Caracterização histopatológica de tumores mamários espontâneos de gatas (Felis catus) atendidas no Hospital Veterinário da UFRPE (Recife, Pernambuco, Brasil)

Autores

  • Giuliana Viegas Schirato Centro de Experimentação Animal, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Vandilson Rodrigues Silva UFRPE
  • Rodrigo Caldas Menezes FIOCRUZ
  • Edlene Lima Ribeiro FIOCRUZ
  • Christina Alves Peixoto FIOCRUZ
  • Catarina Oliveira Neves UFPE
  • Mário Ribeiro Melo-Júnior UFPE
  • Ana Lúcia Figueiredo Porto UFRPE

Resumo

Os carcinomas mamários de gatas possuem prognóstico desfavorável, uma vez que tais tumores são bastante agressivos e com grande capacidade de gerar metástases. Objetivou-se, com este estudo, caracterizar sob o ponto de vista histopatológico, neoplasias mamárias de ocorrência espontânea em gatas (Felis catus). Trinta e cinco amostras de tecido neoplásico mamário de gatas foram obtidas por ressecção cirúrgica de animais oriundos da casuística do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), período de 2008 a 2010. Os cortes histológicos foram corados pela Hematoxilina-Eosina (HE) e as lâminas foram analisadas em microscopia de luz. Observou-se que 14,29% das lesões eram benignas e 85,71% adenocarcinomas. As lesões de característica benigna foram classificadas como: 60% fibroadenomas, 20% como adenoma simples e 20% como adenose. Os adenocarcinomas apresentavam em sua maioria (86,87%) presença de necrose e tal sinal esteve presente em grande parte do tecido neoplásico, enquanto apenas 40% das lesões benignas apresentavam pequenos focos de necrose. Em relação à presença de infiltrado inflamatório linfoplasmocitário, apenas os carcinomas apresentaram esse sinal. Comprovando a maior a agressividade dos tumores, foi observado um maior número de figuras de mitose em adenocarcinomas (5,33±2,29 mitoses por campo) quando comparadas às lesões de característica benigna (0,8±0,45/ P=0,006). A maioria dos neoplasmas mamários de felinos apresenta característica de malignidade, gradação histológica alta, evidenciando um mau prognóstico para os indivíduos portadores.

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Biografia do Autor

Giuliana Viegas Schirato, Centro de Experimentação Animal, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.

1Programa de Pós-graduação em Ciência Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil.

2Centro de Experimentação Animal, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Brasil.

Vandilson Rodrigues Silva, UFRPE

3Hospital Veterinário, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil.

Rodrigo Caldas Menezes, FIOCRUZ

4Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses, Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Brasil.

Edlene Lima Ribeiro, FIOCRUZ

5Laboratório de Ultra-estrutura, Departamento de Entomologia, Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Brasil.

Christina Alves Peixoto, FIOCRUZ

5Laboratório de Ultra-estrutura, Departamento de Entomologia, Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Brasil.

Catarina Oliveira Neves, UFPE

6Departamento de Patologia, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil.

Mário Ribeiro Melo-Júnior, UFPE

6Departamento de Patologia, Universidade Federal de Pernambuco, Brasil.

Ana Lúcia Figueiredo Porto, UFRPE

7Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Brasil.

*Autor para correspondência: Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos. Recife, PE – Brasil. CEP: 52171-900. Telefone: +55 81 33206391, Fax: +55 81 21268485. E-mail: analuporto@yahoo.com.br.

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Publicado

2012-11-10

Edição

Seção

Patologia e Análises Clínica Veterinária