Determinação de dose segura de acepromazina para gerbilo (Meriones unguiculatus) e avaliação sedativa na sua associação com dois opioides para orquiectomia eletiva
Palavras-chave:
analgesia veterinária, anestesiologia veterinária, pets não convencionaisResumo
O objetivo do estudo foi determinar dose segura de acepromazina e avaliar sua ação anestésica em conjunto com morfina e/ou butorfanol para a espécie Meriones unguiculatus. Foram utilizados 12 gerbilos machos, que receberam em um estudo piloto doses de acepromazina de 0,5 a 8 mg/kg. Os animais foram avaliados em escala de sedação, em diferentes tempos. O estudo foi delineado como duplo cego, sem que avaliador e aplicador soubessem as doses. Com base na primeira etapa, verificou-se que doses de 5 a 8 mg/kg não se diferenciaram estatisticamente quanto aos efeitos sedativos, entretanto, a partir de 5 mg/kg o tempo de recuperação total aumentou. Na segunda etapa, foi realizada a testagem de 2 ou 4 mg/kg de acepromazina, na qual foram utilizados 10 animais em modo cross-over, que tiveram o grau de sedação e recuperação avaliados. Por fim, na última parte do estudo foi realizado o procedimento de orquiectomia eletiva em 12 animais, que receberam como medicação pré-anestésica acepromazina (2 mg/kg), metade do grupo associado a morfina (n = 6, 2 mg/kg) e a outra a butorfanol (n = 6, 1 mg/kg). Segundo análises estatísticas houve diferença significativa na frequência cardíaca do grupo submetido à morfina, que se mostrou elevada. Não houve diferença no tempo de indução anestésica nem nos demais parâmetros vitais e cirúrgicos entre os grupos. Nenhum dos animais submetidos a qualquer dose utilizada durante o estudo demonstrou quadros de convulsão ou óbito. Definiu-se a partir disso que doses de acepromazina de 2 mg/kg e 4 mg/kg são seguras, atingem um bom grau de sedação e demonstram uma recuperação adequada.