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2 Todas as frases grafadas entre aspas neste texto são de
autoria das pessoas com as quais conversei por telefone.
Embora eu as liste no final do texto, como agradecimento
geral, preservo suas identidades em frases específicas por dois
motivos: frisar a polifonia como matéria principal deste trabalho
e respeitar o desejo de anonimato de alguns participantes. A
expressão “holocausto brasileiro”, de modo particular, se refere
ao título do livro da jornalista Daniela Arbex, que retrata os
inúmeros crimes contra a humanidade praticados no Hospital
Colônia de Barbacena, cujo histórico se assemelha bastante
ao que ocorreu no Juquery.
3 Dentre os inúmeros artigos acadêmicos e dossiês inves-
tigativos sobre o Juquery, deixo aqui dois títulos de livros que
podem interessar à leitora e ao leitor para ter dimensão desses
bastidores: “Cinzas do Juquery: os horrores do maior hospital
psiquiátrico do Brasil”, colaboração entre José da Conceição,
ex-funcionário e o jornalista Daniel Navarro Sonim, e “O espelho
do mundo: Juquery, a história de um asilo”, da autora Maria
Clementina Pereira Cunha.
4 Localizado e sediado no acesso ao Juquery, o Museu é
intitulado com o nome do médico que atuou como psiquiatra no
Complexo Hospitalar por mais de quatro décadas, sendo um
dos pioneiros no Brasil da aplicação da arte terapia a pacientes
psiquiátricos. Fundou e dirigiu a Escola Livre de Artes Plásticas,
que funcionou no hospital entre as décadas de 50 e 70. Após
um período de mais de dez anos fechado por conta dos impac-
tos de um incêndio no prédio administrativo do Juquery, o museu
passou por um processo de restauro e foi reaberto ao público
em 2020, com uma exposição permanente de desenhos, pintu-
ras e esculturas produzidas por internos, muitas dessas obras de
autoria desconhecida.
Fontes: https://masp.org.br/exposicoes/historias-da-loucu-
ra-desenhos-do-juquery http://francodarocha.sp.gov.br/fran-
co/artigo/noticia/9966 Acessos em: 08 nov. 2021.
5 Alguém me tira daqui!
6 Agradeço ao Caio Henrique Ramos, que viveu comigo
este instante, e que colaborou na confecção das centenas de
envelopes, assim como os amigos Gilson Rodrigues e Ma-
yara Millane. Agradeço imensamente àquelas e àqueles que
gentilmente atenderam os telefonemas, ouviram as mensagens
de voz e decidiram, timbre por timbre, partilhar como compõem
o Juquery: Matheus, Renata, Fernando, Silvia, Luana, Edmar,
Edna, Regina, Thiago, Amanda, Priscila, Rafaela, Bruna, Kadhi-
ja, Vanda, Laudy, Yuri, Silvia, Carlos, Juliana, Ágata, Ednaldo,
Gilvan, Sandro, Neiva, Tânia, Eda, Maria, Jesuína, Danilo, Olive,
Styven, Erineide, Ranulfo, Aparecida, Vanessa, Larissa, Cássia,
Pedro, André, Maria, Marlene, Giselle, George, Regina, Uendel,
Vanessa, Cida, João, Sílvia, George, Renata, Patrícia, Regiane,
Ana, Regiane, Sueli, Douglas, Josafá, Silmaria, Simone, Marcelo,
Edgar, Iraci, Elaine, Natasha, Andrea, Sílvia, Elaine, Jéssica, e
a todas as pessoas que encontrei caminhando por Franco da
Rocha e pelo Juquery. Agradeço por fim, e de modo especial, à
equipe do festival.
ELILSON.
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ponteiros
de Brasil.