Colesterol carreado com ciclodextrina no sêmen fresco de caprinos melhora as taxas de crio-sobrevivência
Palavras-chave:
cyclodextrin, frozen, membrane, spermatozoa, seminal qualityResumo
Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da adição do colesterol carreado com a ciclodextrina (CCC) sobre a melhoria da qualidade espermática após a descongelação. Trinta ejaculados foram diluidos, centrifugados e ressuspendidos com Tris para concentração de 120 x 106 células/mL. O sêmen foi tratado com 0, 0,75, 1,5, 3,0, 4,5, 6,0 ou 7,5 mg de CCC. Em seguida, as amostras foram resfriadas a 4 °C durante 2 h, diluidas com Tris-Gema de ovo e 2% de glicerol, envasadas e colocadas sobre o vapor do nitrogênio líquido (N2) por 20 min e depois mergulhadas no N2. As amostras foram descongeladas a 37 °C por 30 s, e avaliadas quanto: o teste de termo-resistência (TRT); motilidade progressiva utilizando CASA; teste hiposmótico e a capacidade de ligação dos espermatozoides a membrana perivitelina (MP). As variáveis foram analisadas por meio da ANOVA e os tratamentos comparados a 5% de probabilidade. A motilidade dos espermatozoides (50,4; 33,8 e 22,5%) foi maior nas amostras tratadas com 0,75 mg de CCC após 0, 60 e 120 min de incubação quando comparado com demais tratamentos (P<0,05). As amostras tratadas com 6,0 e 7,0 mg de CCC apresentaram maior dobramento de cauda que os demais tratamentos (P<0,05). A capacidade de ligação dos espermatozoides a MP foi maior no tratamento com 0,75 mg CCC comparado ao controle (166 vs 65; P <0,05). No entanto, quando o potencial de ligação dos espermatozoides foi determinado dividindo o número médio de espermatozoides ligados a MP sobre o percentual de espermatozoides móveis, o tratamento com CCC proporcionou maior eficiência (1,52) do que o controle (1,00; P < 0,05). A adição de 0,75 mg de CCC no sêmen fresco de caprino antes da criopreservação melhorou a motilidade espermática após a criopreservação até 2 h.