Topografia da intumescência lombar e do cone medular em Lycalopex gymnocercus (G. Fischer, 1814)
Palavras-chave:
anatomia animal, anestesia epidural, carnívoros silvestres, graxaim-do-campo.Resumo
Objetivou-se com este estudo descrever a topografia da intumescência lombar e do cone medular da medula espinhal do graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus) a fim de estabelecer uma base anatômica para procedimentos de anestesia epidural nesta espécie, bem como fornecer dados para estudos comparativos em neuroanatomia animal. Para tal, foram utilizados cinco espécimes, quatro machos e uma fêmea, recolhidos mortos em rodovias da mesorregião sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil, e então fixados e conservados em solução de formaldeído. As macrodissecções e exames radiográficos digitais permitiram observar que a intumescência lombar mediu, em média, 31,40 ± 5,09 mm e ocupou o espaço sobre as vértebras L4 e L5 (80%; n =4) e entre L5 e L6 (20%; n = 1), sendo relativamente pequena se comparada a outras espécies carnívoras. O cone medular revelou dimensões alongadas típicas de canídeos de menor porte. Seu comprimento médio foi 68,28 ± 8,36 mm e sua esqueletopia demonstrou base sobre a vértebra L5 e ápice sobre a S3 em quatro indivíduos; em um único espécime a base situou-se sobre L6 e o ápice sobre Cd1. O comprimento do cone medular teve forte correlação positiva com o comprimento rostrossacral (r = 0,8324). Os achados sugerem que a introdução da agulha para fins de anestesia epidural no Lycalopex gymnocercus seja mais segura no espaço sacrocaudal.