Persistência do ducto arterioso e defeito de septo ventricular em um felino - aspectos clínicos e ecodopplercardiográficos
Palavras-chave:
cardiomiopatia dilatada secundária, cardiopatia congênita, insuficiência cardíaca biventricularResumo
A existência de defeitos morfológicos em coração ou em grandes vasos presentes no nascimento é caracterizada como doença cardíaca congênita e é considerada rara, quando comparada às cardiopatias adquiridas. Estas alterações podem causar alterações clínicas, anatômicas e hemodinâmicas, sendo necessário o diagnóstico assertivo para garantir melhor prognóstico para o paciente. Dentre as cardiopatias congênitas, pode-se citar a comunicação interventricular e a persistência do ducto arterioso, no qual a primeira afecção é bastante comum em felinos e a segunda é considerada rara nestes animais. O objetivo deste trabalho é descrever o caso de um felino, sem raça definida, de aproximadamente um mês de idade com histórico de apatia, prostração e dificuldade respiratória aguda. Ao exame físico foi observado dispneia inspiratória e expiratória, mucosas oral e ocular pálidas, aumento de frequência cardíaca e respiratória, caquexia e desidratação. Na auscultação cardíaca e de campos pulmonares havia acentuado abafamento e, ao exame radiográfico, importante efusão pleural. Após drenagem, notou-se sopro sistólico grau IV/VI à auscultação e cardiomegalia generalizada ao exame radiográfico. A ecodopplercardiografia revelou defeito no septo ventricular em região perimembranosa e persistência do ducto arterioso, além de sinais de fenótipo cardiomiopatia dilatada. O animal foi submetido à eutanásia e as alterações supracitadas foram confirmadas em exame post-mortem.