Aspectos anatomopatológicos da miopatia peitoral profunda em frangos de corte abatidos sob inspeção sanitária

Autores

  • Thaís Badini Vieira Pós-Graduação em Medicina Veterinária – Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal (Doutorado) – Faculdade de Veterinária – Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
  • Davi de Oliveira Almeida Pós-Graduação em Medicina Veterinária – Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal (Doutorado) – Faculdade de Veterinária – Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
  • Fernanda Martinez Xavier Alves Pós-Graduação em Medicina Veterinária – Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal (Doutorado) – Faculdade de Veterinária – Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
  • Robson Maia Franco Departamento de Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
  • Cláudia Leal Andrade Veterinária autônoma.
  • Rogério Tortelly Departamento de Patologia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.

Palavras-chave:

miopatia peitoral profunda, frangos de corte, histopatologia

Resumo

A miopatia peitoral profunda é uma enfermidade poligênica, caracterizada pela necrose do músculo supracoracóideo defrangos de corte e perus comerciais. A lesão é causada pela isquemia local, resultado do intenso melhoramento genéticodessas aves, na tentativa de selecionar animais com musculatura peitoral bem desenvolvida. Neste estudo foram realizadasdescrições macroscópicas e microscópicas de lesões consideradas típicas de miopatia peitoral profunda. Foram colhidosfragmentos do músculo supracoracóideo de 17 frangos de corte e do músculo peitoral de um frango. Macroscopicamente, amusculatura afetada apresentava coloração variada, sendo observadas as cores vermelho-púrpura, amarelo-claro ou verde,e ainda, atrofia acentuada. Nestes últimos, a textura era ressecada e friável, enquanto nos casos em que a coloração eravermelho-púrpura, notava-se uma aparência edematosa da musculatura. Microscopicamente, as alterações eram representadaspor extensas áreas de necrose de fibras, com mineralização e fragmentação de miofibras. Em duas amostras eram evidentesa calcificação de paredes vasculares e a degeneração de nervos. Em uma amostra era marcante o processo inflamatóriogranulomatoso, rico em células gigantes multinucleadas. De acordo com os resultados obtidos, pode-se afirmar que,independentemente dos aspectos apresentados ao exame externo, as alterações microscópicas foram constantes, tornandopossível o diagnóstico da enfermidade através dos aspectos macroscópicos apresentados.

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Publicado

2006-09-30

Edição

Seção

Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal