BERGAMIN, Marta de Aguiar. A reinvenção d
pela cultura na Zona Sul de São Paulo: ativist
trabalhos políticos. PragMATIZES -
em Cultura, Niterói/RJ, Ano 12, n. 22, p. 219-
Sarau Vila Fundão, fez um
resgate das lutas do território, dos
mulheres, do movimento de
moradia, do próprio movimento
Rap, que lá na nossa região foi a
primeira região
primeira posse de Rap, Conceitos
de Rua, que tinham mais ou
menos uns 14 grupos de rap, que
eram Racionais e outros vários
grupos.Então a gente começou a
movimentos populares, e aí a
gente começou, parece que era
uma sina, né?
abre a boca as coisas vêm, né?
Quando você quer e você fala, as
coisas surgem.
Então a gente começou a criar
movimentos, então a gente criou
o Luta Popular, que hoje está no
Brasil todo, ajudamos a construir
a Agência Solano Trindade.
C
omeçamos a também interferir
nas lutas do território, no Parque
Santo Antônio, fazer também
ocupação de terras em terras que
historicamente, pela questão da
moradia.
luta pelo transporte pela
ampliação M-
concluída, travamos a avenida
pelo menos umas quatro vezes,
começamos a limpar terreno para
fazer praça pública. (...) Na
Cultura comecei a entender como
que funcionavam outros territórios
e acho que meu tempo está
acabando, acho que não vai dar
t
empo de tudo, mas a gente cria
um processo extremamente novo,
que é trabalhar em Rede, eu não
sabia, eu ainda não sei trabalhar
aprendendo, é um negócio muito
novo, mas esse novo para nós
deu a possibilidade da gente
Cultura da Periferia, que hoje a
gente já conseguiu 32 milhões de
lugar social do trabalho
s culturais e seus
-Americana de Estudos
44, mar. 2022. www.
periodicos.uff.br/pragmatizes
(Dossiê "Coletivos culturais –
resistências, disputas e potências
Sarau Vila Fundão, fez um
resgate das lutas do território, dos
mulheres, do movimento de
moradia, do próprio movimento
Rap, que lá na nossa região foi a
primeira posse de Rap, Conceitos
de Rua, que tinham mais ou
menos uns 14 grupos de rap, que
eram Racionais e outros vários
grupos.Então a gente começou a
movimentos populares, e aí a
gente começou, parece que era
abre a boca as coisas vêm, né?
Quando você quer e você fala, as
Então a gente começou a criar
movimentos, então a gente criou
o Luta Popular, que hoje está no
Brasil todo, ajudamos a construir
a Agência Solano Trindade.
omeçamos a também interferir
nas lutas do território, no Parque
Santo Antônio, fazer também
ocupação de terras em terras que
historicamente, pela questão da
luta pelo transporte pela
bra hoje
concluída, travamos a avenida
pelo menos umas quatro vezes,
começamos a limpar terreno para
fazer praça pública. (...) Na
Cultura comecei a entender como
que funcionavam outros territórios
e acho que meu tempo está
acabando, acho que não vai dar
empo de tudo, mas a gente cria
um processo extremamente novo,
que é trabalhar em Rede, eu não
sabia, eu ainda não sei trabalhar
aprendendo, é um negócio muito
novo, mas esse novo para nós
deu a possibilidade da gente
Fomento à
Cultura da Periferia, que hoje a
gente já conseguiu 32 milhões de
reais, que contemplou pelo
menos aí uns 120, 130 coletivos
com 315 mil cada um, as casas
de Cultura que a gente conseguiu
fazer, voltar para a Secretaria
Municipal de Cultura, os E
Públicos de Gestão Comunitária,
fomos criando coisas, formas
histórias.”
Informação Verbal, Seminário
aprendizados a partir da Zona Sul
19/03/2019).
O trabalho tem um lugar social
que se desloca no tempo. Tanto os
agentes de produção da cultura, muito
variados com seus múltiplos
interesses, como o Estado,
interessado na “isca cultural”
(ARANTES, 2000) do desenvolvimento
econômico das cidades a partir do que
a cultura apresenta,
descobrem
a periferia. Dessa forma,
ocupam
territórios das periferias para
pedindo um enquadramento nas
práticas empreendedoras, mas
também, como aponta Augusto (2010),
muitas vezes com práticas
segregado
ativismo cultural parece constituir certo
“antídoto” necessário para formar as
lutas desse campo como lutas contra a
desigualdade racial, de gênero e de
classe, que marcam as periferias da
232
periodicos.uff.br/pragmatizes
- ISSN 2237-1508
resistências, disputas e potências
")
reais, que contemplou pelo
menos aí uns 120, 130 coletivos
com 315 mil cada um, as casas
de Cultura que a gente conseguiu
fazer, voltar para a Secretaria
Municipal de Cultura, os E
spaços
Públicos de Gestão Comunitária,
fomos criando coisas, formas
e
Informação Verbal, Seminário
aprendizados a partir da Zona Sul
O trabalho tem um lugar social
que se desloca no tempo. Tanto os
agentes de produção da cultura, muito
variados com seus múltiplos
interesses, como o Estado,
interessado na “isca cultural”
(ARANTES, 2000) do desenvolvimento
econômico das cidades a partir do que
mais tardiamente
a periferia. Dessa forma,
territórios das periferias para
-alvo: os jovens,
pedindo um enquadramento nas
práticas empreendedoras, mas
também, como aponta Augusto (2010),
muitas vezes com práticas
ativismo cultural parece constituir certo
“antídoto” necessário para formar as
lutas desse campo como lutas contra a
desigualdade racial, de gênero e de
classe, que marcam as periferias da