Adoção das Boas Práticas de Manipulação dos crustáceos e moluscos comercializados em feiras livres da região da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil
Palavras-chave:
Crustáceos, moluscos, saúde pública, segurança dos alimentosResumo
Esse trabalho teve como objetivou avaliar a adoção das Boas Práticas de Manipulação de mexilhões e camarões comercializados em feiras livres da Região da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. O presente estudo incluiu 11 feiras livres nas quais foram amostrados 36 estabelecimentos (barracas de rua). A avaliação das condições higiênico-sanitárias foi realizada com auxílio de uma checklist estruturada com base na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216/2004 e na RDC nº 275/2002. Foi observado que 36 (100%) estabelecimentos não possuíam lavatórios exclusivos para a higienização das mãos, abastecimento de água potável, equipamentos e utensílios em adequados estados de conservação, registro e realização das operações de limpeza e descarte de resíduos corretamente. Apenas 18 (50%) estabelecimentos possuíam manipuladores que utilizavam aventais, sendo que nenhum dos manipuladores higienizavam as mãos ou usavam luvas e toucas. Também, 27 (75%) estabelecimentos apresentavam moscas e não dispunham de barreiras de proteção aos produtos, e nenhum estabelecimento monitorava a temperatura dos produtos expostos. Nenhum estabelecimento possuía manual de Boas Práticas de Manipulação (BPM) e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), entretanto, todos possuíam alvará sanitário. No geral, todos os estabelecimentos foram classificados como “ruins”, com média total de 9,2% de conformidades e 90,8% de não conformidades. Conclui-se que as Boas Práticas de Manipulação determinadas pela legislação vigente não estão sendo aplicadas adequadamente no comércio de pescado em feiras
livres da Região da Grande Vitória.