Adoção das Boas Práticas de Manipulação dos crustáceos e moluscos comercializados em feiras livres da região da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil

Autores

  • Lúcio André Amorim Júnior Universidade Vila Velha
  • Gabriel Augusto Marques Rossi

Palavras-chave:

Crustáceos, moluscos, saúde pública, segurança dos alimentos

Resumo

Esse trabalho teve como objetivou avaliar a adoção das Boas Práticas de Manipulação de mexilhões e camarões comercializados em feiras livres da Região da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. O presente estudo incluiu 11 feiras livres nas quais foram amostrados 36 estabelecimentos (barracas de rua). A avaliação das condições higiênico-sanitárias foi realizada com auxílio de uma checklist estruturada com base na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216/2004 e na RDC nº 275/2002. Foi observado que 36 (100%) estabelecimentos não possuíam lavatórios exclusivos para a higienização das mãos, abastecimento de água potável, equipamentos e utensílios em adequados estados de conservação, registro e realização das operações de limpeza e descarte de resíduos corretamente. Apenas 18 (50%) estabelecimentos possuíam manipuladores que utilizavam aventais, sendo que nenhum dos manipuladores higienizavam as mãos ou usavam luvas e toucas. Também, 27 (75%) estabelecimentos apresentavam moscas e não dispunham de barreiras de proteção aos produtos, e nenhum estabelecimento monitorava a temperatura dos produtos expostos. Nenhum estabelecimento possuía manual de Boas Práticas de Manipulação (BPM) e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), entretanto, todos possuíam alvará sanitário. No geral, todos os estabelecimentos foram classificados como “ruins”, com média total de 9,2% de conformidades e 90,8% de não conformidades. Conclui-se que as Boas Práticas de Manipulação determinadas pela legislação vigente não estão sendo aplicadas adequadamente no comércio de pescado em feiras
livres da Região da Grande Vitória.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2024-02-05

Edição

Seção

Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal