Associação de alterações anatomopatológicas com o Helicobacter spp. por meio de análise imuno-histoquímica em estômagos de leitões
Palavras-chave:
Helicobacter, suínos, úlcera gástricaResumo
O objetivo deste trabalho foi relacionar os achados anatomopatológicos das lesões gástricas subclínicas de ocorrência natural em leitões com a presença, ou não, de Helicobacter spp. por meio da imuno-histoquímica. Foram utilizados 48 leitões de linhagem genética comercial. Os animais foram adquiridos em uma granja comercial, com peso médio de 34 Kg e idade média de 79 dias; após o abate, seus estômagos foram coletados e avaliados. Avaliações histopatológicas e imuno-histoquímicas foram realizadas em amostras das regiões anatômicas aglandular e glandular. Macroscopicamente, 34 (70,83%) leitões apresentaram lesões na região aglandular, enquanto que em 14 animais (29,17%) não foram encontradas alterações nesta região. Dos estômagos com lesão, 14 foram classificados como grau 1, seis como grau 2 e 14 como grau 3. Microscopicamente, 44 amostras (91,66%) apresentaram paraqueratose. Deste total, 22 apresentaram a forma discreta, 20 a moderada e dois a acentuada. Na avaliação macroscópica da porção glandular, 41 (85,4%) animais apresentaram alteração em pelo menos uma das três regiões, e em somente sete (14,6%) não foram encontradas lesões em nenhuma delas. Em 14 deles, houve aumento da atividade mucípara, em dois, houve erosão e, em cinco, hiperemia. As lesões na região glandular do estômago foram mais extensas no antro e no cárdia, seguidas do fundo. Em relação à análise imuno-histoquímica, 21 (43,8%) amostras tiveram resultados negativos em todas as regiões, e 24 (50%) foram positivas em pelo menos uma delas, sendo que nenhuma foi positiva em todas. Os achados anatomopatológicos demonstraram relação estatística com a bactéria e, sua imunomarcação não associada à lesão em certas regiões gástricas, demonstra seu caráter saprofítico e oportunista.