Artéria renal tripla em porco-espinho (Sphiggurus villosus): relato de caso

Autores

Palavras-chave:

Rim, variação anatômica, vasos renais

Resumo

O interesse pelo estudo de animais silvestres vem crescendo consideravelmente nos últimos anos, seja em decorrência do risco
de extinção ou visando o controle de doenças, especialmente as zoonoses. A ordem Rodentia apresenta o maior número de
espécies da classe Mammalia. Apesar de ampla distribuição e importância, dados sobre sua anatomia vascular renal são escassos
na literatura. O objetivo deste artigo é relatar o aparecimento de variação numérica na artéria renal esquerda em Sphiggurus
villosus com enfoque nas possibilidades de implicações clínico-cirúrgicas, como, anastomoses cirúrgicas, estudos imaginológicos,
nefrectomias e planejamento pré-operatório para redução de riscos e complicações como hemorragia. O cadáver foi devidamente
formolizado no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Morfologia de Animais Domésticos e Selvagens e posteriormente dissecado.
O rim esquerdo apresentou três artérias renais, uma cranial, uma intermediaria e outra caudal, ambas posicionadas em nível de L2
emergindo de forma impar lateralmente da aorta abdominal. A primeira artéria, mais cranial, apresentou 10,52 mm de comprimento
e se dirigiu diretamente para o hilo renal, emitindo ramo para adrenal, diafragma e musculatura sublombar. A segunda artéria,
intermediária, mediu 7,77 mm, emitiu ramo cranial e caudal para o hilo renal e ramo ureteral. A terceira artéria, caudal, mediu
10,11 mm e se dirigiu para o hilo renal. A veia renal esquerda era única e apresentou 9,25 mm de comprimento, posicionada em
nível de L1. Este é o primeiro relato de artéria renal tripla em mamífero silvestre.

 

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Publicado

2020-07-06

Edição

Seção

Clínica Médica e Cirúrgica