos / Flexíveis / Inclusivos; * Expõe a vida íntima; * Consumo da verdade, acesso e ética. |
* Contato com a tecnologia de forma muito precoce; * Perdeu parte do senso do que é privacidade; * Exibicionistas; * Impacientes; * Rápidos; *Tem dificuldade para se relacionar em grupo * Consumo do que tem maior sentido.; |
(continua)
QUADRO GERACIONAL |
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GERAÇÃO |
BABY BOOMER |
X |
Y |
Z |
ALFA (Z) |
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IDEALISTAS |
REATIVOS |
CÍVICOS |
ADAPTÁVEIS |
HÍBRIDOS |
EDUCAÇÃO |
*
Rígida; |
*
Padronizada; |
*
Transitiva; |
*
Flexível; |
*
Estímulos precoces; |
TECNOLOGIA |
*Nascem
majoritariamente sem acesso; |
*
Nascem com acesso restrito; |
*
Nascem no período de transição; |
*
Nascem imersos nos meios virtuais; |
*Nascem
num mundo já transformado pela tecnologia; |
(continua)
QUADRO GERACIONAL |
|||||
GERAÇÃO |
BABY BOOMER |
X |
Y |
Z |
ALFA (Z) |
|
IDEALISTAS |
REATIVOS |
CÍVICOS |
ADAPTÁVEIS |
HÍBRIDOS |
COMPORTAMENTO |
*
Fidelidade à empresa; |
*
O trabalho é o que paga as contas; |
*
Trabalho permite a satisfação de
consumir; |
*
Quer um trabalho que deixe feliz; |
*
Quer a felicidade sem perceber que é trabalho; |
CONDIÇÃO |
* Herdaram um mundo que precisava ser povoado. |
* Revolucionar o mundo onde nasceram. |
* Criar um novo mundo. |
* Transformar o mundo existente. |
* contribuir para melhorar a realidade. |
MODAL COMUNICATIVO NO PERÍODO DE FORMAÇÃO |
*Carta; |
As
anteriores, mais: |
As
anteriores, mais: |
Parte
dos anteriores, mais: |
Parte
dos anteriores, mais: |
(conclusão)
QUADRO GERACIONAL |
|||||
GERAÇÃO |
BABY BOOMER |
X |
Y |
Z |
ALFA (Z) |
|
IDEALISTAS |
REATIVOS |
CÍVICOS |
ADAPTÁVEIS |
HÍBRIDOS |
HIERARQUIA |
* Total obediência; |
* Submissão através da obediência; |
* Respeita mesmo quando o outro não merece; |
* Autoridade só se o outro conquistar e merecer; |
* Não “percebe” as estruturas hierárquicas. |
*Consenso; |
* Questionam a regra; |
* Associa respeito à competência; |
* Além de ser competente, tem que ser humano; |
||
* Respeitam a regra; |
* Às vezes acessam diretamente a chefia; |
* Mudam a regra; |
* Não entende a regra, mas é cordial; |
||
*Nunca vai direto ao líder, respeita o fluxo; |
*Desinteresse. |
* Aciona a chefia com mais frequência. |
* Independente de estrutura hierárquica, acionam quem vai resolver. |
||
*Amor/ódio. |
|
|
|
||
VELOCIDADE |
* Aparente estagnação. |
* Demora por causa da burocracia. |
* Profundidade, tudo analisado detalhadamente. |
*Tudo muito rápido. |
*Tudo imediatamente. |
LEGISLAÇÃO E PROGRAMAS |
*Substitutivo Lacerda; *Leis orgânicas; * Reforma Capanema (SS); *LDB 4025/61: *Golpe civil militar; *Acordo MEC/USAID; *Lei nº 1.628/52-BNDE. |
*LDB 5692/71; *MOBRAL; *AI 5; *CREDUC; * NR’s- Normas regulamentares (MTE) |
*CF DE 1988; *ECA; *FUNDEF; *PNLD; *FIES; *PDDE; *Política Nacional de Meio Ambiente; |
*LDB 9394/96; *FUNDEB/PNATE/PNAE; *Lei Maria da Penha; *lei 11. 892/2008 (REDE FEDERAL); * ENEM/PROUNI/SISU; *Programa Brasil Alfabetizado; *Sistema de cotas; *Programa Brasil Carinhoso. |
*Lei 13.146- Estatuto da pessoa com deficiência; *PNAIC; *Lei N° 12.965/14- marco civil da internet; *PNE/BNCC/PRONATEC; *Mais educação; *Ciências Sem Fronteira; |
Fonte: Batista (2010), Oliveira (2010), Crampton e Hodge (2009), Eisner (2005), Tapscott (1999), Mueller (2014), Santos Neto e Franco (2010), Jacques (2015), Novaes (2018), Vieira (2018) e Patela (2016).
6. Considerações finais
A atividade interdisciplinar, aplicada para 25 Orientadores Educacionais, utilizou conteúdos dos componentes curriculares de história e geografia numa interlocução com os campos da sociologia e psicologia, visando contribuir com o desenvolvimento da habilidade de gestão de conflitos no ambiente educacional.
Partimos da tese de que, conhecer os traços característicos de cada geração, e seus respectivos contextos condicionantes, pode auxiliar o gestor de conflitos na construção de uma análise que transcenda o senso comum. E dessa forma, minimizar intervenções pautadas em pressupostos particulares projetados sobre os agentes de condutas classificadas como desviantes.
Compreender as diferenças num contexto de relações sociais plurais é a chave para não transgredir espaços de vivências e moralidades codificadas a partir de um referencial diferente do referencial do profissional que interpreta os fenômenos, pois, na prática do especialista em educação, mais importante do que emitir juízo de valor, é entender o “como” e o “porquê” das ocorrências.
Após a construção de uma leitura mais sensível, embasada, significativa e sofisticada, a equipe pode diagnosticar, prevenir, intervir, acompanhar processos e avaliar sem cair na arbitrariedade de reproduzir violências simbólicas que só intensificam os conflitos e afasta mais ainda os profissionais desses grupos específicos.
A realização da oficina foi avaliada como positiva e os objetivos parcialmente alcançados ao analisarmos relatos dos participantes:
“Eu nunca parei pra imaginar porque os alunos eram assim”
“Parece que acendeu uma luz”
“Como eu nunca percebi isso antes”
“Nossa, eu fui dura e cruel um montão de vezes, que vergonha”.
Trabalhar a teoria geracional, através do método comparativo de aprendizagem Jigsaw, superou as expectativas no tocante à aplicação, como foi constatado por meio da interação, foco e integração dos grupos. Além de ter proporcionado uma compreensão e absorção de conteúdo, como foi evidenciado no decorrer do processo nos grupos e posteriormente nas explanações da plenária. Outrossim, é importante salientar que os conflitos no campo educacional não se restringem à dimensão geracional. Fatores plurais como, condições de trabalho, formação docente, pressupostos pedagógicos, políticas públicas de acesso e permanência, realidade social dos envolvidos no processo e postura institucional, dentre outros, atribuem aos conflitos um caráter multiforme e complexo que carece ser relativizado e analisado num contexto específico.
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* Artigo recebido em: 13 de março de 2020. Aceito em: 1 de abril de 2020
† Secretaria Municipal de Educação e Cultura de São João da Barra, RJ, Brasil. Mestrando do Programa de Educação Profissional e Tecnológica do IFF (PROFEPT). Autor correspondente. e-mail sjbpme@gmail.com
‡ Anomia pode ser resumida como ausência de regra que leva ao caos e impossibilita a harmonia social.