YAKINI, Michel. Resenha de: Sarau Elo da Corrente 13 anos: tambor,
território e oralidades. PragMATIZES -
Estudos em Cultura, Niterói/RJ, Ano 12, n. 22
em 2001 por Sérgio Vaz e Marco Pezão, e o Sarau do Binho, idealizado em 2004
por Robson Padial (Binho) e Suzi Soares, ambos da zona sul de Sã
Nesse contexto, o Elo da Corrente lançou, em 2021, o livro
Corrente 13 anos: tambor, território e oralidades,
Edições, com recursos da Lei de Fomento à Cultura da Periferia, do município de
São Pau
lo. Essa obra contém textos dos organizadores; de pesquisadores; além de
poesias, prosas curtas e fotografias que ilustram a história do coletivo.
O projeto gráfico do livro é de Carol Zeferino e a concepção editorial é de um
conselho formado por: Dougla
Raquel Almeida, Sergio Ballouk e Walner Danziger.
periféricas
, de Douglas Alves, no qual ele relata sua chegada no Elo da Corrente.
Numa
caminhada pelo bairro, voltando da faculdade, ele percebeu um silêncio que
pairava numa noite de quinta feira no bar do Santista, "mas não era um silêncio
vazio e opaco sem palavras, não era o silêncio autoritário que alguns agentes do
estado impõem na qu
ebrada, era o silêncio de respeito" (p.12). Para Douglas, a
experiência como ouvinte e organizador do sarau é equiparável a "de cursar um
ensino formal, pois para além do acúmulo intelectual, podemos também nos formar
enquanto sujeitos de ação a partir de
Em
Mulheres viajantes, entre bairros, coletivos e sonhos
fundadora do coletivo, analisa a presença das mulheres no sarau, e sua relação com
o coletivo. Ela tensiona as relações de gênero, afirmando que "nós m
tínhamos tal reconhecimento; porque na maioria das vezes, éramos tidas como a
mulher do cara que ajuda no sarau, a amiga do cara que ajuda no sarau e nunca
como a organizadora, a poeta" (p.20). Assim, surgiu uma parceria que fomentou
debates, t
rocas de conhecimento e articulação numa "rede de mulheres pretas
periféricas" (p.25), que garantiu maior visibilidade e equidade da presença feminina
nesses encontros.
Michel Yakini, também fundador, apresenta
matutas de um sarau
, onde analisa a poética nordestina do cordel, do aboio e da
rima sertaneja nos encontros do Elo da Corrente, já que "a presença de nordestinos
em Pirituba é tão marcante que uma parte do Jd. Nardini (...) é chamada de
YAKINI, Michel. Resenha de: Sarau Elo da Corrente 13 anos: tambor,
-Americana de
421-424, mar. 2022. www.
periodicos.uff.br/pragmatizes
(RESENHA/Dossiê "
potências")
em 2001 por Sérgio Vaz e Marco Pezão, e o Sarau do Binho, idealizado em 2004
por Robson Padial (Binho) e Suzi Soares, ambos da zona sul de Sã
Nesse contexto, o Elo da Corrente lançou, em 2021, o livro
Corrente 13 anos: tambor, território e oralidades,
publicado pelo selo Elo da Corrente
Edições, com recursos da Lei de Fomento à Cultura da Periferia, do município de
lo. Essa obra contém textos dos organizadores; de pesquisadores; além de
poesias, prosas curtas e fotografias que ilustram a história do coletivo.
O projeto gráfico do livro é de Carol Zeferino e a concepção editorial é de um
conselho formado por: Dougla
s Alves, Érica Peçanha do Nascimento, Michel Yakini,
Raquel Almeida, Sergio Ballouk e Walner Danziger.
Entre Ladeiras e Lembranças: pequenas memórias
, de Douglas Alves, no qual ele relata sua chegada no Elo da Corrente.
caminhada pelo bairro, voltando da faculdade, ele percebeu um silêncio que
pairava numa noite de quinta feira no bar do Santista, "mas não era um silêncio
vazio e opaco sem palavras, não era o silêncio autoritário que alguns agentes do
ebrada, era o silêncio de respeito" (p.12). Para Douglas, a
experiência como ouvinte e organizador do sarau é equiparável a "de cursar um
ensino formal, pois para além do acúmulo intelectual, podemos também nos formar
enquanto sujeitos de ação a partir de
nosso lugar no mundo" (p.16).
Mulheres viajantes, entre bairros, coletivos e sonhos
fundadora do coletivo, analisa a presença das mulheres no sarau, e sua relação com
o coletivo. Ela tensiona as relações de gênero, afirmando que "nós m
tínhamos tal reconhecimento; porque na maioria das vezes, éramos tidas como a
mulher do cara que ajuda no sarau, a amiga do cara que ajuda no sarau e nunca
como a organizadora, a poeta" (p.20). Assim, surgiu uma parceria que fomentou
rocas de conhecimento e articulação numa "rede de mulheres pretas
periféricas" (p.25), que garantiu maior visibilidade e equidade da presença feminina
Michel Yakini, também fundador, apresenta
Flores de Xique
, onde analisa a poética nordestina do cordel, do aboio e da
rima sertaneja nos encontros do Elo da Corrente, já que "a presença de nordestinos
em Pirituba é tão marcante que uma parte do Jd. Nardini (...) é chamada de
422
periodicos.uff.br/pragmatizes
- ISSN 2237-1508
– resistências, disputas e
em 2001 por Sérgio Vaz e Marco Pezão, e o Sarau do Binho, idealizado em 2004
por Robson Padial (Binho) e Suzi Soares, ambos da zona sul de Sã
o Paulo.
Nesse contexto, o Elo da Corrente lançou, em 2021, o livro
Sarau Elo da
publicado pelo selo Elo da Corrente
Edições, com recursos da Lei de Fomento à Cultura da Periferia, do município de
lo. Essa obra contém textos dos organizadores; de pesquisadores; além de
poesias, prosas curtas e fotografias que ilustram a história do coletivo.
O projeto gráfico do livro é de Carol Zeferino e a concepção editorial é de um
s Alves, Érica Peçanha do Nascimento, Michel Yakini,
Entre Ladeiras e Lembranças: pequenas memórias
, de Douglas Alves, no qual ele relata sua chegada no Elo da Corrente.
caminhada pelo bairro, voltando da faculdade, ele percebeu um silêncio que
pairava numa noite de quinta feira no bar do Santista, "mas não era um silêncio
vazio e opaco sem palavras, não era o silêncio autoritário que alguns agentes do
ebrada, era o silêncio de respeito" (p.12). Para Douglas, a
experiência como ouvinte e organizador do sarau é equiparável a "de cursar um
ensino formal, pois para além do acúmulo intelectual, podemos também nos formar
nosso lugar no mundo" (p.16).
fundadora do coletivo, analisa a presença das mulheres no sarau, e sua relação com
o coletivo. Ela tensiona as relações de gênero, afirmando que "nós m
ulheres não
tínhamos tal reconhecimento; porque na maioria das vezes, éramos tidas como a
mulher do cara que ajuda no sarau, a amiga do cara que ajuda no sarau e nunca
como a organizadora, a poeta" (p.20). Assim, surgiu uma parceria que fomentou
rocas de conhecimento e articulação numa "rede de mulheres pretas
periféricas" (p.25), que garantiu maior visibilidade e equidade da presença feminina
xique - Colheitas
, onde analisa a poética nordestina do cordel, do aboio e da
rima sertaneja nos encontros do Elo da Corrente, já que "a presença de nordestinos
em Pirituba é tão marcante que uma parte do Jd. Nardini (...) é chamada de