SANTOS, Renan do Nascimento
de Amanda Coutinho. PragMATIZES -
Estudos em Cultura, Niterói/RJ, Ano 1
2021.
lado, autonomia e liberdade artística, de outro, intermitência, polivalência e
intensidade do trabalho.
Para examinar estas questões, Coutinho toma como pontos de referência um
conjunto de 22 músicos independentes, em diferentes níveis de inserção no
mercado de trabalho artístico, com quem dialoga sobre temas como os sentidos do
trabalho artístico, as estruturas de remuneração, relações familiares e de formação,
migrações artíst
icas, concepções acerca da independência, polivalência e
empreendedorismo cultural, modelos de negócios, políticas públicas, meios de
comunicação, órgãos de representação, relações de gênero, raça e sexualidade.
O segundo capítulo “Trajetória e Formação”
abordagem interseccional as trajetórias dos sujeitos interlocutores da pesquisa. Além
das condições de classe, raça e gênero dos sujeitos, Coutinho considera também
outras variáveis como faixa etária, orientação sexual, formaçã
família na busca por uma identidade artística e profissional e uma posterior inserção
no mercado de trabalho.
É no capítulo seguinte, “
autora aponta a insuficiência de noções como dom e
trabalho artístico e aposta numa abordagem apoiada em teóricos neomarxistas para
analisar trabalho imaterial realizado pelos artistas, reconhecendo que tais
teorizações informam dimensões importantes da reestruturação
mutabilidades do capitalismo contemporâneo. Contudo, Coutinho faz a ressalva que
uma teoria sobre trabalho imaterial pouco esclarece sobre as condições e as lógicas
de sua produção material e sobre as formas de remuneração e apropriação deste
trabalho. A
pesquisa passa então a considerar as facetas da precarização das
condições de trabalho artístico: informalidade, hiperflexibilidade, trabalho intermitente
e trabalho não pago, para citar algumas. Também é pertinente considerar como os
sucessivos desenvolvi
mentos sociotécnicos, sobretudo a internet, alteraram
profundamente as condições de trabalho possíveis para músicos independentes
tanto em termos de produção, distribuição, difusão, como também na recepção
desta produção –
, debate presente no capítulo “
de negócios”.
Trabalhadores da cultura",
-Americana de
1, p 146-149, setembro
www.periodicos.uff.br/pragmatizes
(Dossiê "
Trabalho cultural e precarização
lado, autonomia e liberdade artística, de outro, intermitência, polivalência e
Para examinar estas questões, Coutinho toma como pontos de referência um
conjunto de 22 músicos independentes, em diferentes níveis de inserção no
mercado de trabalho artístico, com quem dialoga sobre temas como os sentidos do
trabalho artístico, as estruturas de remuneração, relações familiares e de formação,
icas, concepções acerca da independência, polivalência e
empreendedorismo cultural, modelos de negócios, políticas públicas, meios de
comunicação, órgãos de representação, relações de gênero, raça e sexualidade.
O segundo capítulo “Trajetória e Formação”
se aprofunda e analisa numa
abordagem interseccional as trajetórias dos sujeitos interlocutores da pesquisa. Além
das condições de classe, raça e gênero dos sujeitos, Coutinho considera também
outras variáveis como faixa etária, orientação sexual, formaçã
família na busca por uma identidade artística e profissional e uma posterior inserção
É no capítulo seguinte, “
Retratos do mercado de trabalho artístico
autora aponta a insuficiência de noções como dom e
vocação para a explicar o
trabalho artístico e aposta numa abordagem apoiada em teóricos neomarxistas para
analisar trabalho imaterial realizado pelos artistas, reconhecendo que tais
teorizações informam dimensões importantes da reestruturação
mutabilidades do capitalismo contemporâneo. Contudo, Coutinho faz a ressalva que
uma teoria sobre trabalho imaterial pouco esclarece sobre as condições e as lógicas
de sua produção material e sobre as formas de remuneração e apropriação deste
pesquisa passa então a considerar as facetas da precarização das
condições de trabalho artístico: informalidade, hiperflexibilidade, trabalho intermitente
e trabalho não pago, para citar algumas. Também é pertinente considerar como os
mentos sociotécnicos, sobretudo a internet, alteraram
profundamente as condições de trabalho possíveis para músicos independentes
tanto em termos de produção, distribuição, difusão, como também na recepção
, debate presente no capítulo “
O
rganização do trabalho e modelos
148
www.periodicos.uff.br/pragmatizes
- ISSN 2237-1508
Trabalho cultural e precarização
" - RESENHA)
lado, autonomia e liberdade artística, de outro, intermitência, polivalência e
Para examinar estas questões, Coutinho toma como pontos de referência um
conjunto de 22 músicos independentes, em diferentes níveis de inserção no
mercado de trabalho artístico, com quem dialoga sobre temas como os sentidos do
trabalho artístico, as estruturas de remuneração, relações familiares e de formação,
icas, concepções acerca da independência, polivalência e
empreendedorismo cultural, modelos de negócios, políticas públicas, meios de
comunicação, órgãos de representação, relações de gênero, raça e sexualidade.
se aprofunda e analisa numa
abordagem interseccional as trajetórias dos sujeitos interlocutores da pesquisa. Além
das condições de classe, raça e gênero dos sujeitos, Coutinho considera também
família na busca por uma identidade artística e profissional e uma posterior inserção
Retratos do mercado de trabalho artístico
”, que a
vocação para a explicar o
trabalho artístico e aposta numa abordagem apoiada em teóricos neomarxistas para
analisar trabalho imaterial realizado pelos artistas, reconhecendo que tais
teorizações informam dimensões importantes da reestruturação
produtiva e
mutabilidades do capitalismo contemporâneo. Contudo, Coutinho faz a ressalva que
uma teoria sobre trabalho imaterial pouco esclarece sobre as condições e as lógicas
de sua produção material e sobre as formas de remuneração e apropriação deste
pesquisa passa então a considerar as facetas da precarização das
condições de trabalho artístico: informalidade, hiperflexibilidade, trabalho intermitente
e trabalho não pago, para citar algumas. Também é pertinente considerar como os
mentos sociotécnicos, sobretudo a internet, alteraram
profundamente as condições de trabalho possíveis para músicos independentes
–
tanto em termos de produção, distribuição, difusão, como também na recepção
rganização do trabalho e modelos