SANTA-
CRUZ, Lucia; PERROTA, Isabella V.; BELTRÃO, André Luis F. O
passado na criatividade: o patrimônio como recurso da criação
PragMATIZES - Revista Latino-
Americana de Estudos em Cultura,
Niterói/RJ, Ano 13, n. 25, p. 646-665
uma mistura, sem receita exata, da
curiosidade, das ideias, do interesse,
da imaginação, do conhecimento, dos
recursos e das técnicas” (LIMA, 2011,
p.11). E, c
omo professor de História,
acredita que “Através do conhecimento
surge a turbulência de ideias” (LIMA,
2011, p.15).
pressuposto de que a criação é um
processo cognitivo que sofre
influências de fatores internos e
externos. Ela parte d
e que a história, a memória e a
valorização do patrimônio material e
imaterial estimulam a imaginação e o
pensamento crítico. O objetivo do
trabalho é ilustrar –
recursos bibliográficos e análise visual
criativos específicos de design de
utensílios e de moda, elencados a
partir de trabalhos acadêmicos e de
mercado –
patrimônio são formadores identitários
–
seu conhecimento e vivência nutrem
a identidade individual e ajuda
construir a identidade coletiva
repertórios estéticos. Patrimônio é “um
elemento da coesão social, da adesão
coletiva a referências culturais”
CRUZ, Lucia; PERROTA, Isabella V.; BELTRÃO, André Luis F. O
passado na criatividade: o patrimônio como recurso da criação
.
Americana de Estudos em Cultura,
www.periodicos.uff.br/pragmatizes
(Fluxo contínuo)
uma mistura, sem receita exata, da
curiosidade, das ideias, do interesse,
da imaginação, do conhecimento, dos
recursos e das técnicas” (LIMA, 2011,
omo professor de História,
acredita que “Através do conhecimento
surge a turbulência de ideias” (LIMA,
pressuposto de que a criação é um
processo cognitivo que sofre
influências de fatores internos e
e que a história, a memória e a
valorização do patrimônio material e
imaterial estimulam a imaginação e o
pensamento crítico. O objetivo do
recursos bibliográficos e análise visual
projetos
criativos específicos de design de
utensílios e de moda, elencados a
partir de trabalhos acadêmicos e de
patrimônio são formadores identitários
seu conhecimento e vivência nutrem
a identidade individual e ajuda
m a
construir a identidade coletiva
– e de
repertórios estéticos. Patrimônio é “um
elemento da coesão social, da adesão
coletiva a referências culturais”
A própria Constituição do Brasil
de 1988 já inclui em sua definição de
patrim
ônio tanto o aspecto identitário
como o criativo, considerando “as
formas de expressão” e “os modos de
criar, fazer e viver” como bens de
natureza material e imaterial, ao lado
das “criações científicas, artísticas e
tecnológicas;” “das obras, objetos,
doc
umentos, edificações e demais
espaços destinados às manifestações
artístico-
culturais”e dos “conjuntos
urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico”
(BRASIL, 1988, s/
de Portugal: “Tanto o património como
a criatividade constituem as bases de
uma sociedade do conhecimento
vibrante, inovadora e próspera”
(UNESCO PORTUGAL, s/d, s/p)
Com base nesta perspectiva da
criatividade como elemento que
impulsiona as populações a
c
onstruírem um repertório cultural e,
com isso, estabelecerem aspectos de
referência, o urbanista Washington
Fajardo destaca que a capacidade das
APACs (Áreas de Proteção do
Ambiente Cultural) de fixar valores
como identidade, história, harmonia,
estética etc. –
648
www.periodicos.uff.br/pragmatizes
- ISSN 2237-1508
A própria Constituição do Brasil
de 1988 já inclui em sua definição de
ônio tanto o aspecto identitário
como o criativo, considerando “as
formas de expressão” e “os modos de
criar, fazer e viver” como bens de
natureza material e imaterial, ao lado
das “criações científicas, artísticas e
tecnológicas;” “das obras, objetos,
umentos, edificações e demais
espaços destinados às manifestações
culturais”e dos “conjuntos
urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico”
de Portugal: “Tanto o património como
a criatividade constituem as bases de
uma sociedade do conhecimento
vibrante, inovadora e próspera”
(UNESCO PORTUGAL, s/d, s/p)
.
Com base nesta perspectiva da
criatividade como elemento que
impulsiona as populações a
onstruírem um repertório cultural e,
com isso, estabelecerem aspectos de
referência, o urbanista Washington
Fajardo destaca que a capacidade das
APACs (Áreas de Proteção do
Ambiente Cultural) de fixar valores
–
como identidade, história, harmonia,