Topografia da papila parotídea em Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) e Lycalopex gymnocercus (G. Fisher, 1814)

Autores

  • Wilson Viotto Souza Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
  • Paulo Souza Junior Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
  • Marcelo Abidu-Figueiredo Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
  • Tatiane Uchôa Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (SEMA-RS)
  • André Luiz Quagliatto Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Palavras-chave:

anatomia animal, canídeos silvestres, carnívoros, glândula parótida, papila parotídea

Resumo

Objetivou-se determinar o local de desembocadura do ducto excretor da glândula salivar parótida nos canídeos silvestres Cerdocyon thous e Lycalopex gymnocercus e, assim, fornecer subsídios para procedimentos em medicina veterinária e estudos de anatomia comparada. Para tal, foram inspecionadas as papilas parotídeas de 28 cadáveres (56 hemiarcadas) recolhidos mortos em rodovias: C. thous (cinco machos e nove fêmeas) e L. gymnocercus (nove machos e cinco fêmeas). A partir da papila parotídea traçou-se uma linha imaginária vertical para determinar sua correspondência topográfica em relação aos dentes pré-molares (P) e molares (M). Dois cadáveres de cada espécie foram dissecados para determinação macroscópica da posição da glândula parótida e respectivo ducto. A glândula localizou-se ventralmente à cartilagem auricular e seu ducto apresentou trajeto sobre a face lateral do m. masseter, abrindo-se no vestíbulo oral. Quando consideradas as hemiarcadas, no C. thous houve predominância da abertura do ducto no nível entre P4 e M1 (53,6% dos casos), seguida pela abertura oposta a M1 (46,4%). Os machos de C. thous apresentaram local de desembocadura do ducto em nível significativamente (p-valor = 0,0006) mais caudal do que as fêmeas. No L. gymnocercus em metade das hemiarcadas a abertura ocorreu entre P4 e M1 e na outra metade opostamente a M1, não havendo diferença significativa entre sexos. Pode-se concluir que em ambas espécies a papila parotídea teve posição mais caudal em relação ao que é relatado para os cães domésticos.

 

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Biografia do Autor

Wilson Viotto Souza, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

Curso de Medicina Veterinária, Laboratório de Anatomia Animal.

Paulo Souza Junior, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

Curso de Medicina Veterinária, Laboratório de Anatomia Animal.

Marcelo Abidu-Figueiredo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Departamento de Biologia Animal, Instituto de Biologia

Tatiane Uchôa, Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (SEMA-RS)

Parque Estadual do Espinilho, RS

André Luiz Quagliatto Santos, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Faculdade de Medicina Veterinária, Laboratório de Ensino e Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS)

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Publicado

2016-09-26

Edição

Seção

Clínica Médica e Cirúrgica