Nematóides com potencial zoonótico em peixes com importância econômica provenientes do rio Cuiabá

Autores

  • Luciano Antunes Barros Prof. Adjunto II, Departamento de Produção Animal, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa s/n, Cuiabá, MT, CEP 78069-900.
  • Jonas Moraes Filho Bolsistas PIBIC/CNPq, Discentes do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso.
  • Renê Luiz de Oliveira Bolsistas PIBIC/CNPq, Discentes do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso.

Palavras-chave:

zoonose, helminto, peixe, Nematoda

Resumo

Casos humanos de parasitoses transmitidas pelo consumo de peixes têm sido descritos em vários países, principalmenteonde há o hábito de consumo de pescado cru. O objetivo deste trabalho foi pesquisar a presença de parasitos de importânciazoonótica em peixes de interesse econômico coletados do rio Cuiabá (Cuiabá, Mato Grosso, Brasil) e calcular a prevalênciadestes parasitos nas espécies de peixes examinados. Realizou-se um levantamento em 305 peixes, de 16 espécies diferentes,onde foram examinadas a cavidade celomática e posteriormente a musculatura esquelética. Os parasitos, com potencialzoonótico encontrados, eram larvas de nematóides de espécies não determinadas, pertencentes ao gênero Contracaecum eEustrongylides. Os dados de prevalência relativos às diferentes espécies de peixes examinadas são apresentados: piraputanga(Eustrongylides 30% and Contracaecum 20%); piranha catirina (Contracaecum 6,6%); piranha (Contracaecum 19,5%); cachara(Contracaecum 100% e Eustrongylides 28,5%), barbado (Eustrongylides 20% e Contracaecum 80%), jaú (Contracaecum100%) e pintado (Contracaecum 100%). Não foram encontrados parasitos com potencial zoonótico nas outras espécies depeixes examinadas. Concluímos neste trabalho que peixes como cachara, piranha, piraputanga, barbado, jaú e pintado, nãodevem ser consumidos sem previamente serem submetidos às técnicas adequadas de inspeção e processamento porcongelamento.

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Publicado

2006-01-30

Edição

Seção

Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal