PragMATIZES - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura
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<p>REVISTA SEMESTRAL - MARÇO / SETEMBRO - ISSN 2237-1508</p> <p><em>PRAGMATIZES </em> - publicação do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades (PPCULT), em parceria com o Laboratório de Ações Culturais (LABAC), ambos vinculados ao Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS). Destina-se à reflexão crítica no vasto campo dos estudos em cultura. Recebe artigos em fluxo contínuo e para dossiês temáticos.</p>Universidade Federal Fluminensept-BRPragMATIZES - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura2237-1508<span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</span><br /><br /><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de propriedade, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li><li>A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical.</li><li>As provas finais não serão submetidas aos autores.</li><li>As opiniçoes emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.</li></ol>Imagens reflexas sobre os Encontros de Saberes no ensino superior
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/59374
<p><span style="font-weight: 400;">O texto contextualiza e apresenta os artigos e entrevistas que integram o dossiê "Imagens reflexas sobre os encontros de saberes no ensino superior". Procuramos articular as ricas experiências relatadas nos artigos com algumas categorias de análise mais gerais, tais como "encruzilhada", "oralitura", "confluência", "escrevivência", dentre outras. Pretendemos, assim, contribuir para a reflexão e problematização desse relevante movimento de aproximação entre as universidades e demais instituições de ensino superior com os mestres e mestras dos saberes e fazeres populares e tradicionais.</span></p>Daniel BitterWagner Neves Diniz Chaves
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2023-09-072023-09-07132525126610.22409/pragmatizes.v13i25.59374Encontro de Saberes
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/58015
<p style="font-weight: 400;">Este artigo traz uma atualização do estado da arte do movimento Encontro de Saberes – um movimento de descolonização e contracolonização, visando a pluralidade epistêmica no ambiente da universidade brasileira, através da inclusão de mestras e mestres dos saberes tradicionais populares, oriundos de sociedades indígenas, comunidades de terreiro, quilombolas, agroextrativistas, grupos urbanos de diferentes culturas e demais povos tradicionais para atuarem como docentes e pesquisadores nas universidades. Por um lado, observa-se o <em>estado da arte</em> do Encontro de Saberes enquanto movimento de inclusão epistêmica e inovação curricular, complementar e integrado à política de inclusão étnico-racial por meio de cotas na discência, docência, pesquisa e administração da universidade. Por outro lado, observa-se este movimento integrado ao <em>espírito do tempo</em> de processo revolucionário à luz da teoria da revolução de Álvaro Garcia Linera. </p> <p style="font-weight: 400;"> </p>Letícia C. R. Vianna
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2023-09-072023-09-07132526730110.22409/pragmatizes.v13i25.58015Epistemômetro
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57921
<p>O artigo apresenta um instrumento metodológico novo, denominado Epistemômetro, que visa avaliaro grau de (des)colonização epistêmica vigente nos currículos e nos projetos de curso das universidades brasileiras. O Epistemômetrose conecta com a teoria do Encontro de Saberes,movimento que visa a inclusão dos saberes indígenas, afro-brasileiros e dos demais povos tradicionais como caminho para a construção de uma universidade brasileira pluriepistêmica. O modelo da pluralidade epistêmicaé plasmado na imagem dos três círculos borromeanos, com seus nós de interseção, representando os três troncos principais formadores da diversidade epistêmica brasileira: o ocidental, o indígena e o afro-diaspórico. É apresentado também o modelo das sete variáveis e dimensões interdependentes quecompõem a abordagem do Epistemômetro.</p>José Jorge de Carvalho
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2023-09-202023-09-20132530234510.22409/pragmatizes.v13i25.57921Encontros e desencontros de saberes
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57945
<p>O texto versa sobre as ausências e presenças das culturas populares nos currículos de teatro em nível de graduação. Através da análise dos projetos pedagógicos e das grades curriculares de cursos de graduação em Teatro de universidades federais localizadas no Nordeste brasileiro, chega-se a uma constatação de que há uma predominância de conteúdos e referências europeias e uma ausência ou baixa inserção de conteúdos dos universos cênicos afro-brasileiros nos currículos de licenciaturas e bacharelados em Teatro dos onze cursos analisados.</p>Alexandra Gouvêa Dumas
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2023-09-082023-09-08132534637610.22409/pragmatizes.v13i25.57945SuperSaberes - a construção da Superintendência de Saberes Tradicionais na UFRJ
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57933
<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo pretende relatar a trajetória de construção da Superintendência de Saberes Tradicionais da UFRJ – SuperSaberes e, para isso, busca apresentar exemplos das aproximações da universidade com os saberes tradicionais e as culturas populares ao longo de sua história. Tendo sua origem ligada originalmente à formação superior que atendia a uma elite social e econômica, a UFRJ ao longo de sua trajetória foi se transformando impulsionada por movimentos sociais, políticos e epistemológicos diversos. Uma das conquistas de um desses movimentos foi a democratização do acesso através da implantação da Lei de Cotas, tornando as universidades públicas mais plurais e diversificadas, o que impulsionou mudanças substanciais nas políticas institucionais, em conteúdos, programas, ementas, referências, etc. Embora tardia em relação à implantação de políticas e ações relacionadas às cotas e à inclusão de saberes tradicionais na UFRJ, pretende-se apresentar os importantes passos construídos para a construção de um espaço institucional de gestão dos saberes tradicionais e das culturas populares na UFRJ, além de um panorama histórico das ações que auxiliaram a solidificar essa construção de diálogo entre os saberes acadêmicos, populares e tradicionais na UFRJ.</span></p>Frank Wilson RobertoMarcia Cabral da CostaSamira Lima da CostaEleonora GabrielKatya de Souza GualterJanete Baptista do Nascimenbto
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2023-09-082023-09-08132537740210.22409/pragmatizes.v13i25.57933O "Encontro de Saberes" na encruzilhada da extensão
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57934
<p>No contexto do debate da curricularização da extensão, ensejado pela Resolução CNE 07 de 2018, este artigo pretende pensar se outra extensão é possível: uma extensão que traga para o interior das universidades outras matrizes de conhecimento, de saberes e de fazeres. Para a reflexão aqui proposta, sobre a construção de uma universidade aberta a outras epistemologias, no âmbito da Extensão, Ensino e da Pesquisa, debruçamo-nos sobre a experiência do trabalho de campo realizado no Módulo Caiçara pelo Encontro de Saberes da UFF em 2018, a legislação pertinente à curricularização da extensão e a crítica à colonialidade presente em nossas universidades. Ao compreender as brechas que a extensão pode ocupar, nos aproximamos da pedagogia das encruzilhadas e da pedagogia do território.</p>Lúcia CavalieriFlávia Salazar SalgadoJohnny Menezes Alvarez
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2023-09-082023-09-08132540342910.22409/pragmatizes.v13i25.57934Ciclos de formação
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57936
<h1 style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; font-family: 'Arial','sans-serif'; font-weight: normal;">Desde meados de 2018, vimos realizando no âmbito dos programas institucionais de extensão do IFRJ campus Nilópolis uma série de projetos, cursos e eventos que lidam com o tema de povos e comunidades tradicionais – indígenas, caiçaras, quilombolas, grupos e coletivos de periferia. Nossa proposta, inspirada no Encontro de Saberes, visa promover o trânsito entre o espaço formal da academia e os múltiplos espaços de saberes, práticas e experiências observados como cultura. Tradicional aqui é tomado como uma forma, e menos como conteúdo: é um fazer, viver, ocupar, produzir tradicionalmente desses povos e comunidades. Como projeto de extensão, temos a intenção de fazer a ponte entre o local em que a instituição está inserida, a Baixada Fluminense, e essas formas de saberes não acadêmicos. Assim, professores de escolas locais, professores universitários, estudantes, pesquisadores, ativistas de movimentos sociais tornaram-se o público recorrente dos diferentes projetos desenvolvidos nesse período, com relevante aceitação e impacto. Neste artigo, abordaremos princípios epistemológicos, temas e experiências desenvolvidas em nossos projetos nestes anos. </span></h1>Affonso PereiraAalexandre Pimentel
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2023-09-082023-09-08132543045410.22409/pragmatizes.v13i25.57936“A vida acontece no encontro com o outro"
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57915
<p><span style="font-weight: 400;">O Encontro de Saberes é um amplo movimento presente em várias universidades, cujo objetivo consiste em incluir saberes tradicionais de comunidades afro-brasileiras, indígenas, quilombolas, urbanas, agro-extrativistas, etc., nestas instituições, através da participação de mestres e mestras de tradições como docentes convidados. Seu propósito é tornar a universidade mais diversa e inclusiva, multirracial, multilinguística e pluriespistêmica, por meio da reformulação de currículos, pedagogias e protocolos administrativos. Neste artigo abordamos a experiência do Encontro de Saberes realizada na UFF, a partir da oferta da disciplina </span><em><span style="font-weight: 400;">Saberes Negros e Indígenas</span></em><span style="font-weight: 400;"> oferecida em 2022, e exploramos aspectos da pedagogia dos encontros identificados por estudantes, especialmente, a partir dos relatos que produziram em diários pessoais ao longo do curso, nos quais registraram suas impressões e experiências. Procuramos mostrar o potencial disruptivo desta pedagogia contra e anti-colonial e seu efeito transformador sobre as pessoas envolvidas.</span></p>Elaine MonteiroDaniel BitterEdilberto José de Macedo FonsecaAndressa Fouraux FigueiraGabriela da Silva PimentaMilena Leão Pereira
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2023-09-082023-09-08132545548110.22409/pragmatizes.v13i25.57915Ape tipo ijoja ñande ñe'ē. Aqui colocamos juntas nossas palavras.
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57930
<p><span style="font-weight: 400;">O artigo apresenta três vozes, duas do Povo Indígena Kaiowá, e outra de uma professora universitária brasileira. Unidos pela economia da guerra pela terra em Mato Grosso do Sul, têm realizado projetos de extensão e pesquisa em parceria desde 2012, além da parceria em encontros de saberes na universidade. Tanto os projetos de co-criação quanto esse texto apontam para dois elementos muito importantes para a comunicação entre os mundos indígena e não-indígena: por um lado, a falta de protocolos para que esse encontro de mundos e de saberes aconteça, traz à presença a urgência de sua criação; por outro lado, o desejo de que o encontro de saberes não seja em si uma repetição da violência colonial epistêmica, reitera a possibilidade de que nossas existências vivam juntas como nossas palavras vivem nesse documento.</span></p>Luciana de OliveiraGenito GomesJhonn Nara Gomes
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2023-09-082023-09-08132548250510.22409/pragmatizes.v13i25.57930Ciranda de saberes e cuidados
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57935
<p>Este artigo apresenta as experiências e reflexões de integrantes do comitê organizador do encontro pluri-epistêmico “Ciranda de Saberes e Cuidados” promovido pelo Laboratório de Memórias, Territórios e Ocupações: rastros sensíveis, com a colaboração dos demais Grupos de Pesquisa ligados ao Programa EICOS, de Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no ano de 2022. período pós pandêmico.. .Para tanto, o coletivo se posicionou geopoliticamente, assumindo uma Psicossociologia crítica latinoamericana. A compreensão referente à experiência da Ciranda e seu diálogo com o que temos estudado e produzido, junto com as mestras e os mestres, serão aqui apresentados em forma de <em>rabiscos aos do outro lado, </em>expressão que escolhemos para dialogar com quem nos lê.</p> <p> </p>Samira Lima da CostaEliana Nunes RibeiroGeraldo da Silva BastosMargareth Alves PontesItamara Silva de Almeida SantosJanete Baptista do Nascimento
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2023-09-082023-09-08132550652810.22409/pragmatizes.v13i25.57935Lá nas matas tem
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<p>O artigo reflete sobre o processo e a experiência de realização do filme "<em>Lá nas matas tem</em>" (<em>"Autor"</em>, Saberes Tradicionais UFMG, 55', 2022), realizado no contexto do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. O artigo discute a metodologia de trabalho, derivada da proposição de criação compartilhada de cenas fílmicas com mestras e mestres do Reinado do Rosário e da Umbanda. Eles ofereceram um curso ligado às artes das performances tradicionais e foram desafiados a criarem performances para serem filmadas, junto com professores e alunos da UFMG, que resultaram no filme mencionado. O artigo elabora ainda uma reflexão sobre as artes da performance tradicional, analisando o filme e oferecendo um caminho de leitura que articula a centralidade das músicas e dos cantos presentes nas performances com a história da diáspora transatlântica, a espiritualidade e a presença da natureza, nos diferentes modos de expressão das culturas afro-brasileiras, intermediadas pelo cinema documentário.</p>Pedro AspahanCésar GuimarãesAndré Brasil
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2023-09-082023-09-08132552955910.22409/pragmatizes.v13i25.57932Educando com mel e dendê
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<p>Este artigo é resultado da pesquisa de trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Pedagogia. Buscou investigar o terreiro como um espaço de educação e como um lugar que produz uma narrativa da história do povo preto no Brasil, identificando como ocorreu na diáspora africana a resistência à escravidão e à dominação no Candomblé, assim como processos de transmissão de saberes e de afirmação da identidade negra. Se fundamenta e justifica no estudo do racismo estrutural, em sua relação com a escola e com o currículo e em suas implicações e consequências na subjetividade de pessoas negras, em especial as crianças. Apresenta o terreiro de candomblé como espaço de educação, de cultura, de fortalecimento e afirmação da identidade de pessoas negras. Os referenciais teórico-metodológicos da pesquisa tomam por base os conceitos de encruzilhada, de rodopio, de pesquisador-cambono, assim como os de oralidade e oralitura especialmente para tratar a entrevista realizada com Mãe Rosiane Rodrigues de Yemanjá. A partir da entrevista e do diálogo que nela se estabelece, emergem questões como ancestralidade, educação nos terreiros, infância, racismo, problemas enfrentados pelas crianças do candomblé na escola e relação entre o candomblé e a vida.</p> <p><strong>Palavras-Chave</strong>: educação nos terreiros de candomblé; infâncias; racismo religioso; racismo na escola.</p>Elaine MonteiroPaula Ferreira dos Reis
