Os Crimes de Verdade: As Memórias de Camilo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v10i18.40229

Palavras-chave:

Crime, Camilo Castelo Branco, cárcere

Resumo

O presente artigo observa de que modo, usando o conhecimento adquirido em obras sobre criminosos verídicos, como Maria, não me mates que sou tua mãe (1848), em Memórias do Cárcere (1862), Camilo Castelo Branco comprova que boa parte da violência é cometida justamente por aqueles que deveriam proteger os cidadãos e que a cadeia era um mundo essencialmente habitado por pobres. A partir de um relato minucioso e, por vezes, lírico, Camilo comenta como era o cotidiano no interior daquele que era o maior instrumento de repressão oitocentista. Um desses prisioneiros, José do Telhado, graças a pena camiliana, ganha fama e notoriedade despertando o interesse de muitos leitores e de outros autores.


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Biografia do Autor

Andreia Alves Monteiro de Castro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Professora Adjunta de Literatura Portuguesa e de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa no Instituto de Letras da UERJ (2019). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2017). Mestra em Literatura Portuguesa pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2010). Graduada em Letras - Português e Literaturas de Língua Portuguesa - pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007). Licenciada em Letras pela Universidade Cândido Mendes (2009). Membro do Polo de Pesquisa de Relações Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura. Membro associado ao Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

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Publicado

2020-03-01

Como Citar

Alves Monteiro de Castro, A. (2020). Os Crimes de Verdade: As Memórias de Camilo. PragMATIZES - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura, 10(18), 113-139. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v10i18.40229

Edição

Seção

Dossiê 18: Representações da Violência na Literatura