Classificação das alterações pulmonares na leishmaniose visceral canina

Autores

  • Nilton Andrade Magalhães Universidade Federal do Piauí
  • Flaviane Alves de Pinho
  • Fernando Luis Oliveira
  • Kleverton Ribeiro da Silva
  • Francisco Assis Lima Costa

Palavras-chave:

Cão, Pulmão, Leishmania, fibrose.

Resumo

O objetivo desse estudo foi identificar e classificar as alterações pulmonares de cães naturalmente infectados por Leishmania (Leishmania) infantum conforme as manifestações clínicas. Após o diagnóstico para LV pelo exame parasitológico, 24 cães infectados foram subdivididos em dois grupos: 10 cães com até quatro sinais clínicos; e 14 cães com cinco ou mais sinais clínicos. Como controle foram avaliados 5 cães sadios. Amostras de tecido pulmonar foram coradas com hematoxilina-eosina (H-E) e Tricrômico de Masson para avaliação histopatológica, e prata-metenamina de Grocott para excluir infecções fúngicas, bem como imunoperoxidase para detecção de Leishmania. A análise microscópica do pulmão revelou espessamento focal do septo interalveolar devido à congestão, edema e infiltrado celular. Além disso, presença de fibrose, exsudato bronquiolar e ainda descamação do epitélio bronquiolar com perda de cílios, presença de hemossiderina e hiperplasia de células caliciformes. O padrão de lesão fibrótico-celular predominou nos cães infectados com cinco ou mais sinais clínicos. Em contrapartida, fibrose estava presente em intensidade maior no grupo nos cães infectados com até quatro sinais clínicos. A análise imunoistoquímica mostrou maior intensidade de antígeno e amastigotas de Leishmania nos cães infectados com cinco ou mais sinais clínicos. A análise semi-quantitativa do antígeno mostrou correlação positiva de acordo com a intensidade da fibrose. Concluiu-se que a presença do parasita e seus antígenos modificam a arquitetura pulmonar evoluindo, em sua maioria, para o padrão fibrótico-celular em associação à intensidade das manifestações clínicas.

 

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Biografia do Autor

Nilton Andrade Magalhães, Universidade Federal do Piauí

Centro de ciências agrárias; Departamento de morfofisiologia veterinária; Patologia veterinária

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Publicado

2016-09-26

Edição

Seção

Patologia e Análises Clínica Veterinária