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2023-09-072023-09-07132556058810.22409/pragmatizes.v13i25.58002A propósito de um Encontro de Saberes na UFPB
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<p>Entrevista com Cacique Caboquinho. Cacique da etnia Potiguar nos conta sua história de vidae os encontros de saberes entre a tradição de seu povo, o movimento indígena e as universidades.</p>Oswaldo Giovannini JuniorAntonio Pessoa Gomes
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2023-09-072023-09-07132558960310.22409/pragmatizes.v13i25.58010Por uma Outra Universidade
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<p>No contexto da produção e pesquisa do primeiro Mapa de Mestres e Mestras dos Saberes Populares realizado pelo INCTI/UnB/CNPq - o Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inclusão no Ensino Superior que entrevistamos o professor José Jorge de Carvalho, coordenador do Instituto e das suas duas frentes de atuação: o Observatório de Cotas e o Encontro de Saberes.</p>Flávia SalgadoDaniel BitterWagner Chaves
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2023-09-082023-09-08132560464510.22409/pragmatizes.v13i25.57931Resenha: WILLIAM, Rodney. Apropriação Cultural. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020.
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Rodolfo Alves de Macedo
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2023-09-082023-09-08132524625010.22409/pragmatizes.v13i25.55759Capa edição 25
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Luiz Augusto F. Rodrigues
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2023-09-072023-09-071325134Arte e comunicação para produzir dribles epistêmicos
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<p>Neste artigo, proponho contribuir para a reflexão sobre a atuação de iniciativas em arte e comunicação lideradas por jovens em territórios violentados da América Latina, partindo da seguinte provocação: com suas táticas, produções artísticas e modelos de gestão cultural comunitária, estas juventudes em movimento não estariam produzindo conhecimentos capazes de incidir nos processos de emancipação dos seus territórios? O que nos revelam estas práticas de gestão cultural que têm a arte e a comunicação como alicerces pedagógicos, a ancestralidade como bússola, o território como âncora e a aposta pelo comunitário como catalizadora da atuação? Compreendendo que por meio da arte e da comunicação estas juventudes elaboram dribles epistêmicos que convidam para a composição de outras intelectualidades, não estaríamos rumo às epistemologias das quebradas? Para avançar nestas reflexões, dialogo com ações culturais promovidas por coletivos atuantes nas periferias de duas cidades latino-americanas: Salvador (Bahia, Brasil) e Cali (Valle del Cauca, Colômbia).</p>Bruna Pegna Hercog
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2023-09-012023-09-011325355610.22409/pragmatizes.v13i25.57664Culturas livres
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/54894
<p>O presente texto é o resultado de um processo de investigação que procurou abordar a formação de organizações culturais livres na Colômbia, através da gestão de processos culturais e da investigação das dimensões administrativas, de natureza estratégica e orientadora, das organizações do sector cultural e criativo. A metodologia foi baseada num estudo de caso, com uma abordagem qualitativa, desenvolvida em quatro fases: exploratória, descritiva, analítica e de resultados, chegando a determinar três formas de organização emergentes da implementação dos princípios da cultura livre: horizontal, onda e rede.</p>Angela María Orozco MarínCarlos Yáñez CanalLeidy Tatiana López Saldarriaga Uriel Bustamante Lozano
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2023-09-082023-09-081325577910.22409/pragmatizes.v13i25.54894Gestão em patrimônio cultural
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/55472
