Produção da ficotoxina diarreica ácido ocadaico associada à microalga Dinophysis acuminata (Ehremberg 1839) na baía de Sepetiba, RJ e sua implicação para a saúde pública
Palavras-chave:
cromatografia líquida de alta eficiência, microalgas nocivas, envenenamento diarréico por moluscosResumo
Microalgas constituem o principal alimento para moluscos bivalvos. Porém no fitoplâncton podem ser encontradas microalgasnocivas como Dinophysis, implicadas na produção da toxina ácido okadaico (AO). A baía de Sepetiba, RJ, apresenta áreasadequadas à malacocultura, principalmente na região da ilha Guaíba. Nessa região localiza-se um dos maiores bancosnaturais do mexilhão Perna perna neste estado, que fornece sementes para cultivos nas baías de Sepetiba e Ilha Grande.O AO, principal causador do Envenenamento Diarréico por Moluscos, apresenta como efeito agudo sintomatologiagastrintestinal. Como efeito crônico relata-se a promoção de tumores (estômago e intestinos). Este estudo objetivou detectaro AO e identificar Dinophysis spp. na região estudada. Coletaram-se mexilhões em bancos naturais (ilhas Guaíba e Madeira),para a detecção do AO e amostras de fitoplâncton para a identificação das microalgas durante a primavera/verão 2003/2004.A análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência detectou o AO, em baixas concentrações, em todas as amostras.Identificaram-se cinco espécies de Dinophysis, das quais D. acuminata apresentou a maior abundância relativa para ogênero no período analisado. Os resultados sugerem um perfil toxígeno de baixo potencial, porém constante. Nessacircunstância, consumidores regulares de moluscos poderiam estar expostos ao perigo representado pelos efeitos crônicosdesta ficotoxina.Downloads
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