<p>Neste texto procuramos contribuir para a ampliação da compreensão sobre gestão do patrimônio cultural. As discussões aqui apresentadas derivam de pesquisas e estudos sobre o patrimônio cultural e suas implicações sociais na atualidade. Abordaremos de forma descritiva e exploratória alguns elementos da gestão cultural, evidenciados por pesquisadores brasileiros, que envolvem a relação entre a gestão cultural, o território e sua população. Dada a complexidade do tema e suas múltiplas possibilidades, partiremos de um estudo de caso, lançando um olhar mais apurado sobre a experiência do ponto de cultura Casa Candeeiro do Oeste, localizada no município de Sítio do Mato, no estado da Bahia.</p>José Roberto SeverinoNara PessoaJoelma Stella
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2023-09-082023-09-0813258010610.22409/pragmatizes.v13i25.55472Pensarsentirfazer contracolonial em gestão cultural
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57570
<p>O texto compartilha a experiência em curso do “LabGestão <em>pensarsentirfazer</em> contra-hegemônico em política e gestão cultural”, projeto de pesquisa-ação participante que se volta para os processos de gestão cultural de instituições e coletivos da sociedade civil que desenvolvam projetos voltados para a ampliação dos direitos culturais, sociais, políticos e econômicos de grupos sociais historicamente subalternizados, gerando impacto nos territórios os quais estão vinculados. Na Introdução, discute-se como a Ciência da Administração se confundiu com uma visão empreendedora mercantil inviabilizando uma série de conhecimentos e experiências de gestão vinculadas a uma racionalidade não instrumental e a processos mais coletivos de criar e de produzir. Em seguida, propõe que as experiências de gestão cultural vivenciadas especialmente por grupos populares podem oferecer referências importantes para a construção de uma contra-história da administração. Apresentando o contexto de realização do LabGestão – o Território de Identidade do Recôncavo e a UFRB – compartilha os fundamentos e os primeiros passos do projeto, bem como as ações em curso e as previstas no seu primeiro ciclo (2022-2024). Concluindo, o texto apresenta reflexões sobre os desafios da pesquisa-ação participante no campo cultural, defendendo a importância de se produzir conhecimentos para o campo da administração a partir de experiências que os grupos culturais, coletivos e instituições geram nos seus diferentes contextos, considerando os protagonistas dessas experiências como sujeitos da produção desse conhecimento</p>Luciano Simões de SouzaLaura Bezerra
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2023-09-082023-09-08132510713410.22409/pragmatizes.v13i25.57570Política e gestão pública para a diversidade cultural em perspectiva decolonial
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/55457
<p>O presente artigo articula-se com o pensamento decolonial e suas reflexões críticas acerca da conjuntura contemporânea de hegemonia do conhecimento moderno-ocidental eurocêntrico, que silencia e invisibiliza culturas de outras matrizes como as negras e indígenas. O texto parte do questionamento sobre o lugar que a diversidade cultural ocupa em nossa sociedade destacando a qualidade da atenção dispensada à mesma pelas políticas e gestão públicas. Para isso, foram problematizadas políticas voltadas para a diversidade cultural durante o Governo Lula, ao tempo em que foi proposto que as mesmas sejam repensadas a partir do paradigma da interculturalidade. A percepção dos mestres de capoeira, entrevistados em pesquisa de campo, corroboram para a qualificação de marginalidade e discriminação que marca o tratamento dado pela sociedade brasileira a esse importante patrimônio imaterial do país, apontando para valores coloniais que ainda orientam a apreciação da questão da diversidade cultural no Brasil.</p>Alice Pires de Lacerda
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2023-09-082023-09-08132513517310.22409/pragmatizes.v13i25.55457A experiência do Bembé do Mercado na política e na gestão cultural no Recôncavo da Bahia
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/55452
<p>O presente artigo analisa as conexões entre as políticas culturais nacionais e baianas e o Bembé Mercado, manifestação cultural, artística, política e religiosa organizada no município de Santo Amaro, Recôncavo da Bahia. Ademais, apresenta o modo como a gestão cultural da festa se desenvolve. O texto se baseia em uma pesquisa em lócus, de cunho qualitativo, realizada com os agentes culturais envolvidos com a organização da festa, bem como se apoia na análise documental. O resultado das discussões englobam as principais áreas de estudo no âmbito da política e da gestão cultural acrescidas de uma perspectiva afirmativa e diversa.</p>Murillo Pereira de JesusDaniele Pereira Canedo
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2023-09-082023-09-08132517419410.22409/pragmatizes.v13i25.55452Experiências de gestão cultural a partir do ambiente universitário
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/55737
<p><span lang="PT">Este artigo trata de um "objeto" de análise: a Feira Interativa Itinerante Veo Veo —realizada na cidade de Córdoba, Argentina— como experiência disruptiva no ensino da linguagem audiovisual para crianças, de uma disciplina universitária na linha de atividades de extensão e gestão cultural. Com ele interessa-nos particularmente expor a forma como este "objecto" se adapta a diversos contextos institucionais, primeiro escolares e depois não escolares. Para efeitos da elaboração deste trabalho, consideramos a Feira Interativa Itinerante Veo Veo como um dispositivo comunicacional e educativo que constitui uma inovação na prática e que, pelas suas características, é também uma proposta de melhoria significativa em relação às atividades educativas diárias em escopos diferentes. Por fim, este trabalho é fruto do nosso interesse em "pensar" a própria prática em relação à formulação e execução da Feira Interativa Itinerante Veo Veo, por um lado e, por outro, oferecendo experiência de gestão e ensino baseado em qual se constitui na prática um dispositivo comunicacional e educativo, numa inovação.</span></p> <p> </p>Elizabeth Vidal
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2023-09-082023-09-08132519521710.22409/pragmatizes.v13i25.55737Enecult 18 anos
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<p><span style="font-weight: 400;">As análises presentes no texto são parte do itinerário do Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Desse modo, </span><span style="font-weight: 400;">buscamos contribuir para o exercício da auto reflexividade na gestão cultural, a partir da construção do</span><span style="font-weight: 400;"> maior e mais tradicional evento </span><span style="font-weight: 400;">dedicado aos estudos em cultura do país. Nesse sentido, </span><span style="font-weight: 400;">além de expressar as teorias da cultura que nos provocaram a refletir sobre o Enecult, em suas inter-trans-multidisciplinaridades, nos colocamos em movimento a partir da </span><em><span style="font-weight: 400;">escrevivência </span></em><span style="font-weight: 400;">sobre os processos que tocam o pensar e gerir este encontro, </span><span style="font-weight: 400;">em especial suas XVII e XVIII edição</span><span style="font-weight: 400;">, com foco em sua programação. Esta escolha metodológica, em consonância com o que propõe Conceição Evaristo, vem sendo progressivamente utilizada como instrumento de construção de conhecimento, considerando que não é possível dissociar o</span><span style="font-weight: 400;"> registro do que se vive do que se escreve. Assim, ao tempo em que pesquisamos e produzimos conhecimento sobre a cultura, vivenciamos e refletimos coletivamente sobre este encontro, a partir de nossas singularidades.</span></p>Gleise Cristiane Ferreira de OliveiraDelmira Nunes de SouzaRenata de Paula Trindade RochaNatalia Silva Coimbra de Sá
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2023-09-082023-09-08132521824510.22409/pragmatizes.v13i25.56055O passado na criatividade
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/55913
<p style="font-weight: 400;">Este artigo parte do pressuposto de que a criação é um processo cognitivo, o qual sofre influências de fatores internos e externos. Portanto, a criação lida com a realidade percebida, com os elementos disponíveis para a sua elaboração, sendo afetada por agentes sociais, geográficos, culturais e temporais. Defende-se que a história, a memória e a apropriação do patrimônio material e imaterial estimulam a imaginação e o pensamento crítico. O objetivo do trabalho é demonstrar – com base em recursos bibliográficos, pesquisa documental e análise de projetos criativos específicos – que história, memória e patrimônio são formadores identitários – seu conhecimento e vivência nutrem a identidade individual e ajudam a construir a identidade coletiva – e de repertórios estéticos.</p>Lucia Santa CruzIsabella Vicente PerrottaAndré Luis Ferreira Beltrão
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2023-09-082023-09-08132564666510.22409/pragmatizes.v13i25.55913Saúde mental tecida com afetos, mãos e ouvidos
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57030
<p><span style="font-weight: 400;">A arteterapia é um modo de intervenção que se utiliza de expressões artísticas, que podem ser diversas, como método para atingir um objetivo terapêutico e, o telemonitoramento, um recurso significativo para a continuidade da assistência em saúde, especialmente em tempos de distanciamento social. Nessa perspectiva, apresenta-se um estudo descritivo a partir da experiência de uma discente de Medicina. O projeto de extensão desenvolvido tem como objetivos fortalecer a relação entre arte e saúde, promover a vinculação entre discente, usuários e equipe de saúde, bem como a valorização do sensível através do diálogo e da arte. Com essa finalidade, foram semanalmente acompanhadas oficinas de desenho e, posteriormente, conduzidas oficinas de mandalas com usuários de um Centro de Atenção Psicossocial II do interior da Bahia, bem como realizados telemonitoramentos contínuos de usuários prioritários que poderiam se beneficiar de uma escuta sensível, periódica e contínua. Embora o objetivo das oficinas de arteterapia não seja o produto material em si, mas sim o processo, a satisfação dos participantes ao se reconhecerem capazes de construir algo e ver beleza nele era notória e, para alguns, catalisadora para iniciarem outros projetos em suas vidas. A construção de um espaço seguro de trocas, nas oficinas e nas ligações, permitiu partilhas que talvez encontrassem mais dificuldade e/ou não encontrassem espaço para serem abordadas em outros contextos, inclusive terapêuticos. Com o grupo foram estabelecidas relações de confiança, vínculo e afeto, apesar do desafio da adesão. A experiência evidenciou que a arte, a escuta ativa, a atenção continuada, contribuem não somente para o cuidado em saúde mental, como também para a formação de futuros profissionais da saúde qualificados e comprometidos com necessidades individuais e coletivas dos usuários dos serviços de saúde.</span></p>Gabriela Garcia de Carvalho LagunaRicardo Evangelista Fraga
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2023-09-082023-09-08132566667710.22409/pragmatizes.v13i25.57030Estudo Comparado da Organização das Artes
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57738
<p><span style="font-weight: 400;">O ECOA - Estudo Comparado da Organização das Artes é uma metodologia de mapeamento que tem como objetivo contribuir para a discussão do campo da economia da cultura, focando na experiência dos sujeitos trabalhadores. A pesquisa busca investigar as condições laborais cotidianas de trabalhadoras e trabalhadores da cultura, de modo a identificar as relações entre economia, cultura e trabalho. Neste artigo, apresentamos nosso processo metodológico, ressaltando conceitos estruturais para o desenvolvimento da pesquisa, assim como as etapas quantitativas e qualitativas realizadas até o presente momento.</span></p>João Luiz Pereira DominguesLuiz Augusto Fernandes RodriguesMarina Bay FrydbergOhana Boy Oliveira
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2023-09-082023-09-08132567869810.22409/pragmatizes.v13i25.57738Imagem etnográfica
https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/57787
<p>O objetivo desse artigo é conceituar e significar a imagem etnográfica nas interpretações sobre a realidade educacional e sociocultural na pesquisa qualitativa. A pergunta que norteou essa investigação foi: “O que é a imagem etnográfica e quais são as suas características?”. A metodologia desse trabalho é a metaetnografia que considera os conceitos elaborados nos estudos primários como metáforas e, quando estudadas ou traduzidas, são transformadas em analogias que comparam os sentidos em um outro olhar, criando, assim, uma nova interpretação. É sobre a potência visual que a imagem etnográfica possui que se constata esse artigo. Pois, entendo a imagem etnográfica como representação cultural do contexto, ou seja, ela tem uma conotação global e não precisa de uma explicação ao visualizá-la. Nesse artigo compreendi que as imagens analisadas são etnográficas por serem imagens que revelam a realidade da sala de aula de forma cultural de entendimento global. Ou seja, em qualquer contexto social de culturas aproximadas, a imagem etnográfica pode ser interpretada, dando a esse tipo de imagem uma especificidade no processo interpretativo e na produção de conhecimento, especialmente, em educação.</p>Adriane Matos Araújo
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2023-09-082023-09-08132569972310.22409/pragmatizes.v13i25.57787